Desastre

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  — Como?!

  — Não escutou o'que lhe disse? — Cesar diz arrogante.

  — Cesar! Não é isso! — Digo espantado. — Sei que não sou íntimo de você, mas você pretende manter a esposa do homem viva?

   Cesar me ignora completamente, andar em passos elegantes até a grande janela que dava uma bela visão da rua. Pela moldura da janela, pequenos flocos de neve cainha graciosamente e acumulavam no chão.

  — Que visão terrível! Esse céu cinza dar um perfeito cenário de um filme de terror. — Ele diz olhando atentamente para a janela. — O clima está péssimo para sair.

  — Cesar?

  — Sim jouki? O que deseja? — Ele fala, ainda atento para a rua.

  — Pode responde a minha pergunta?

  — Qual das quatro peguntas?

   Dou um suspiro, era tarde demais para volta atrás.

  — Se você pretende manter a esposa do homem viva?

  — Lógico que pretendo! — Cesar diz.

  — E quando irá agir?

  — Daqui a pouco.

  Demorou apenas alguns minutos para Cesar caminha elegantemente cabide que tinha um sobretudo. Ele deslizou seus dedos longos sobre o tecido do sobretudo, parecia contempla a maciez do tecido por meros segundos.

  — Vamos? — Ele fala, vestindo seu sobretudo cinza com destreza e elegância. — Pegue um casaco, o clima não está muito favorável hoje.

  — Para onde vamos? — Indago.

  — Para a casa de Robert. — Cesar diz confiante.

  — Quando ele lhe disse seu endereço?

  — Ele não disse, apenas descobrir.

   Iria dizer algo mas desisti completamente, apenas fui para meu quarto para pegar um casaco que garantisse que não morresse de hipotemia. Quando voltei, Cesar estava me esperando perto da porta, quando percebeu minha presença deu um sorriso mínimo e abriu a porta para que passasse primeiro.

  — Sabe usar uma arma, joui?

  — Lógico que não, Cesar. — Respondo.

  — Eu vou te ensinar. Você será mais útil.

  — Obrigado?

   Ele dar um leve sorriso e continuou descendo as escadas do meu lado. No último lance de escadas, avistei Ivete vendo as correspondências, quando ela nós viu lançou um sorriso maroto.

  — Meninos, já estou saindo juntos! Onde cês vão? — Ela fala sorrindo.

  — Vamos evitar um assassinato há sangue frio. — Cesar diz monótono.

  — Que péssimo primeiro encontro! — Ivete exclama.

  — Não estamos indo para um encontro, senhora Ivete. — Digo extremamente envergonhado.

  — Pense como quiser. Tchau meninos, se cuidem!

   Cesar não disse mais nada, apenas apertou o passo para ficar um pouco na frente. Pedimos um táxi e fomos para a casa de Johnson. Por todo o percurso, Cesar ficou extremamente quieto. Quando chegamos na casa, Cesar deu leves batidas na porta, fomos atendidos por uma mulher simpática de olhos esmeraldas.

  — Posso ajudar? — Ela pergunta. — Vocês são os detetives que meu marido contratou?

  — Sim somos. Gostaria de conversar com seu marido. — Cesar fala monótono.

  — Ah claro, podem me seguir! — Ela fala sorridente. — Ele está na sala de estar.

   Fizemos como ela mandou, a seguimos pela casa enorme até o cômodo que ela disse que Robert se encontraria. Entramos e percebi que Robert estava sentado em um sofá com uma aura atormentanda, estava tão mergulhando em seus devaneios que nem percebeu nossa presença.

  — Querido! — A senhora o chama.

   Robert fui bruscamente puxado dos seus pensamentos, olhou para a esposa e para nós, uma leve expressão de confusão tomou sua face.

  — Detetive? Não me lembro de ter dado meu endereço. — Robert diz com a voz trêmula.

  — Tenho meus contatos. Espero que a presença de meu amigo não o incomode. — Cesar pronuncia.

  — De modo algum, quanto mais ajuda melhor. — Ele fala apontando para um sofá. — Se acomodem e diga o'que desejam.

   A senhora se despedir educamente e se retira. Nos sentamos no sofá a frente de Robert.

  — Queremos um esclarecimento. — Cesar diz.

  — Como assim? — O homem fala nervoso.

  — Seja transparente. Você conhece o assassino? Ou melhor a assassina?

  — Detetive! Lamento mais-

  — Era sua amante certo? — Cesar Indaga. — não adianta mentir senhor Johnson.

   O homem estremeceu, olhando para os lados com receio.

  — Está bem! Está bem! Eu vou dizer, mas prometam que isso não sairá daqui. — Robert fala desesperadamente.

  — Prometemos. Diga detalhes sobre ela que acha relevante.

   Robert dar um suspiro amedrontado.

  — Ela era uma amiga que minha esposa Lurdes conheceu recentemente.

  — Como elas se conheceram? — Cesar pergunta interessado.

  — Não sei ao certo, mas acredito que ela simplesmente apareceu e se intimidou com minha esposa. — Robert responde enquanto mexia nas mãos ansiosamente. — Ela era uma pessoa um tanto estranha. Acredito que ela comentou ter um gambá de estimação.

  — Como vocês se relacionaram? — Eu pergunto.

  — Bem...foi um coisa momentâneo. Eu estava bêbado e só lembro de ter acordado ao lado dela — Ele fala com um tom de amargura. —, depois ela ficou insistindo em continuamos com aquilo, mas eu neguei, ela é extremamente obsessiva. Ela sumiu por um tempo.

“pensei que ela finalmente desistiu de está em nossa vidas, mas ai, recebi este bilhete que vocês sabem qual é, rapidamente percebi quem era o destinatário. Acreditem, eu me arrependo profundamente do acontecido.

  — Certo... lamento, você não sabem onde ela pode estar? — Cesar pergunta.

  — Não faço a mínima ideia, ela simplesmente parou de aparecer aqui, até minha esposa não sabe onde ela se encontra. — Robert fala com tristeza.

  — O nome dela? Qual é? — Cesar pergunta.

  — Era-

   O depoimento de Robert foi interrompido bruscamente por um grito estridente no andar de cima. Acredito que não seja da sua esposa, podia ser uma das empregadas, mas mesmo assim não era um bom sinal.

   Olhei para Cesar aterrorizado e ele retribuiu o olhar, corremos com destreza até onde o grito se encontrava. Quando finalmente chegamos avistamos a empregada olhando para a porta aterrorizada enquanto lágrimas grossas escapavam dos seus olhos com tristeza e angústia, ficamos terrivelmente aterrorizados com o'que avistamos no cômodo que a empregada olhava amedrontada.





         
  





Detetive solitário - joesar Onde histórias criam vida. Descubra agora