Capítulo VIII: O Show do Acrobata

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"Eu a digo: 'Dance, pois isso é a única coisa que garante sua sobrevivência. Cuidado com os cacos de vidro e tente não derrubar o lustre!' Mas ela não me escuta e volta a chorar."

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Fumaça artificial cobria o chão em volta do tecido, ninguém conseguia ver onde ele acabava. Ninguém tinha visto quando o acrobata vestido de branco subiu em cima do lustre. Estava tudo escuro, a não ser pelas pequenas bolinhas douradas que a decoração refletia.

Depois de um tempo em silêncio, uma música um tanto calma começou a tocar. O show tinha começado.

O acrobata descia a corda devagar. Dando voltas com o tecido em volta de seu corpo até ficar de ponta cabeça com uma abertura perfeita. "É tão fácil assim impressionar um bando de ricaços?" Nikolai pensou com um sorriso no rosto ao ouvir os aplausos da plateia. "Esperem até eles verem o que eu consigo fazer".

Subindo dramaticamente até um ponto alto da corda e a enrolando em volta de sua perna, Nikolai balança o lustre, o fazendo ir para frente e para trás lentamente.

A plateia grita assustada quando o acrobata se solta lá de cima, quase se chocando contra o chão. Se não fosse uma volta com o tecido por suas coxas, o pior poderia ter acontecido. "É realmente mais fácil doque eu pensei!", ele sorria, se preparando para outro truque.

Enquanto a vida de Nikolai dependia de risos e rostos surpresos no grande salão, Fyodor procurava apressadamente pelo garoto que estava no andar de cima.

É uma tarefa realmente difícil. Aquela mansão tinha, pelo menos, 20 quartos diferentes, cada um deles com coisas mais importunas dentro, indo de casais apaixonados fazendo o que não deviam a coleções de animais empalhados.

Ele ouviu um jovem xingando baixinho dentro de um dos banheiros que ficava dentro do quarto com a coleção de diamantes. Ele limpava agressivamente o vinho que tinha manchado sua roupa branca.

— Ora, ora... eu não esperei que você fosse sobreviver por tanto tempo — Fyodor murmurou nas sombras, por trás de sua máscara preta. Sua voz era gentil, quase dócil, aquilo fez o garoto se arrepiar da cabeça aos pés. — Sigma? É assim que te chamam agora?

O jovem pareceu congelar, derrubando a toalha suja de vinho. Ele não se virou, encarar o rosto do assassino não seria a melhor coisa a se fazer.

— Por que você está aqui? — Ele perguntou, com a voz dura. — Você já não me atormentou o bastante?

— Eu ouvi falar do seu Cassino — o assassino conta, rindo levemente. — Eu não esperava tal coisa vinda de você. Eu realmente pensei que você fosse apenas um estorvo.

Fyodor ficou em silêncio. O coração de Sigma batia assustado, sem ousar se mecher. O crente tirou um papel com alguma coisa escrita do sobretudo, fazendo suas jóias cintilarem.

— O que é isso? — O jovem perguntou, olhando o outro através espelho.

— Toda sua existência — Fyodor acendeu um isqueiro em baixo do papel. — Você não é nada além de palavras vagas escritas em uma folha de papel. A qualquer momento em posso simplesmente...

Ele trouxe o papel para mais perto do isqueiro, fazendo sua ponta ficar um pouco queimada. Sigma sentiu todos seus órgãos se contorcendo em uma agonia interminável. O calor que ele sentia não era natural, comparado a janela aberta do quarto iluminado pela luz do banheiro. Ele caiu de joelhos no chão se contorcendo de dor. Um grito engasgado tentou sair de sua garganta, mesmo sabendo que ninguém iria o salvar

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