imagens de câmera

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A nossa conversa fluia normalmente, Cesar vez ou outra
jogava uma indireta ou cantada que me envergonhav, sentia meu rosto quente então resolvi ir para a cozinha beber um copo d‘ água para acalmar. Notei Cesar me seguindo até a cozinha com um sorriso sugestivo discreto no rosto.
— Que foi? — Indago notando seu sorriso.
— Nada. — Ele responde.
Cesar se aproximou sorrateiramente, percebi sua aproximação perigosa, fiquei  ainda mais vermelho, ele deixou nossos rostos quase colados, puder sentir sua respiração, ele pôs as mãos delicadamente em minha cintura, o detetive quebrou nossa distância é selou nossos lábios, derrete completamente e abracei seu pescoço, me espanto quando o sinto me erguer rapidamente para que senta-se na bancada da cozinha.
Ele continuou me beijando, não demorou muito para que o detetive pedisse passagem com a língua, que foi quase de imediato cedido por mim, o apertei ainda mais nossos corpos, Cesar tirou uma de suas mãos da minha cintura, logo o sentir aperta levemente minha coxa, me fazendo ofegar levemente entre o beijo, Cesar destribuia carícias e afagos.
O ambiente estava ficando cada vez mais quente, perdendo a noção do tempo e ao nosso entorno, mas o momento foi interrompido por diversas batidas apressadas na porta, Cesar se afastou dando um suspiro frustrado enquanto caminhava até a porta, apenas fiquei parado no mesmo lugar tentando assimilar o'que tinha acabado de acontecer, meu coração batia fortemente e sentiu uma estranha sensação de conforto.
— Olá Arthur. — Cesar comprimenta monótono, abrindo a porta.
  Arthur sorriu, sem ao menos se importa com o mal humor que Cesar mostrava, quando me acalmei me aproximei dos dois.
— Pensei que estavam mortos. — Ele diz animado. — Quase dei um chute estilo Thiagão, igual você antes de quebrar perna.
— Isso ainda é traumatizante 'pra mim. — Cesar declarar irritado. — Trouxe algo relevante?
— Conseguimos as imagens de câmeras. Agora sabemos que era aquele cara que te espancou atrás daquele bar.
— Finalmente. Eu não fui espancado.
— Não é o'que as imagens mostram. — Arthur finaliza, pegando um notebook na sua mochila. — Graças aquele pirralho conseguimos as imagens.
— Muito obrigado. — Cesar diz esboçando uma carraca quando Arthur cita “pirralho”.
— Pirralho? Quem é esse pirralho? — Pergunto incerto.
— Olá Joui, nem te vi aí! — Arthur fala sorridente. — Ah! O pirralho é uma criança estrangeira que Cesar por algum motivo odeia.
— Por que você odeia uma criança Cesar? — Indago sério olhando para Cesar.
  Cesar olha para mim tinha um semblante pensativo.
— Odiar não é a palavra correta, e ele não é uma criança é um maldito pré-odolescente. — Cesar diz, puxando o notebook bruscamente das mãos de Arthur.
— Parece que alguém acordou com o pé direto hoje. — Arthur diz rindo.
  Obrsevamos Cesar se afastar com o notebook, ele voltou para sua poltrona e começou analisa as filmagens. Arthur olhou para mim com um olhar curioso.
— O que aconteceu com ele? — Arthur pergunta.
— Nada, apenas deve está em um dia ruim.
— Sei...eu atrapalhei algo? — Arthur diz, esboçando um sorriso maroto.
— N-não, não... não atrapalhou nada. — Digo falhando miseravelmente em esconder o meu nervosismo. — M-mas quem é essa criança e por que Cesar não gosta dela?
  Arthur dar uma leve risada ao percebe meu nervosismo.
— É um garoto que deve ter uns 12 ou 13 anos, digamos que ele é bastante esperto, e sempre que pode provocar Cesar. — Arthur fala. — Ele é estrangeiro, da para perceber por causa do sotaque. Ele provavelmente vai ser um detetive quando crescer.
— Vocês da polícia deixam ele ser meter nisso?
— Não maioria das vezes não deixamos, mas ele misteriosamente sabe o que precisamos e nos ajudar, acho que ele nos vigiar. — Arthur diz rindo.
— Há quanto tempo ele está aqui em Londres? — Indago curioso.
— Acho que uns...7 meses, pois o seu pai trabalhará temporariamente no hospital daqui. — Arthur explica pensativo.
— Por que ainda está aqui? — Escuto Cesar proclamar para Arthur.
— Ele é bem receptivo. Eu ainda iria te perfil do rapaz que te atacou. — Arthur diz.
— Por que não disse logo? — Cesar pergunta sem paciência.
— Pensei que gostaria de visualizar o vídeo primeiro. Bem o homem que te atacou realmente era Gal. — Arthur fala, se aproximando de onde Cesar estava.
— Nem imaginei isso. — Cesar diz irônico.
  Arthur revira os olhos e sorrir.
— Fico feliz que esteja satisfeito.
— Esse não é seu notebook. — Cesar concluí, analisando o aparelho que estava em seu colo.
  Finalmente olhei para o computador de perto, ele tinha várias adesivos do homem aranha, loki e de aliens, percebi que aquele aparelho era bem cuidado, provavelmente era algo de muito valor para seu dono. A linguagem do notebook estava configurada para uma linguagem que parecia um espanhol.
— Aí meu Deus, eu estava tão animado em te mostrar isso que peguei o notebook do pirralho. — Arthur diz arregalado minimamente os olhos. — Devia ter esperado ele me enviar o vídeo.
— Ah que pena. — Cesar fala com um sorriso enigmático. — Fale para ele vim buscar amanhã e que limparei seu querido computador com água.
— Cesar! Você realmente está encrencando com um jovem? — Indago o repreendendo.
— Ele está me xingando em sua língua natal. — Arthur se pronunciar enquanto mexia no celular. — Acho que é melhor eu devolver logo.
— Fale para ele que se ele quiser seu computador de volta terá que devolver o que eu emprestei para ele. — Cesar diz, tirando o computador do alcance de Arthur. — Já faz meses que ele não devolve o'que eu emprestei.
  — Tá, irei dizer isso para ele agora mesmo. — Arthur fala digitando em seu celular, provavelmente enviado uma mensagem para o dono do computador. — Ele ficará irritado, mas não serei o alvo principal.
— Muito obrigado pela sua ajuda, Arthur. — Cesar diz, parecendo que seu bom humor voltou.
— De nada, Cesinha. Já vou volta para o trabalho e deixarei vocês sozinhos. — Arthur fala dando um sorriso sugestivo, me deixando completamente sem jeito.
— Já sabe onde é a saída, creio que não preciso mostrar. — Cesar diz monótono.
— Tudo bem. Tchau para vocês.
  Arthur vai para a saída do 15A com humor, antes de se retira ele dar um joinha e uma piscadela em minha direção, passando despercebido por Cesar que olhava as filmagens do computador, fiquei em choque, ele percebeu que algo aconteceu entre nós?
— Esse é o problema de serial killers. — Cesar diz pensativo.
— Como? — Pergunto confuso.
— Gal consegue ser invisível, completamente invisível, mas pessoas como ele sempre querem ser reconhecidas pelos seus trabalhos sujos e maníacos. — Cesar diz sorrindo. — Querem ser reconhecidas.
— Está dizendo que ele deixou ser visto pelas câmeras de propósito?
— É lógico! — Cesar fala animado, jogando o computador da mesinha perto. — Ele deve está preparando algo, algo muito grande.
  Cesar andava de um lado para o outro pensativo.
— Joui, preciso que me escute. — Ele continua, se aproximando. — Eu quero que me acompanhe no caso, sinto muito por ter te preocupado por agir sozinho.
— Tudo bem. — Digo sem jeito.
— Mas eu tiver que analisar corpos e luta se quiser permanecer vivo. — Cesar fala com um semblante preocupado. — Eu não queria que você passasse por esse tipo de coisa, você não é acostumado.
Cesar falando tudo aquilo com pesa e medo em sua voz, ele s aproximou mais ainda e segurou meu rosto com ambas as mãos e carregando um olhar preocupado, sua ação repentina causou um leve susto.
— Joui eu preciso que me prometa. — Ele fala com firmeza na voz. — Se uma situação perigoso acontece que pode colocar você em perigo, prometa que fugirá e ficará a salvo, mesmo que isso causará minha morte.
— Cesar eu não- — Digo aflito encarando aqueles olhos negros.
— Joui por favor, apenas prometa. — Cesar me interrompe e continua com firmeza e angústia na voz.
— Eu... prometo. — Digo eu, sem querer solta essas palavras.
— Obrigado.
Cesar dar um leve sorriso e acaricia levemente meu rosto, longo me puxando para um rápido selar de lábios que me deixou desnorteado, as palavras de Cesar me deixaram aflito, uma parte do meu ser rezava para que ele não percebesse a mentira na minha promessa.








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