Corações em Conexão

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BEATRICE PARKER

Alice permanecia recostada na cama, seus olhos encontrando os meus enquanto o suspense pairava no ar, aguardando ansiosamente por uma resposta. A tensão era palpável, e eu podia sentir meu coração acelerando.

Ela rompeu o silêncio ao se sentar com elegância na cama, seus olhos fixos nos meus, como se buscasse nas profundezas da minha alma a resposta para a pergunta que pairava entre nós.

— O que você acha? — indagou com uma intensidade que ecoava no quarto.

Mantenho meu olhar firme, perdendo-me na complexidade dos olhos dela. — Eu não sei. — Minha resposta escapou em um sussurro, e a atmosfera carregada aumentou ainda mais. — Preciso que me diga.

Alice respirou fundo, como se buscasse coragem para revelar seus sentimentos mais profundos. — Sim. — As palavras, carregadas de emoção, escaparam de seus lábios. — Era para eu te odiar, mas meu coração insiste em desejar algo diferente. Ele se recusa a ceder diante da lógica.

Aquelas palavras ecoaram no quarto, um suspiro de emoção pairando entre nós como se o universo estivesse segurando a respiração.

O quarto parecia pequeno demais para conter a intensidade daquele momento.

Finalmente, rompi a tensão ao me aproximar, buscando suas mãos com as minhas. O toque suave revelava a vulnerabilidade que permeava cada palavra e olhar trocados.

— Eu também estou apaixonada por você. — Falei.

Seus olhos encontraram os meus novamente, e uma mistura de esperança e medo dançava em sua expressão. Uma paleta de emoções se desenhava diante de nós, como uma obra de arte que ainda estava por ser completada.

— Mas e quanto ao resto? — Ela questionou, a incerteza refletida em seus olhos.

Aprofundando-me na conexão que se formava entre nós, respondi com sinceridade: — Todo o resto é uma incerteza, eu não sei como podemos fazer isso dar certo, a única certeza é que eu quero que dê.

Alice me puxou para um beijo na cama, onde a tranquilidade se misturava a uma explosão de sentimentos. Caí sobre ela, e suas mãos percorreram meu rosto suavemente enquanto nossos lábios se encontravam.

O beijo se aprofundou, e minha mão explorou cuidadosamente as curvas do corpo de Alice, intensificando a crescente sensação de calor entre nós.

— Espera. — Ela interrompeu o beijo.

Parei e a encarei, buscando ler as emoções em seus olhos.

— Podemos apenas relaxar? Não quero transar. — Ela pediu, delineando limites com uma expressão suave.

— Claro. — Minha resposta foi um suspiro suave, concordando com seu pedido.

Me deitei ao seu lado, estendendo o braço para que ela se acomodasse. Sua cabeça repousou no meu peito, e a envolvi em um abraço que silenciou o quarto. As palavras se tornaram dispensáveis; a conexão entre nós se fortalecia naquela tranquilidade partilhada.

Após um período de silêncio que parecia se estender infinitamente, Alice quebrou a quietude com uma pergunta que ecoou no espaço entre nós.

A infiltrada (romance lésbico) Onde histórias criam vida. Descubra agora