ALICE EVANS
Fiquei algumas horas com Jacob no quarto para garantir que não houvesse mais ninguém. Ele acabou pegando no sono. Saí do quarto e verifiquei se realmente não havia mais presença indesejada. O medo era avassalador, mas a coragem precisava se sobrepor.
Peguei meu celular do sofá, sentindo a urgência de alertar a polícia. Antes de discar o número, hesitei. A constatação de que a polícia não libertaria Samuel e não seria capaz de neutralizar os homens que levaram Beatrice me atingiu. Parecia que a polícia não podia ajudar neste momento. Era hora de recorrer a alguns favores.
Busquei na agenda do meu celular um nome específico, pressionei para ligar e aproximei-o do ouvido.
— Ora, ora, Quem é vivo sempre aparece. — A voz masculina soou do outro lado da linha.
— Desculpa pelo sumiço, e ainda mais por só estar ligando agora porque preciso pedir um favor. — Falei rapidamente.
— Está em perigo? — Ele perguntou.
— Mais ou menos. — Respondi. — Mas tem alguém que está. — Acrescentei.
— Seu filho? — Perguntou.
— Não, outra pessoa. — Falei um pouco sem graça.
— Usando um ex para salvar o atual?. — Ele riu. — Do que precisa?
Expliquei toda a situação, e ele prontamente se ofereceu para ajudar, garantindo que enviaria alguém para buscar a mim e a Jacob.
Liam era um bom homem, nos conhecemos na boate, ele parecia diferente de todos os outros caras que frequentavam lá normalmente, acabamos nos envolvendo, tivemos algo intenso mas curto.
Em meia hora, os homens enviados por ele chegaram à cabana. Acordei Jacob, e saímos com eles.
Liam me assegurou que seus homens estavam resgatando Beatrice, e que ele tinha um local seguro para nós. Decidi não arriscar a segurança de Jacob e pedi que o levassem até sua babá. Ninguém sabia da existência do meu filho, e muito menos onde sua babá morava. Tê-lo comigo seria expô-lo ao caos.
Liguei para Larissa do carro, expliquei o que podia e pedi que cuidasse de Jacob, orientando-a a fingir que ele era seu filho ou um sobrinho, perante pessoas desconhecidas. Ela concordou. Expliquei a mesma coisa para Jacob, e prometi que o buscaria assim que fosse seguro.
Assim que deixamos Jacob na casa dela, seguimos para o local seguro que Liam mencionara.
Era uma casa velha, no meio do nada, e adentrei a residência percebendo que era bastante ampla e velha apenas por fora, por dentro era tudo bem bonito e parecia recém reformado. Os homens de Liam me acompanhavam como guarda-costas.
Não demorou muito para ouvir o som de um carro estacionando do lado de fora, o que me deixou um pouco apreensiva. Beatrice entrou pela porta, seu olhar de espanto ao me ver não passou despercebido.
— Mas que merda é essa? — Ela disse com uma expressão confusa.
— Eu posso explicar... — Tentei começar.
— Quem são esses homens? — Ela apontou para os homens atrás de mim, que se assemelhavam muito aos que estavam atrás dela.
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A infiltrada (romance lésbico)
RomansaEm meio às ruas sombrias de Los Angeles, a destemida policial Beatrice Parker assume uma missão arriscada: se infiltrar em uma boate notória como stripper para desvendar um esquema de drogas. Porém, quando Beatrice conhece Alice, a enigmática e sedu...