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2 meses e 20 dias, não que eu esteja contando.

Tenho conseguido me destair bem aqui. Saí bastante e me diverti. Porém hoje bateu saudade daquele velho gostoso.

Todas as lembranças vinheram de uma vez só, atropelado qualquer outro pensamento que tentava ter um lugar no meu cérebro.

Minha mãe me conhece como ninguém mesmo. Tô com vontade de voltar para os braços de Johnny.

Esse tempo todo aqui no Brasil, ninguém me chamou atenção.  Ninguém era o Johnny.

Ele tem o dia inteiro pra dominar meus pensamentos mas resolve aparecer na hora que eu vou dormir.

Rolo de uma ponta a outra da cama e nada de conseguir dormir.

Decido levantar e ficar sentada um pouco.

Não importa o que eu faça ele sempre está na minha cabeça.

Me pego fungando de repente.

Me permito chorar a vontade, pelo tempo que quisesse.

E foi assim que eu consegui dormir.

No dia seguinte acordei com os olhos inchados. Tive que colocar gelo neles.

Meus pais não perguntam a respeito, acredito que eles já imaginam o motivo.

No decorrer do dia fui me ocupando e não tive tempo pra lembrar do meu ex namorado.

Na noite decidi dar uma volta. Não pra uma noitada nem nada do tipo. Só queria caminhar um pouco.

Eram umas cinco horas da tarde, quando comecei a me arrumei. Vesti uma camisa do Brasil, shorts jeans e  havaianas também do Brasil. Sem esquecer das minhas preciosas argolas e meu gloss.

Avisei minha mãe  e saí.

Nossa casa fica perto da praia então por que não ir até lá?

O lugar estava ficando vazio e já estava escurecendo. Sentei na areia e fiquei observando o mar e ouvindo o barulho das ondas. Estava sentindo uma sensação muito boa e estava até estranhando.

Depois de muito ficar ali, levantei e bati a a areia da roupa.  Caminhei em passos lentos de volta pra casa.

Tomei um sorvete pelo caminho.

Ao chegar na porta de casa tinha um carro estacionado na frente. Não era o do meu pai e nem eu conhecia de quem poderia ser.

A placa era daqui do Rio mesmo. Imaginei que pudesse ser algum amigo dos meus pais.

Entrei em já gritando.

_cheguei mãe e pai!_ fechei a porta.

Não tinha ninguém na sala, porém ouvi vozes vindo da cozinha e fui até lá.

_ô mãe de quem é aquele carro lá fora? _falei andando até a o outro cômodo.

Minhas mãos se selvara até minha boca e minhas sobrancelhas levantatam.

_estávamos falando de você mesmo filha! _minja mãe disse numa naturalidade.

Vou descrever em detalhes a cena que estou vendo.

Simplesmente minha mãe preparando o jantar de um lado do balcão da cozinha e do outro Johnny e meu pai sentados com os braços apoiados no mesmo.

_mas o... o quê tá acontecendo aqui? O que você tá fazendo aqui Johnny? _perguntei ainda em choque.

Ele me olhava e mesmo com alguns metros de distância, pude ver os olhos dele brilharem ao me ver.

_voce disse que sob voltaria a Los Angeles se alguém vinheram te buscar. Então... aqui estou eu.

O PAI DA MINHA AMIGA Onde histórias criam vida. Descubra agora