Comandante das Sombras (JJK + KTH) - ABO

Atlas

Olha quem resolveu dar o ar da graça 🗣️
Eu queria ter postado o capítulo na quinta, mas, tive uma crise de tendinite na mão esquerda. Isso acabou por afetar completamente a minha rotina.
Enfim.
Como estão?
Espero que todos estejam bem e saudáveis.
Prestem atenção nos detalhes deste capítulo.
Não esqueçam de votar e comentar, isso motiva bastante.

O presente capítulo contém violência psicológica e física. Caso não sintam-se confortáveis, recomendo abandonar a leitura imediatamente.

Jeon Jaeho nasceu com o peso do mundo em seus ombros. O pequeno alfa poderia ser comparado com Atlas — o titã. Sendo castigado por participar de um motim contra o Olimpo, a fim de exterminar os Deuses e governar o Olimpo junto a outros Titãs.

Mas a diferença era nítida.

Além de não fazerem parte do mesmo plano astral, o jovem Jaeho nada fez para ter de carregar o fardo de ser um Jeon.

De ser o Jeon herdeiro, do trono e de toda uma dinastia imposta a si, sem qualquer possibilidade de escolha.

Jeon Jaeho não possuía livre arbítrio.

Ele achava ter, mas sua armadura de cristal fora quebrada, tendo seu pai ômega — Wang Yugyeom — como principal responsável.

O que uma criança de apenas cinco anos de vida poderia fazer contra isso?

A toxicidade fazia parte do Palácio.

Jaeho não tinha ninguém além de uma serva para protegê-lo.

Não havia alguém para se importar com sua integridade física, psicológica e moral.

Seu pai alfa estava ocupado, poderia dizer que Jeon Min-kyu era inacessível. Ele nunca esteva lá quando o alfinha necessitava.

Diferentemente de seus primos — Kwan e Hyeon — Jaeho, apesar da pouca idade e de nenhuma experiência emocional — comparava-se aos dois.

Por que ele não poderia ter uma vida normal? Sem cobranças excessivas. Sem uma rotina exaustiva que, com sua pouca idade, consistia em ir à escola, retornar ao palácio, treinar artes marciais e lutar contra dois espadachins do Norte.

Estava cansado disso tudo.

Ele queria ser um garoto normal.

Queria poder brincar junto aos amiguinhos.

Queria ser convidado por Kwan e Hyeon para brincar na casa da árvore.

Tudo parecia tão vazio e sem sentido para o pequeno alfa e, utilizando-se da indiferença velada, fingia não se importar com nada e nem com ninguém.

Seu pai ômega lhe influenciava a crescer e tornar-se alguém sem escrúpulos. Um alfa sanguinário, cheio de ódio e rancor.

— Você conseguiu errar todas, Jeon. — Yugyeom apareceu na soleira da porta. Uma espécie de cinturão de couro em mãos.

O alfa suspirou, frustrado.

Conseguia sentir suas costas pinicarem só em imaginar outra surra com aquele objeto. Mal havia se curado da surra anterior.