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_ pega meu celular e liga pro meu pai vir buscar a gente. _ ouvi Lily falar embolado e assim fiz.

O celular dela tinha digital então foi fácil desbloquear. Peguei o dedinho dela e coloquei no sensor desbloqueando o aparelho. Procurei pelo nome 'pai' porque foi  assim que meu coração mandou eu procurar né.

Encontrei o contato e liguei.

"Alô,"

"Oi Lily "

" Não, aqui não é a Lily, sou uma... bom, acho que amiga. "

" Sim e por que está com o celular dela? Ow, já sei, ela está bêbada "

" Eu diria coma alcoólico"

Ele riu, repito ELE RIU!

"Eu estou indo, me esperem do lado de fora"

" Certo"

Entre trupicões, chegamos na parte de fora da balada. Sentamos na calçada e logo os outros quatro deitaram no chão achando super confortável.

Marco se levantou e pegou o celular. Ligou para alguém pedindo para buscá-lo. Minutos depois um carro parou onde estávamos.

_ aí, vocês vem comigo? _ o rapaz perguntou.

_ olha, o pai da Lily está a caminho então se ele chegar aqui e não tiver ninguém...

_ tá bom então, tô indo. Foi bom te conhecer.

Nos despedimos e ele entrou no carro, com ajuda é claro.

Logo depois outro carro estacionou pertinho da calçada em que estávamos.

_ que beleza em, que  be lê za! _ o homem disse saindo do carro e colocando as mãos na cintura olhando sua filha e as outras  amigas deitadas no chão. _ você está sóbria? _ ele me perguntou.

- sim! Vou voltar pra casa só então bebi pouco.

Eu tentei não olhá-lo nos olhos, estava com um pouco de vergonha e além do mais, ele é incrivelmente lindo.

_ me ajuda a colocar elas no carro?

_ claro!

Levantei e fiz o que ele me pediu. Colocamos as meninas no banco de trás e cada uma pendeu pra um lado. Não pude deixar de rir da situação. Fechei a porta e me afastei.

_ você vai embora com quem?

_ vou pedir um taxi.

_ essa hora? Sozinha com um taxista qualquer? _ ele ficou me olhando _ vem, entra aí.

_ não precisa, de verdade.

_ vem menina, eu não vou deixar você andar sozinha por aí.  Entra logo. _ ele abriu a porta do passageiro.

Eita como manda.

Assim eu fiz. Ele fechou a porta e deu a volta entrando também no carro.

Disse meu endereço, era um pouco longe então ele decidiu que deixaríamos primeiro as duas meninas que moravam mais perto e depois a mim.

Não falei nada durante o primeiro percurso. Eu ia falar o que mesmo?

_ você disse que achava que era amiga da Lily? _ ele perguntou confuso ainda olhando para a estrada. _ Sim, nos conhecemos hoje.

Ele ficou calado.

Deixamos a outra menina e agora era minha vez.

Depois de algum tempo chegamos ao meu prédio.

Lembrei que não tinha pego  o contrato da Lily.  Como a gente vai se falar?

_ o senhor tem papel e caneta aqui?

Perguntei e ele me olhou levantando uma das sobrancelhas.

_ pra quê?

_ não queria perder contato com a Lily.

_ oh, claro. Aqui está.

Ele me entregou uma caderneta e uma caneta. Anotei meu número e  deixei meu nome.

_ dê a Lily quando ela acordar e obrigada por me trazer.  Foi gentil da sua parte.

  E já fui descendo do carro sem olhá-lo direito e fechandoa porta.  Agora que a ficha está caindo. Johnny Depp me trouxe até em casa.

Ele baixou o vidro do passageiro e ouvi me chamar.

_ Sarah! Não é? _ ele viu anotando _ denada!

Caraca brother, que parada sinistra! Que parada sinistrissima.








O PAI DA MINHA AMIGA Onde histórias criam vida. Descubra agora