Lavanda e babosa.

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Jungkook sentiu uma pontada aguda atravessar seu peito. A garganta seca o impossibilitando de falar. Lutou para abrir os olhos - parecia que vinte mil cavalos haviam lhe atropelado.

A tontura não o permitia pensar muito, mas reconheceu o lugar - estava em seu quarto. Tudo cheirava a lavanda e babosa.

Conseguiu caminhar com grande esforço, mancando de uma perna, parou em frente à pequena cômoda no canto do quarto. Antes que pudesse levar a jarra de água os lábios, foi surpreendido pela voz grave atrás de si.

— O que pensa que está fazendo? O senhor não pode se esforçar, meu príncipe.

Taehyung correu para amparar o alfa, lhe condunzido até a cama e servindo-o com um copo d'água.

Jungkook percebeu pequenas cicatrizes no rosto do ômega, mas nada que pudesse ser considerado grave.

— Como chegamos até aqui? — sussurrou, a garganta em alívio pela água tomada.

— Irei lhe contar tudo. Mas, por favor, não faça esforço. Suas feridas ainda estão abertas, o corte no peito foi profundo. Para ser sincero, não tínhamos esperança de que o senhor sobrevivesse. — o alfa fez uma careta — Sua mãe ordenou que todas as ervas dos quatro reinos fossem coletadas, e todo o aparato médico lhe servisse enquanto estivesse acamado.

Jungkook franziu as sobrancelhas. Sua mãe? Ela havia voltado? Quando?

Ou melhor, por quanto tempo havia dormido?

As dúvidas estavam estampadas em sua face — como uma tatuagem.

— que aconteceu lá? Depois que eu apaguei. — Suspirou, sua coxa latejava e seu peito doía como o inferno.

— Depois de enfiar a espada em seu coração, o Hyun Bin se dirigiu ao príncipe Min-kyu, mas antes que ele pudesse afundar a lança de forma definitiva, a cavalaria da Imperatiz apareceu, junto ao exército do Norte. Eles conseguiram neutralizar os bastardos e nos trouxeram para o Palácio. Guardas do Norte e da Cavalaria Imperial estão trabalhando em conjunto enquanto guardam os portões da cidade.

— E os Comandantes Kim e Min? — Deslizou a mão até a coxa, tentando coçar o local avermelhado.

Taehyun segurou a mão de Jungkook, o impedindo de tocar na ferida.

— O senhor não pode coçar ou ficar mexendo na ferida, Jeon. Ainda há um risco de infecção. Só passou duas semanas desde o ataque.

Jungkook arregalous os olhos, tentou pensar em algo, nunca havia dormido por tanto tempo, na verdade, suas noites de sono não passavam de 4 horas.

— Duas semanas? Que porra. — Se exaltou. — Eu preciso conversar com a minha mãe. Preciso ver o meu irmão, saber como ele está. Preciso organizar uma reunião, todos os filhos da puta responsáveis por essa confusão serão estripados e servirão de comida aos lobos.

— O senhor não sairá deste quarto enquanto não melhorar, meu príncipe. E isto nao está aberto a discussões. — Se prostrou em frente ao homem — Sua saúde é a prioridade e ordens me foram dadas. Agora, sente-se direito, preciso passar um óleo de calêndula em seus machucados. Prometo chamar a Imperatriz e o seu irmão assim que acabarmos de higienizar suas feridas.

Comandante das Sombras (JJK + KTH) - ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora