Seduzida pela Boate

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BEATRICE PARKER/EVA COLLINS

Nos dias que se seguiram, a rotina na Moonlight Lounge continuou, e eu desempenhava meu papel como Eva Collins com perfeição. A cada apresentação, aprimorava minhas habilidades, conquistando a atenção dos clientes sem levantar suspeitas.

Após uma semana da conversa que tive com Alice, um funcionário da boate me abordou com um envelope, dizendo que minhas mudanças de horário foram aprovadas. Com uma mistura de ansiedade e curiosidade, abri o envelope e li o papel cuidadosamente. Agora eu trabalharia dobrado, o que significava ficar sobrecarregada e exausta. Mas além de ter sido a desculpa que eu usei para falar com Alice, seria bom passar mais tempo na boate, pois quanto mais tempo eu passasse lá, mais coisas eu poderia descobrir.

No papel, estava detalhado que eu trabalharia de terça a domingo, ajudando na limpeza da boate nas segundas-feiras. A ideia de me envolver na limpeza não me agradava muito, mas talvez valesse a pena pelo novo salário, que era o dobro do meu atual. Será que Alice estava disposta a pagar tanto assim apenas para uma funcionária?

Hoje era sexta-feira, e, surpreendentemente, a boate estava calma. As meninas conversavam tranquilamente no bar, e o ambiente estava mais vazio, com apenas uns cinco clientes presentes.

— Oi meninas, tudo bem? — Perguntei ao me aproximar. — Calmo aqui hoje, né?

Elas arregalaram os olhos em alerta.

— Não fala isso. — Maya disse. — Quando diz isso, o caos se instala.

— Como assim? — Perguntei, intrigada.

— Quando se diz que está tudo calmo, parece que o universo escuta e tudo se transforma em um verdadeiro caos. — Maddie respondeu.

— Vocês não acreditam mesmo nisso. — Falei, ainda sem acreditar que elas tinham superstições sobre o movimento da boate.

— Aguarde e veja por si mesma. — Maya disse, se levantando — Vou me trocar, sou a primeira hoje.

Horas depois, a boate começou a encher, finalmente trazendo a movimentação típica de uma sexta à noite. Maya já dançava no palco, exibindo toda sua sensualidade, enquanto eu vestia uma roupa ousada para a noite: uma calcinha e um sutiã vermelhos.

Quando chegou a minha vez de dançar, subi no palco e deixei a música me levar. Cada movimento era uma expressão da minha confiança, e o público parecia cativado.

A noite avançou, e a boate estava lotada, algo que eu nunca tinha visto. Dancei três vezes no palco, e parecia que os clientes sempre queriam mais. Maddie e Maya também se apresentaram três vezes cada uma, em uma sequência de performances empolgantes.

— Pode ir de novo, Eva. — Maddie disse, com um sorriso travesso. — Quem mandou falar aquilo.

— Acha que a boate tá lotada por causa do que eu falei? — Tentei não rir.

— Já teve que dançar quatro vezes? — Ela perguntou, com um olhar sério.

— Até hoje não.

— Pois é.

Subi novamente ao palco, já me sentindo cansada e suada, mas determinada a dar o meu melhor novamente. Talvez se eu fosse mais sexy, os caras ficariam ainda mais satisfeitos.

Com movimentos mais provocantes, deixei Eva assumir completamente o controle, permitindo me sentir cada vez mais sensual e transmitindo isso para a plateia. Os "elogios" e o dinheiro continuaram a chover, enquanto eu dançava e me envolvia com a energia do lugar.

De repente, um homem de terno subiu no palco, tentei não me assustar, continuando a dançar e me afastando um pouco dele.

— Podemos dançar juntos? — Ele perguntou com um sorriso simpático e sedutor.

A infiltrada (romance lésbico) Onde histórias criam vida. Descubra agora