visitante

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O céu continuava terrivelmente cinza, olhava com uma fagulha de esperança para que apenas alguns raios de sol aparecesse e tirasse a melancólia daquele lugar, fazendo um pouco daquele frio amenizar. Cesar estava na cozinha, com certeza verificando alguma parte do corpo de um cadáver, tirei minha atenção do céu sombrio e decidir tirar algumas das fotos sangrentas do mural de pesquisa do detetive, pois iríamos ter uma visita está manhã, que é uma criança e não podia ser exposta a esse tipo de imagens, quando estava empurrando aquele mural com fotos sendo ligadas por linhas vermelhas para algum local longe dos olhares de possíveis visitas, escutei Cesar reclamar.
— Ei, o'que está fazendo? — Cesar indaga.
— Estou tirando esse mural da sala. — Continuo empurrando aquele mural.
— Mas por quê? — Cesar pergunta, caminhando rápido para perto.
— Teremos visita. — Digo simples.
— E? — Cesar diz com sacasno na voz.
— E é uma criança.
— Pelo que eu saiba essa criança quer seguir a carreira vendo corpos mortos de maneiras horrendas. — Cesar diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo.
— Mas mesma assim, ele não pode ser exposto a isso ainda. — O respondo.
— Garanto que ele não irá se importa com algumas fotos de gente morta. — Cesar diz irritado, cruzando os braços.
— Cesar...por favor. — Digo suavemente, me aproximando de Cesar e depositando um simples selar de lábios.
— Tudo bem, Joui. — Cesar cede ao pedido, ele mostrou um semblante calmo.
— Obrigado. ,— Declaro contente, dando um beijo na bochecha do detetive.
Cesar deu um leve sorriso junto a mim.
— Só não estraga. onde vai levar?
— Para um lugar longe da sala. — Respondo.
— Que tal leva para o meu quarto? — Cesar sugere.
— Isso é uma armadilha para me fazer entrar lá? — Digo com humor.
— Lógico que não. — Cesar diz com um tom brincalhão. — Manterei uma distância segura.
— Não acredito em suas palavras. — Digo rindo.
— Você fala como se não fosse gostar. — Cesar diz, envolvendo seus braços em minha cintura e começa a espalhar beijos pelo meu pescoço.
Sinto me envergonhar por completo, minha pernas bambeia por aquela simples ação.
— Nossa visita com certeza vai demorar, que tal deixamos isso ai, e irmos rapidinho para o quarto? — Cesar diz maliciosamente.
— C-Cesar!! — O repreendo extremamente envergonhado, o empurrando levemente.
— Certo, certo. Quando ele for embora então? — Cesar diz rindo do meu constrangimento.
— M-meu Deus Cesar!! — Gaguejo, sentido meu rosto esquenta ainda mais.
Olhei para Cesar rindo e percebo o quanto nossa relação evoluiu de uma maneira tão rápido, pensei que as coisas entre nos ficariam estranhas depois do beijo, mas estava completamente enganado, nos aproximamos ainda mais, e isso parece ser tão certo, percebo o quanto ele mudou também, comigo, antes ele parecia um robô e não demostrava nada, mas com o passa do tempo ele se abriu mais, sem perceber acabo sorrindo com ele.
Depois que guardamos aquele mural nosso visita chegou em 20 minutos. Escutei batidas leves na porta e depois dela abrir, relevando a Sra. Ivete que tinha um sorriso calmo no rosto.
— Meninos! Tem um rapazinho que quer fala com vocês. — Ela diz. — Ele parece ser um pouco tímido!
Ivete abrir a porta amplamente, revelando um menino de estrutura baixa, ele tinha cabelos curtos e cacheados são extremamente negros, seus olhos era iguais aos cabelos e por cima tinha óculos com lentes grossos e armação preta, o cor de seus olhos e cabelos destacava sua pele incrivelmente pálida, ele olhava para baixo com um semblante sério, parecia não gosta de onde estava, ele segurava a alça de sua bolsa de carteiro firmemente.
— Olá, você é o dono do computador, certo? — Digo me aproximando calmamente e me abaixando para está na altura do menino. — Não se preocupe, as ameaças que Cesar faziam não eram verdades.
— Eu...— O jovem sussurrar com um sotaque forte, parecia está envergonhado pois não fazia contato visual.
— Bem, qual é o seu nome? — Digo com uma voz gentil.
— Bian...— Ele diz baixo, não entendo o por que de Cesar odiar essa criança.
— É um nome incomum, isso o torna bastante especial e bastante bonito. — Digo. — O meu é Joui.
Ivete mostrou um sorriso orgulhoso enquanto olhava para mim. Eu entendo como é ser um estrangeiro, eu ainda tinha um sotaqu, mas agora já fraco pela minha convivência em Londres, Bian pode está se sentindo completamente desamparado, sei que é bastante estressante mudar de um lugar que era seu lar.
— Joe? — Bian diz com dificuldade por causa do sotaque.
— Joui. — Cesar diz de longe, sentado em sua poltrona de costas para a porta. — Não é tão difícil de pronunciar.
— Joui...desculpe. — Ele se desculpa levemente irritado.
— Não precisa se desculpar, tá tudo bem. — O respondo, achando graça de seu comportamento. — Não ligue para o Cesar.
— Bem... Joui, Arthur falou que Cesar iria comprometer no funcionamento do meu computador. — Bian diz baixo, ainda sem olhar nos olhos.
— Ah sim, seu computador está no lixo, digamos que ele não era tão resistente a água. — Cesar diz.
— Seu computador está guardado em um local seguro. — Digo, ajeitando minha postura e lanço um olhar irritado para Cesar mesmo que ele não possa ver.
— Já vou me retirar, acredito que Bian ficará bem sem mim. — Ivete diz sem tirar o sorriso do rosto, empurrando Bian mais para dentro do apartamento. — Tchau rapazinho. — Ivete diz antes de fechar a porta.
— Senta-se nesse sofá enquanto O Cesar pegará seu computador. — Falo o conduzindo até o sofá com dois que fica encostado na parede. — Sinta-se a vontade.
Olho para Cesar com um olhar sugestivo para que ele pegasse logo o computador, Cesar revirar os olhos e se levantar a contra gosto.
— Você é o parceiro de trabalho dele? — Bian indaga tímido, quando o Cesar sai do cômodo.
— Por incrível que pareça, sim! — Respondo sorridente. — Quando me mudei para cá ele me ofereceu a oferta.
— E você aceitou logo de cara? — Bian pergunta.
— Sim, afinal, quem não gosta de um pouco de adrenalina na vida? — Digo.
— Mas você não já trabalha como professor de literatura? — Bian indaga.
— C-como sabe? — Pergunta surpreso.
— Você deve conhecer minha mãe, ela trabalha na mesma universidade que você. — Ele responde.
— Ah sério? Eu conheço todos os professores, qual o nome da sua mãe? — Pergunto curioso.
— Ela é Frida W. Hoffmann, professora de química, de vez em quando eu perambulo por lá. — Bian responde.
— A senhorita Frida! Não imaginava que ela tinha mais um filho! — Digo abismado.
— Você conheceu meus irmãos? — Bian indaga.
— Claro, a Roxanne que é uma aluna e Theo que andar por lá e sempre conversa com todos! — Digo animado. — Mas por que você fica pela universidade? Acredito que não te vi lá.
— Bem...minha mãe não confia em deixa um estranho tomando conta de mim, só fico por lá pela manhã, já que minhas aulas começam a tarde. — Bian explica, olhando por toda a sala curiosamente. — Eu prefiro andar sem ser notado, não gosto muito de interações humanas.
— Não gosta de interações humanas? Você é parecido com a Cesar. — Digo achando graça.
— prefiro a morte. — Bian diz a contra gosto.
— Aqui está o seu maldito computador. — Cesar diz chegando na sala, entregando o computador para Bian.
— Obrigado. — Bian diz seco, pegando o computador de Cesar é colocando em sua bolsa e preocupado por algo. — Aqui está seu gibi princesa.
— Por que demorou tanto? — Cesar diz tomando o HQ das delicadas mãos de Bian.
— Não sei se você percebeu, mas eu não sou falanteda língua inglesa. — Bian diz com o sotaque mais forte.
— Era por isso que você o odeia? — Indago confuso.
— Não, não é só por isso. — Cesar responde.
— Muito obrigado pela hospitalidade Joui. — Bian diz baixo, enquanto se levantava.
— Fique mais um pouco. Vou preparar um chá para nós conversamos. — Digo animado.
— Não, não, pode ir embora Hoffmann. — Cesar diz irritado.
— Cesar! — Repreendo. — O'que você acha Bian, seus pais estão de esperando?
— Se não for encômodo. — Bian diz olhando discretamente para Cesar, laçando um sorriso mínimo. — Meus pais e irmãos sabem onde estou.
— Que bom! Você quer chá? — Digo entusiasmado.
— Não precisa, estou bem. — Bian diz envergonhado, se sentando novamente no sofá.
— Posso fazer outra coisa, do o que você gosta? — Indago calmo olhando para Bian.
— Eu.. gosto de café. — O jovem diz baixo.
— Café? Você não é muito novo para tomar café? — Pergunto abismado.
— No país dele é normal Joui. — Cesar responde, sem dar muito importância, ele estava sentado na sua poltrona enquanto folheava um jornal..
— Ah, eu não sabia! — Digo envergonhado, — Vou preparar as bebidas e volto em cinco minutos!

[ ... ]

A atmosfera estava pesada entre o detetive e o jovem hacker desde quer o asiático foi preparar as bebidas, o hacker estava desconfortável e o detetive tentava fingir que a inexistência de Bian. Mas a curiosidade tomava conta do pequeno hacker.
— Cohen. — Bian o chama.
— O que você quer? — Cesar pergunta ríspido.
— Pensei que você era um ser maléfico sem sentimentos. — Bian declarar.
— Mas eu sou. — Cesar responde revirando os olhos.
— Sério? Você e o professor parecem bem próximos. — Bian diz sugestivo. — Nunca vi você abaixa a guardar por alguém que não conhece por muito tempo.
— Quem é você para fala isso? Você só me conhece a menos de 2 meses. — Cesar diz irritado.
— Eu sou amigo do Arthur, que gosta bastante de fala sobre sua vida e relações. — Bian fala dando uma risada discreta. — Eu sei que você está namorando com o professor.
— Não estamos namorando ainda. — Cesar diz constrangido.
— Ainda? Então pretende? — Bian diz dando um sorriso vitorioso.
— Eu não gosto de você. — Cesar declarar.
— Você me odeia por que somos parecidos ou por que você sabe que serei bem melhor que você? — Bian diz provocativo.
— Você gosta de irritar os outros né? — Cesar diz, finalmente olhando para Bian.
— Gosto bastante. — Bian responde. — Mas isso significa que confio em você.
Cesar fica levemente surpreso com a última frase de Bian, mas não deixa transparecer.
— Não ligo. — Cesar responde ríspido. — Você acabou de ler o gibi?
— Não, não consigo ler algumas frases. — Bian declarar.
— Você veio para Londres sem estudar a escrita do inglês? — Indaga seco. — Como você vai sobreviver na escola?
— Eu vou me virar. — Bian diz se afundando no sofá.
Cesar dar um suspiro cansado, ele olha para a HQ do força G que o pequeno hacker devolveu.
— Pegar. — Cesar fala, pegando o HQ e erguendo para que Bian pegasse.
— Hm? — Bian murmurar confuso.
— Você não disse que não tinha terminado de ler?
— Falei, mas...
— Pegue logo antes que mude de ideia. — Cesar fala monótono.
— Obrigado Cohen. — Bian diz, pegando a HQ dando um sorriso discreto. — Sabe, você é detestável mas no fundo tem um bom coração.
— Você também Hoffmann.







Detetive solitário - joesar Onde histórias criam vida. Descubra agora