27. Magia Profunda

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Nunca em sua vida pensou que estaria naquela situação

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Nunca em sua vida pensou que estaria naquela situação. Dusan havia despido completamente seu tronco, deixando cada cicatriz e cada tatuagem visível, sentando-se no meio do quarto, diante de uma tigela de bronze repleta da mistura das ervas exigidas trituradas. Andrasta seguiu seu exemplo, sentindo-se grato por nenhum deles fazer perguntas sobre as cicatrizes e tatuagens. Andava de um lado para o outro, esperando Althea Blacksnide e Ephraim Dhafy arrumar tudo o que haviam pedido, enquanto Dusan examinava cuidadosamente o conteúdo do baú que dividiam.

O cheiro de sangue ainda estava muito forte, quase hipnotizante, e aquilo o preocupava. Era acompanhada por uma sensação intensa de dor que lhe enchia de tanto prazer que simplesmente não conseguia organizar seus pensamentos. Algo naquele quarto era muito bom em embaralhar mentes e estava tão certo que não percebeu o momento que sua língua simplesmente se afinou e cresceu, não cabendo mais em sua boca.

— Andrasta. — Dusan o chamou com a voz firme, apontando em direção a boca do mais novo. Respirou fundo, sentindo um leve desconforto ao precisar focar o bastante para enrolá-la para dentro da boca e retornar a sua forma humana.

— Daqui a pouco eles vão ver pior de qualquer jeito. — Andrasta resmungou, andando para perto do irmão. Não estava acostumado a se mostrar daquela forma para ninguém que não fosse matar.

— Tudo bem. Escute, ainda tem um pouco daquela mistura de fumo dos Abismos aqui. — o ruivo comentou despretensiosamente, lhe passando uma lata pequena de metal que o mais novo prontamente abriu, encarando com alívio uma quantidade boa o bastante para dois cigarros. — Não quer fumar?

Já era chocante o bastante que ele lhe oferecesse aquilo sem nenhum sermão junto, mas tinham que se lembrar que estavam no Palácio da Esmeralda.

— Tenho bastante certeza que isso é ilegal. — Duque Eichbah desaprovou, olhando com certa insegurança para o Regente.

— É ilegal. E acredite em mim, odeio ver Andy fumando essa porcaria. — Dusan retrucou prontamente, parecendo ter perdido toda sua frágil de respeito pela hierarquia do Império e suas leis. Estavam se tratando de igual para igual, exatamente como o faria em um navio pirata. — Mas se vocês quiserem um rastreio agora, eu preciso do meu irmão calmo.

— Deixe o rapaz ficar chapado, se isso não for atrapalhar. — Kalthaine concedeu com um suspiro pesado, parecendo se arrepender de suas escolhas enquanto se aproximava deles. — O que vão fazer?

— Bom, tecnicamente não podemos ver o passado. — Dusan começou a explicar, tirando algumas velas pretas do interior do baú enquanto o mais novo começava a enrolar um cigarro muito fino com aquelas pequenas ervas roxas-escuras. — Esse dom é concedido unicamente pela Deusa-Lua e...

— Só existe um Deus. — Kalthaine o interrompeu enquanto o mais novo passava a língua no papel de palha, pronto para fechá-lo e assistir aquilo.

— Certo, eu posso dizer isso lá fora, mas Vossa Alteza não me convocou para que eu lhe mentisse. — o ruivo rapidamente se colocou em pé, seu semblante fechado.

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