Capítulo IX: Doce Morte

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"Eu descobri algo chamado amor. Ele nos faz querer cantar, dançar pular, matar... Ele é um sentimento que voa sem controle por esse céu carmim. A única solução era acabar com você."

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Nikolai pegou a pequena adaga do chão e ameaçou Fyodor com um sorriso no rosto.

— Você percebeu, não é? — Dostoyevsky perguntou, saindo de perto do garoto desacordado. — Você realmente está preso a mim.

Nikolai parou por um momento. Ele encostou a adaga no pescoço do parceiro. O assassino ajoelhou a sua frente, com o cabeça erguida, estava rezando com os olhos fechados.

— Eu realmente não consigo ser livre perto de alguém como você — Nikolai murmurou, pela primeira vez admitindo algo tão sério. — Você tira toda a minha liberdade apenas existindo!

Movendo a adaga um pouco para o lado em um movimento brusco, uma pequena fenda de sangue escorreu pelo rosto do assassino. Ele abriu os olhos, rindo para o palhaço, sem se preocupar em limpar a serpente de sangue que se formava em seu rosto.

— Eu digo o mesmo! — Ele riu, seus olhos profundos revelando um brilho maldoso. — Eu não me preocuparia em te deixar aqui sozinho nesse palácio. Eu não me importaria com a sua existência, de qualquer jeito. Mas você é o ser mais significance que já passou pela minha vida, Nikolai gogol.

Ele se levantou calmamente, segurando os pulsos do acrobata e se aproximando mais ainda.

Ele queria pegar adaga que estava em sua mão, não era seguro deixar algo tão perigoso perto de Nikolai.

Sem dizer nada, o artista não esperou o crente tirar segurar sua arma, ele a soltou e a deixou cair no chão, usando as duas mãos para segurar o rosto de Fyodor. Fechando seus olhos, ele deixou um beijo na bochecha ensanguentada do assassino, fazendo seus lábios ficarem com a semelhante cor carmim.

O barulho de uma multidões subindo as escadas tornou o momento ainda mais tenso. Nikolai segurou o assasino pela cintura e eles pularam a janela, sendo transportados para dentro de um carro preto que estava estacionado perto do Palácio

Nikolai trocou de lugar com Fyodor para alcançar o banco do motorista, dando partida e começando a correr com o carro.

Logo na saída, os dois atropelaram a caixa de correio, dois arbustos e tombaram uma moto que estava estacionada do lado do carro.

— VOCÊ AO MENOS SABE DIRIGIR?! — Fyodor gritou por cima do barulho do carro dançando na pista.

— NÃO! — Riu o palhaço, batendo de frente com a placa do Palácio, amassando a frente do carro e quebrando uma de suas lanternas. — IUUHUUU! — Ele gritou, alcançando a pista. — LAVANTE OS BRAÇOS, DOSTÓI, ESTAMOS EM UMA MONTANHA RUSSA!

Ele soltou o volante, fazendo o carro andar em zigue-zague. Fyodor o empurrou para o lado e passou por cima dele para alcançar o volante, em uma tentativa inútil de tomar algum controle sobre o carro. O palhaço parecia estar se divertindo com o caos que criava.

— Legal, Nikolai, muito bacana, mas por favor, não faça isso de novo — o moreno disse, se apoiando na coxa do acrobata para alcançar o volante.

Aquela posição não era confortável, porém Nikolai não se dispôs a se mecher, continuando parado no mesmo lugar, pisando no pedal do carro com toda força possível, o fazendo correr na pista vazia.

Uma sombra vermelha cresceu por trás do carro. Uma tempestade de rochas tentava os atingir. Provavelmente era Chuuya, o Manipulador de Gravidade que eles haviam encontrado outro dia. Sua aura vermelha cegava os dois dentro do carro, apenas enxergando as rochas quando elas já estavam quase os amassando.

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