Capítulo 7

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 Após terminar meu banho, me dirigi até minha cama, onde Damon estava deitado confortavelmente com as pernas abertas, apenas me esperando a minha chegada lenta até ele. Aquela pose me deu calafrios, ainda mais quando deu leves tapas em sua perna, insinuando para eu me sentar. Toda feliz, corri até seu encontro e me joguei em cima, causando uma dor nele por causa do meu peso e impacto. 

 Dei-lhe mais um beijos antes de me aconchegar em seu peito, querendo muito descansar, mesmo já que eu tenha dormido o dia inteiro praticamente.

- Como foi o seu trabalho? Você não parece tão cansada quanto os outros dias, imagino que não tenha sido tão "lotado" - os lábios se Damon me confortaram assim que encostaram em meus cabelos.

- Na verdade, eu não sei... Hoje eu mal trabalhei, pois Rasmus pela primeira vez foi gentil em me deixar descansar na área de funcionários, enquanto ele fazia tudo - sorri ao lembrar da cena rara de se acontecer.

- Ah... Então, deve ter sido muito divertido não fazer nada por um dia inteiro, acredito 

- Exatamente! Você tem noção do quanto cansativo é trabalhar com alguém sempre mau humorado? É horrível, pode acreditar! Mas... - fiz uma pausa - É até bom ver ele mudando bem lentamente.

 De esguelha vi seu rosto se contorcer com uma raiva repentina, acho que devo ter falado de uma maneira esquisita e ele acabou com ciúmes, até mesmo o fazendo desviar o olhar.

- Enfim, uma mudança que realmente me chocou - chamei sua atenção de volta para o meu rosto, agarrando suas macias bochechas - foi a sua. Nunca imaginei que alguém tímido e quieto como você iria tem um lado tão... selvagem... - brinquei com a sua gola, o provocando de uma maneira bem iniciante.

- Digo o mesmo de você... - deu um sorriso malicioso, enquanto levantava sua camisa de repente - Esses arranhões vão precisar de pontos de tão profundo que foram.

 Seu peitoral estava com as marcas das minhas unhas, completamente avermelhadas e ameaçando sangrar a qualquer momento. O que me intrigou, pois poderiam ser facilmente tratadas com pomada e curativos.

- Por que você não cuidou delas? Isso pode infeccionar, bobo - passei os dedos por cima dos machucados.

- Ah... É que... Eu prefiro que eles se curem sozinhos - seu sorriso foi tão envergonhado que me perguntei se estava falando a verdade. 

- Ha! Sei... Só admite que você gostou delas como prova - o pressionei com os olhos, me aproximando de ser rosto. 

 Tive minha resposta ao ver a vermelhidão que ficou em seu rosto. Claro que eu dei ótimas risadas da situação, pois o meu palpite era verdade. 

- Você também - gaguejou antes de falar - Não te vi cuidar da marca de mordida no seu pescoço antes de ir trabalhar - alegou, me incriminando de hipocrisia.

- Touché... - parei pensativa,  abaixando o olhar - Mas nem tive tempo de fazer isso. Já você teve todo o tempo do mundo, porque sei que só trabalha de tarde.

- Então! Eu acordei ao mesmo tempo que você; e pode me dizer que horas eram? 

- Touché de novo!? Que droga - cruzei os braço indignada.

- Não sei o porquê de você estar assim, já que eu me ferrei nisso. Sempre que encosto minhas cotas, elas doem, por sua culpa - cruzou os braços também.

- Claramente você não viu o estado que a minha marca está, não é? - assim dito, assim feito. Mostrei a sua dentada feroz no meu pescoço, ficando roxo em volta.

- Me desculpa... Eu perco a linha às vezes, porém achei que gostaria.

- Eu não disse que não gosto, só que foi bem profundo... - dei um sorriso, mordendo os lábios.

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