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Sentamos e Tom permanece na cadeira de frente para mim.

— Vão pedir o mesmo de sempre meninos? — Betty pergunta para nós

— É né — diz Bill

— Tom sua mãe me disse que não quer ir almoçar na casa da Luiza — diz meu avô enquanto olha o cardápio

— Muitas perguntas, almoço é hora sagrada — diz Tom — Apesar dessa mania da família Kaulitz de não conseguir comer calada.

— Oxe, e você é um dos que falam demais.— diz Bill olhando pra mim rindo — Essa aí é outra

— Não me mete nisso. — digo pegando o cardápio

Betty faz os nossos pedidos e enquanto aguardamos nos conversamos.

— Gostou do salto? — Betty me pergunta

— Sim, eu tinha mostrado a senhora.. contou a ele que eu queria? — enquanto digo tiro o sapato e passo o pé entre as pernas de Tom

— Sim, ele ia mandar mas como voltou entregou pessoalmente — afasta os pães para mim — Come aí querida.

— Come mesmo porquê dormiu só com álcool no estômago. — Bill reclama

— Por falar nisso alguém guardou meu pratinho de salgados? — pergunto desviando o olhar de Tom

— Ah sim, coloquei na geladeira— diz Betty

Nossas comidas chegam, almoçamos e enquanto isso Tom massageia meu pé com uma mão, acariciando minha panturrilha
evitamos contato visual, as vezes temos que parar de nos olhar porque a expressão dos nossos corpos falam por si só

Quando Tom foi embora só fazia dois meses que eu tinha completado dezessete anos e depois disso veio na cabeça a possibilidade de termos algo, talvez ele quisesse ou talvez não, para falar a verdade não seríamos os únicos a cometer um incesto na família. Apesar dos outros serem casais de primos, Tom é meu tio, tem posição de moral comigo mas nunca conseguimos manter dessa forma não da para negar que é bem melhor levar nossa relação com toda essa intimidade

— Vão pedir sobremesa? — vô pergunta

— Não precisa, ainda tem bastante bolo.— Bill diz olhando para mim

— Nossa verdade, então vamos — digo levantando

Ando em direção ao carro enquanto Betty resolve a conta, saindo do restaurante paramos em frente a um prédio

— Ué — digo com cara de desentendida

— Tom não disse? Ele está vendo alguns apartamentos para morar sozinho — hum, ele não me disse nada.

— Não disse nada amor.. — digo encaixando meu braço com Tom

— Bom, agora você pode me dar algumas opiniões

Subimos e entramos, o apartamento é perfeito
as vistas das varandas de San Diego me encantam principalmente o que da para fazer nelas.

— O que achou? — Tom pergunta mostrando a vista

— É perfeito, para ficar sozinho e descansar — diz meu avô

— Pode vir me fazer companhia sempre que quiser — diz pondo a mão em minha cintura de lado puxando para perto

— Pode deixar — cheiro seu pescoço

— Mal chegou e já vai me deixar — diz Bill fazendo bico

— Mas que cena Bill, devia arranjar um para você também — diz vô rindo

— Que isso pai me expulsando? — diz Bill cruzando os braços

Tom e eu gargalhamos, Betty aparece voltando dos quartos

— Aqui tem quarto suficiente para todos sempre que quiserem ficar juntos — ela diz

— Mãe.. Se quisermos nos juntar, iremos para sua casa não se preocupe — diz Tom abraçando Betty

— Mas sempre que eu tiver tempo venho aqui na sua porta perturbar — diz Bill

— Podemos ir, me deixaram como vontade de comer o bolo — diz Tom

Saímos e voltamos pra casa, chegando Tom sobe para tomar um banho Bill e eu vamos para a cozinha partir o bolo

— Quero dois pedaços — digo tirando o bolo da geladeira

— Bota esse chantilly no pedaço do Tom ele que gosta mais — Bill diz cortando e servindo — Pega pai — diz indo a sala entregando o pedaço

— Betty você quer? — grito da cozinha

— Eu como aqui mais o seu avô. — respondeu

— Bill volta para a cozinha — Leva o dele, depois do banho com certeza vai esquecer de vir comer, vai deitar e dormir. — me entrega o pedaço

Subo para o quarto do Tom, entrando escuto o barulho de chuveiro, ponho o bolo sob a mesinha de canto e sento na cama.

— Está aqui o seu pedaço — digo

— ele sai do banheiro com a toalha na cintura e os cabelo solto molhado — que homem é esse, meu Deus.

— Eu ia descer mas já que trouxe obrigada.

— Esqueci a colher, foi mal — digo e abaixo a cabeça

— Tudo bem, está cheio de chantilly do jeito eu gosto - Tom morde o pedaço, lambuza o canto da boca e os dedos

— Deixa — digo levantando, seguro seu rosto passando a língua no canto da boca tirando o chantilly — Vou pro meu quarto

Tom põe o prato sobre a mesa e segura meu braço.

— Meus dedos ainda estão sujos — diz Tom — tá pedindo até demais mas quem sou eu pra negar — me voltando pra trás seguro sua mão chupando os dedos sujos de chantilly, o mesmo me olha com seriedade

— Quer tirar um cochilo aqui? — Tom pergunta

— Se fizer carinho nas minhas costas — digo saindo e indo para o meu quarto

Tomo um banho porque o calor aqui em San Diego está demais, botando um baby-doll vou para o quarto de Tom já que eu não perderia essa por nada. Vejo Bill subindo as escadas.

— Cochilo da tarde? — diz Bill me entregando minha garrafa d'água

— Com certeza — entro no quarto de Tom e Bill vai para o seu

Deitando na cama, Tom liga o ar condicionado e fecha a porta, se aconchega do meu lado pondo a mão por dentro da minha blusa acariciando minhas costas. Ficamos nos olhando mas como estava cansada da noite passada eu acabo dormindo e enquanto isso Tom fica me velando, de vez em quando dando beijos em meu ombro e cheirando meu rosto.

Que momento, Liv com certeza ia querer poder estar acordada para ver todo esse chamego. Enquanto ela dorme, ele desiste do seu sono e desce para sala, sentando ao lado de Joe.

Tom

— Vão viajar para o Joseph? — Tom pergunta ao Vô

— Você não vai?

— Quero paz, Joseph é muito ignorante com Olivia e não quero sair na mão com ele outra vez — diz Tom desligando a tv

— É realmente, mas você vai estar lá talvez ele não chateei tanto ela — Vô se toca que Tom desligou a tv e esbugalha os olhos — Eu estava assistindo guri.

— Pai o senhor dorme mais do que assiste — rindo Tom olha para o canto da escada e vê o meu salto

(...)

I Knew You Were Trouble - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora