Sangue

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Lalisa estava simplesmente perfeita em seu vestido vermelho cor sangue. Jennie sabia que a mulher percebia o olhar de Jennie. O desejo ali contido e reprimido.

- Você está linda Martel.

- Você também. Por que só vi você agora? Chegou agora?

- Na verdade eu já estava aqui antes de todos, aprecio a arte da senhorita Clare quando posso. Ela deixa eu ficar aqui em cima observando.

- Espera. Essa pintura é dela?

- Sim, o J aqui em baixo representa ela.

Jennie olhou o quadro novamente e então notou que ela se referia a ela mesma na pintura com a própria Rosé ao lado. Já que uma das mulheres era loira e a outra morena.

- Magnífico não é?

- De fato.

As duas agora estavam ao lado uma da outra, apenas centímetros de distância.

Jennie queria se aproximar e sentir o cheiro do perfume da mesma bem de perto, mas seria arriscado demais.

- Bem senhorita, eu imagino que você irá descer para o baile não?

- Eu pretendo sim.

- Vamos juntas? - Jennie disse com seu sorriso mais gentil.

O olhar de Lalisa se fixou totalmente nela. A mulher a devorava sem nenhum medo. Ela caminhou até ficar bem próxima do rosto de Jennie.

Em resposta a menina sentiu seu coração acelerar a cada movimento da morena, mas em nenhum momento ela se afastou. Ela queria essa proximidade, tinha desejo de tocar o ombro exposto de Lisa.

Ela encarou os olhos de Lisa de volta e sorriu, a morena não parou e então tirou uma mecha de seu cabelo do ombro.

- Seu cheiro... - Lisa sussurrou.

- Ahem!!! - uma voz surgiu atrás das duas.

Jennie se afastou rapidamente e pulou no próprio lugar.

Jisoo e Rosé estavam uma do lado da outra e olhavam a cena se desenrolar na sua frente.

- Hora de descer não é moças?

- Sim, nós já estávamos fazendo isso. - Jennie respondeu aos risos.

Desceu as escadas com Lisa ao lado e com Jisoo e Rosé atrás de si em silêncio absoluto. Jennie sentia a tensão de longe entre as duas, mas agora elas sabiam um segredo de Jennie em troca do das duas, era justo.

As quatro mulheres passaram pelas portas duplas e chegaram novamente ao salão. A quantidade de pessoas parecia só aumentar ao invés de diminuir.

Jennie olhou para trás onde Rosé e Jisoo estavam antes, as duas sumiram e se separaram antes mesmo de apareceram no salão. Elas tomavam todo o cuidado possível com essa relação as escondidas.

- Bem aparentemente sobrou só nós duas. - Lalisa disse baixo.

Andando pelos salão ainda lotado, Jennie caminhou com Lisa pelo espaço. Ela tinha de segurar a respiração e se controlar, pois a qualquer momento ela sabia que tinha um impulso de beijar a mulher derrepente.

De longe Jennie notou seu irmão se aproximar rapidamente.

- Jennie, minha irmã, nós devemos... - Lúcio se conteve quando notou a presença de Lalisa ao lado de Jennie.

- Oh! Perdão, não havia notado que estava acompanhada, é um prazer conhecê-la senhorita...?

- Lalisa Manobal. - Lisa disse oferecendo a mão a Lúcio.

O menino então apertou a mão da garota desajeitado e olhou para a irmã com um desespero disfarçado nos olhos.

- Podemos conversar... em particular.

Jennie balançou a cabeça e se virou para Lalisa.

- Eu vou ir agora, mas foi um prazer revê-la, por que não saímos para tomar um chá, qualquer dia desses?

- Ficaria feliz.

- Ótimo. - Jennie disse antes de seguir o irmão no meio da multidão.

Lúcio andava com pressa até um canto afastado da multidão, ele abriu a porta de uma sala em particular e a fechou quando Jennie passou por ela.

- Escuta irmã, você sabia que Josh estaria aqui hoje?

- Eu... não sabia, por que ele está aqui?

- Eu também queria saber. - Lúcio disse visivelmente irritado.

Jennie engoliu seco e encarou o irmão sem parar. Ela sentia que algo estava errado, eles eram amigos de infância, era normal ter saudades de um amigo que havia se mudado para longe.

Porém o que seu irmão sentia não era só falta, ele estava magoado por algo que Josh havia feito e era isso que Jennie não compreendia.

- Lúcio...

- O que?

- Por que está desse jeito?

- Como assim? Eu não quero vê-lo, ele veio até mim para conversar. Sai andando para longe.

Relutante Jennie andou até ficar próxima o suficiente do irmão. Ela pegou na mão do mesmo e a segurou.

- Seja lá o que tenha acontecido ou que você está sentindo, eu quero que me conte, e se não puder me dizer, sabe que eu vou te apoiar.

Lúcio balançou a cabeça e segurou a mão da irmã com mais força.

- Acho que já está tarde, devemos ir embora.

Em concordância Jennie balançou a cabeça e então os dois saíram da sala e caminharam em direção ao salão novamente. Rapidamente Jennie notou Blue correndo até sua direção com pressa.

- Onde vão? Sumiram por tanto tempo, quer dançar senhor Lúcio?

- Sinto muito senhorita Blue, mas minha irmã está cansada e precisa descansar.

- Oh! Que pena, descanse bem então Jennie. Irei na sua casa vê-la.

- Claro Blue, por favor agradeça por mim a sua tia pela festa. Ficou tudo incrível.

Blue sorriu e logo se apressou para andar novamente pelo salão movimentado.

Jennie e Lúcio andaram até a porta do salão que os levaria ao hall de entrada. Passando por ele, até chegar ao caminho de pedra, seu irmão a ajudou a subir na carruagem e em seguida entrou também.

Antes que o cocheiro começasse a guiar a carruagem, uma voz alta os impediu de continuar.

- Me esperem! Esperem!

Se inclinando para olhar pela janela da carruagem Jennie viu Josh correr pelo caminho de pedra até a carruagem.

- Mas o que é isso? - Lúcio reclamou ao lado da irmã.

Jennie engoliu seco e desejou sumir nesse momento. Josh apareceu a sua frente e a encarou, ele estava com gotas de suor na testa e estava ofegante de tanto correr.

- O que posso fazer por você? - Jennie disse tentando tampar a visão do irmão da pequena janela.

- Me dê uma carona até sua casa.

- Está louco?

- Se eu te contar a novidade, vai ficar mais louca.

Lúcio resmungou ao lado da irmã. O que Jennie poderia fazer se não ajudar o rapaz? Ela saiu de frente da porta e então Josh a abriu e entrou na carruagem.

Quando se sentou na frente de Jennie ele percebeu pela primeira vez a presença de Lúcio, que o olhava com a mesma expressão de surpresa.

Jennie sentia o olhar ameaçador do irmão ao seu lado, ela apenas ignorou e deu duas batidas leves na porta. E então o cocheiro começou a viagem até a mansão dos Martel.

Secret of the Century  | jenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora