Entre o Caos e a Calmaria.

2.1K 209 11
                                    

ALICE EVANS

A atmosfera pesada no quarto se intensificou enquanto eu observava as câmeras de segurança com a polícia. A visão de Samuel beijando Eva e, ainda pior, a vendo usar drogas, causou uma reviravolta em meu estômago, provocando até mesmo uma sensação de ânsia de vômito.

— Que merda ela está fazendo? — Exclamei a mim mesma, expressando minha indignação.

Sem hesitar, peguei o celular e liguei para o chefe dela, que havia me passado seu número.

— Acho que já está na hora de intervir. — Comuniquei, sentindo a urgência da situação.

— Ela ainda não conseguiu nada. — Ele respondeu do outro lado da linha, tentando acalmar minha preocupação.

— Ela acabou de cheirar cocaína. — Afirmei, enfatizando a gravidade da situação. — Se for a primeira vez dela usando, pode causar problemas sérios. — Minha incredulidade aumentava pela falta de ação imediata.

— Estamos de olho, senhorita Evans, e prontos para entrar quando chegar a hora. Beatrice sabe o que está fazendo. Confie nela. — Ele respondeu antes de encerrar a ligação.

Me perguntava porque ela havia aceitado se colocar em risco desse jeito.

A situação se agravou quando vi Samuel algemando Eva à cama e dando a ela mais drogas.

— Pelo amor de Deus. — Murmurei sozinha, sentindo a raiva pulsar em minhas veias. Estava à beira de intervir diretamente.

Finalmente, após a última confissão de Samuel sobre os vídeos serem postados em um site, os policiais entraram no quarto e prenderam Samuel.

Sai correndo da minha sala em direção ao quarto. Ao chegar, vi Eva coberta por um lençol, sendo solta das algemas.

— Ela está bem? — Perguntei, examinando seu estado com preocupação.

— Sim, só precisa ir até o hospital. — O policial respondeu, mas logo Eva desmaiou.

Outro policial a pegou nos braços, envolta no lençol da cama, e saiu pela porta.

— Sua filha da puta. — Samuel gritou para mim. — Você armou pra mim.

— Você é um lixo. — Me aproximei dele, algemado pelos policiais, e desferi um soco em seu rosto. Os polícias continuaram segurando ele, e pude ver que eles apreciaram minha atitude.

— Senhorita Evans. — Ouvi o chefe de Eva falar, segurando-me pelo braço. — Vem comigo.

Ele me levou para fora do quarto, enquanto Samuel era levado algemado.

— Você está bem? — Ele perguntou, me examinando com preocupação.

— Sim. — Respondi. — Espero que Eva também fique. — Adicionei.

— O nome dela é Beatrice. — Ele corrigiu.

— Sim, tanto faz. — Falei.

— Vamos comigo até o hospital, vai precisar dar uma olhada nessa mão. — Ele apontou para a mão que havia socado Samuel, que já se encontrava roxa.

A infiltrada (romance lésbico) Onde histórias criam vida. Descubra agora