Você é o quê?

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Harry vagou pela escola por algumas horas, não querendo voltar para a sala comunal e jogar os jogos da Sonserina, ou mesmo falar com o resto da escola.

Ele desapareceu no andar de baixo um pouco, roubando comida da cozinha. Assim que conseguiu um pacote para si, e talvez alguns para compartilhar mais tarde, ele buscou refúgio na Sala Precisa. Foi lá que Severus o encontrou mais tarde, esparramado no sofá curto, mordiscando um biscoito e lendo um de seus livros didáticos.

Harry olhou para cima quando seu amigo entrou, relaxado de seu tempo sozinho. Quando Severus entrou na luz, sua expressão escureceu de raiva. Lá, no rosto de seu amigo, no amigo que ele havia prometido proteger, estava um óbvio olho roxo. Ele se levantou do sofá e inspecionou seu amigo de perto, Severus ainda em silêncio.

"Quem fez isso?" Sua voz era áspera e baixa, cheia da promessa de retribuição.

Severus olhou para ele por um momento, e então falou baixinho, "Eu bati em Lucius primeiro."

A resposta foi surpresa o suficiente para fazer Harry recuar, "Não que eu não quisesse, mas por quê?"

"Eu cansei de seus comentários sarcásticos. Eu bati nele, ele me bateu de volta. Posso ter um olho roxo, mas posso preparar uma poção para consertar isso daqui." Severus sorriu maliciosamente, "Quanto a ele... Ele terá que sofrer com seus dois olhos roxos, ou admitir o comportamento que os causou ao pedir uma cura a Madame Pomfrey."

Harry riu, "Bravo, Severus. Eu sabia que você era um bastardo sorrateiro."

Seu amigo sorriu e foi para a área de trabalho para começar sua própria poção. Quando ele começou a trabalhar, Harry pensou que era hora de eles conversarem sobre o que ele não sabia.

"Qual é o problema de Lucius com você, Severus?"

Severus ergueu os olhos de sua bebida e estudou seu amigo por um momento, "Eu não quero te contar."

Harry ficou surpreso. Ele esteve em seu passado por várias semanas, quase um mês, e seu único amigo de verdade naquele tempo era seu futuro mestre de poções. Pelo que experimentou, ele tinha quase certeza de que o inverso também era verdade.

"Por que não?"

Severus trabalhou por mais alguns minutos, até que a poção estivesse fervendo, como precisaria fazer por quase uma hora. Então, ele mudou-se para uma das cadeiras. Harry sentou-se em frente a ele, esperando.

"Eu o considero um amigo, Harold", uma hesitação, "espero que, se eu lhe disser, isso não será mais verdade."

Harry estava preocupado, sim, mas ainda mais preocupado, "Severus. Apenas me diga." As palavras eram calmas e sinceras, uma abertura para a confiança.

O outro jovem recostou-se na cadeira e fechou os olhos; "Eu nunca entendi as garotas. Experiências abomináveis com elas, mesmo quando elas conversavam comigo. Homens, até mesmo garotos, são muito mais fáceis de entender e se relacionar." Ele abriu um olho para olhar para Harry.

Harry parecia confuso, "Sim, total acordo sobre isso. Então qual é o problema?"

Severus suspirou e continuou, como se estivesse explicando isso para um idiota, "Eu não estou interessado na persuasão feminina... Absolutamente... Sexualmente."

Harry parou por um momento, então começou a rir. Alguns momentos se passaram enquanto ele continuava a rir, e Severus se levantou de seu assento. Uma coisa que o jovem intenso sempre teve foi seu orgulho. Quando seu amigo pegou sua mochila escolar, Harry forçou o riso a parar. Estendendo a mão para seu amigo, ele agarrou seu antebraço esquerdo em um aperto que não seria abalado.

O Retorno do Pródigo - (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora