"Não temos tempo de temer a morte!"

321 54 256
                                    

Especial pra vocês!! Liberdade está bem velhinha, com 1 ano já!! Mtt obgd a td mundo q leu e acompanhou!! Vcs estão tds no meu coração♡

⚠️>Lembrando que é apenas um final alternativo!!

⚠️>Lembrando que é apenas um final alternativo!!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

> A partir do Capítulo XII<


Tudo estava silencioso.

Ele lembrava muito bem onde estava.

Lembrava de Nikolai, de seus olhos maravilhosos, de sua voz misericordiosa...

E lembrava da adaga perfurando seu corpo.

"Meu amado Deus, por que não posso apenas morrer de vez?"

Abriu seus olhos com dificuldade. Ainda estava na banheira, o azulejo duro lhe causava dores nas costas. Uma mão pressionava seu peito, estancando o sangramento com um pedaço de pano.

Ele não queria olhar para cima. Não queria olhar nos olhos de Nikolai. Ele não saberia como lidar com seu pranto.

— Você 'tá acordado? — O acrobata perguntou, com a voz embargada.

Fyodor não respondeu. Não iria responder.

Ele sabia o que o outro tinha feito.

Acontece que O Livro sempre esteve nas mãos de Nikolai. Ele o reescreveu, Fyodor ressuscitou, assim como o seu Deus.

— Por favor, Dostoy... — Ele implorou, fungando. Ele fez mais pressão na ferida alheia, fazendo o corpo inteiro do crente arder. Surpreendentemente, não havia sangue no corte, apenas na água da banheira.

Tudo era um mar de sangue, mas você estava ao meu lado, então não tinha o que temer.

— O que você fez? — Fyodor perguntou, brevemente, sem força ou condições de manter um assunto.

— Eu... eu estanquei seu sangue, fiz ele voltar a circular por seu corpo com a minha habilidade! — Ele contou, com um sorriso doloroso. — Eu cuidei de você e eu-

— O que você fez? — O russo o interromeu outra vez, já que ele não estava esclarecendo suas perguntas.

— Eu amo você — ele confessou, seus olhos se enchendo de lágrimas novamente, mas sua boca rindo de jeito histérico.

Dostoyevsky não conseguia entender Nikolai.

O platinado despencou por cima de Fyodor, o abraçando e soluçando feito uma criança.

— Não encoste em mim — ele tentou mandar, mas Nikolai não escutou. Ele nunca escutava.

Ele murmurou algo inaudível, mas o outro pode entender o que ele queria dizer em meio de seu pranto.

Liberdade É Uma Consequência | FyoLai Onde histórias criam vida. Descubra agora