13. Isadora de Castilho parte 1

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Isadora se sentia como se estivesse em um pesadelo. À noite estava estrelada e o cintilar das fogueiras, espalhadas. Sua mente estava coberta por uma nuvem de preocupação e medo. Kaimbe, estava em grave perigo. E agora, Wai'ana questionava sua habilidade de lidar com a situação.

Ela e o detetive se afastaram, abandonando-a com a tarefa de salvá-lo. Enquanto os Wanakauas o carregavam, Isadora os seguia de perto, direcionando-os para a cabana de seu pai.

Os homens, com grande esforço, deitaram o ferido em um leito. Agradecida, Isadora gentilmente os dispensou. Assim que eles saíram, ela colocou de lado o Kashiri, que havia trazido. Agora, era uma luta entre ela, Kaimbe e o veneno.

A cabana estava abarrotada de instrumentos médicos, incluindo um bisturi feito de pedra polida afiada, ataduras limpas de algodão, um lampião à óleo que servia para iluminar o espaço. E o mais importante, uma série de extratos de ervas e frascos contendo antiveneno de cobra.

Sua respiração estava irregular e superficial, o suor já começava a se formar no corpo, e ela sabia que o tempo estava contra eles. Rapidamente, ela acendeu o lampião que iluminou o interior da cabana com um brilho laranja suave.

Kaimbe agarrou fracamente a sua mão. Seus olhos, repletos de dor, travaram um esforço constante para se manterem abertos. Um olhar sereno, mas intensamente atormentado, encontrou os da jovem. Em um momento que parecia durar horas, seu aperto enfraqueceu, e, cedendo à exaustão e ao peso da dor, ele deslizou para a inconsciência.

Um terror a abateu. Estava sozinha, tanto com a responsabilidade quanto o medo. Os olhos de Kaimbe estavam fechados, o peito subindo e descendo irregularmente. Ela estava tão assustada. Mas precisava ser forte, para Kaimbe, para a aldeia, para o seu pai.

E falando nele, cada objeto na cabana lembrava ele. Ela podia quase vê-lo, dobrado sobre uma mesa, os olhos atentos e as mãos seguras enquanto a ensinava. Agora, no entanto, seu pai estava ausente e eles por conta própria.

Ela se forçou a lembrar das lições dele. Com uma mão trêmula, ela agarrou o pé de Kaimbe enquanto a outra segurava o bisturi. Lutando para estabilizar a tremedeira, ela fez uma incisão cuidadosa. Uma linha vermelha apareceu, e ela colocou o bisturi de lado.

Respirando controladamente, Isadora pegou o frasco de antiveneno. Com cuidado, ela derramou algumas gotas do remédio na ferida aberta. Ela podia ver o líquido desaparecer, absorvido pela pele de Kaimbe. Depois ela apanhou as ataduras limpas de algodão e começou a envolver o pé do dele.

Quando a atadura estava segura, Isadora se inclinou para trás, a exaustão se abatendo sobre ela. A mulher havia feito tudo que podia, tudo que seu pai teria feito. Agora, tudo que ela podia fazer era esperar. Aguardar para que o antiveneno funcionasse, para que Kaimbe acordasse. Para que ele ficasse bem.

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