Coração de Quarterback

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Aaron Miller

Hoje eu e Annelise decidimos  assistir a um filme no dormitório dela.

A noite estava perfeita, o clima estava ótimo e a companhia, melhor ainda. A gente riu,  e se divertiu muito durante o filme. Mas, à medida que o tempo passava, eu sentia meu coração acelerar cada vez mais. Eu queria tanto dizer a ela o que eu sinto, mas a coragem simplesmente não aparecia.

Quando o filme acabou, a Annelise estava tão cansada que acabou pegando no sono ali mesmo, no sofá. Eu fiquei ali, olhando para ela, pensando em como seria maravilhoso se eu pudesse acordar todos os dias ao lado dela.

Eu não queria acordá-la, não queria que ela soubesse que eu estava ali, observando-a enquanto dormia. Então, com todo o cuidado do mundo, eu me levantei da cama e dei um beijo suave na testa dela. Foi um gesto tão delicado, tão cheio de carinho, que eu senti meu coração se encher de amor por ela.
Enquanto eu caminhava pelo corredor vazio, eu não conseguia parar de sorrir. Eu estava feliz por ter passado aquele tempo com ela, por ter tido a oportunidade de estar ao lado da pessoa que eu amo. E, ao mesmo tempo, eu estava triste por não ter coragem de dizer a ela o que sinto.

Mas, sabe, eu acredito que tudo acontece no tempo certo. Talvez um dia eu encontre a coragem necessária para confessar meus sentimentos. Até lá, eu vou continuar sendo o melhor amigo dela, apoiando-a em tudo e torcendo para que ela seja feliz, mesmo que não seja ao meu lado.

Chegando no meu dormitório, encontrei Calleb e Nicolas ainda acordados. Puff, nem quero saber o assunto.

— Tava aonde? — Nicolas me pergunta enquanto eu entro, logo tirando minha camisa porque estava um calor insuportável.

— Onde você acha? — Debocha calleb. — Com a "princesa" dele.

Revirei meus olhos com o tom de deboche usado.

— Tá com ciúmes, amor? — provoquei

— Tô morrendo de ciúmes. — Soltei um riso baixo ao ouvir o comentário de Calleb. — Mas enfim, 'bora ir pro bar? Tava vendo aqui no Instagram e parece que tá cheio de gata lá. —fez sinal de cheio com a mão.

O bar do Stone é um ambiente descontraído, com uma vibe animada e uma decoração cheia de estilo. As mesas estão sempre lotadas de gente rindo, contando histórias e trocando ideias. E o que dizer das bebidas? É uma verdadeira festa para o paladar! Eles têm uma variedade de cervejas artesanais que é para deixar qualquer um maluco. Dos estilos mais clássicos aos mais ousados, tem opção para todo mundo.

— Não sei cara, amanhã tem teste de química. — Ela tem um problema sério comigo, sério mesmo. Não importa o que eu faça, ela sempre encontra um motivo para implicar comigo. Ela parece ter um radar especial para me pegar.

Talvez seja porque eu tenha dado um fora nela.

Ela é bonita, mas não é meu tipo, além de ser extremamente insistente, ela não sabe aceitar um não.

Ah, se eu soubesse que essa bruxa seria minha professora, teria se afogado em um rio.

— Dá nada mano, vamos chegar cedo hoje. — Nicolas tenta me convencer. Tô cansado pra caralho.

Olho para o relógio e vejo que são 23:00 ainda.

— Beleza, vamos.

(...)

Entro no banheiro e ligo o chuveiro, deixando a água quente cair sobre mim. Ah, que alívio! Enquanto a água escorre pelo meu corpo.

Depois de alguns minutos, desligo o chuveiro e saio do banheiro, enrolado em uma toalha.