Exército das Sombras

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Após esse, a fic terá mais dois capítulos e, talvez, um extra.

Tava obcecada assistindo The Glory, por isso dei uma sumidinha. 🥹

Os comentários me motivam bastante, então, não se sintam envergonhados.

Obs: deem uma olhada na minha outra história e fomentem bastante.

A semana havia sido complicada para a tropa da cavalaria. Ultimamente, a chuva caía intensamente, trovões e raios cortavam o céu. Seria uma tarefa difícil cavalgar até o Norte — local escolhido para alocar as tropas e esperar pelas investidas do exército vermelho.

Dois batedores haviam sido engolidos por uma cratera que se abriu de forma repentina — por sorte, os homens eram experientes e conseguiram escapar antes que fossem levados morro a baixo.

Os moradores de Altus foram realocados ao redor do Palácio. Os grandes portões de ferro foram trocados por portões negros de vibranium — mais resistentes e quase impossíveis de se penetrar. A tarefa durou três longos dias. Jungkook não parou para descansar durante esse tempo. Estava ansioso — conseguiu buscar acalanto enquanto ajudava os moradores com as novas casas e novos trabalhos.

— Você precisa descansar, irmão. Seu ômega ordenou que parasse e tomasse um banho. — Min-kyu segurou uma das várias espadas feitas pelo ferreiro da tribo.

O material era leve, mas afiado e muito, muito resistente.

— Acredito que ele não tenha sido tão educado assim. — Riu. — Taehyung anda muito estressado. Acredita que ele me fez ajoelhar e pedir desculpas por simplesmente não querer ser a conchinha menor?

— E você ajoelhou? — Franziu as sobrancelhas

— Claro que sim. Pedi perdão e disse que nunca mais negaria ser a conchinha menor. — Suspirou.

— Acho que você deixou isso aqui cair, filho. — Jun-ho se aproximou, uma coleira de couro estava em suas mãos. Os homens presentes na oficina do ferreiro riram.

— Acho que ser pau mandado é um dom que só os herdeiros da linhagem Jeon conseguem ter. — Jackson entrou na conversa.

— Melhor você ir, antes que seu ômega te coloque na coleira e te arraste até o ofurô. — Yoongi zombou.

O clima já não estava tão tenso. Precisavam de distrações momentâneas. Iriam para uma batalha — sem saber se voltariam vivos ou se morreriam em prol de um juramento.

— Preciso falar com você. — Jungkook rodeou o braço ao redor do pescoço de Min-kyu, guiando-o aos fundos da oficina.

— E então, papai de dois, o que quer? — Min-kyu sentou-se em um banquinho de madeira. As costas estalaram instantaneamente.

— Preciso que me prometa algo.

— O que seria? — Franziu a sobrancelha

O alfa retirou do bolso da calça duas esculturas de madeira. Dois lobos — feitos por ele, nas noites em que velava o sono de seu ômega e tentava fazer a cabeça parar de pensar em cenários desesperadores.

— Nossas vidas foram baseadas em dor, humilhação e ódio. — Ajoelhou diante do irmão. — Nós nunca tivemos tempo para pensar em uma vida feliz, com filhos ou uma família unida. Taehyung é a causa de toda a minha euforia, felicidade e vontade de voltar para casa vivo. Eu o amo, irmão. Amo mais do que pensei que poderia ser possível. — Os olhos bicolores brilhavam. — Meus filhos são a prova de todo esse amor. Eu não sei se voltarei vivo, mas farei o impossível para isso... não sei quanto tempo durará a batalha, um ou dois dias, três meses ou seis, é um cenário improvável e muito difícil. — Suspirou. — Se eu não voltar para casa, por favor, entregue isso aos meus filhos. Quero que tenham algo para lembrarem do quanto os amei. Cuide deles como se fossem seus, cuide do meu ômega. Não o deixe afundar, por favor, irmão. — Min-kyu segurou na nuca do irmão, fazendo com que as testas ficassem coladas. — Se eu não voltar, faça o possível para que tenham uma boa vida. Construa a casa da árvore com eles. Os ensine a pescar e a acampar.

Comandante das Sombras (JJK + KTH) - ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora