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Aaron Miller

Estava tudo certo para dar errado. Que merda.

Eu deveria ter ficado em casa assim eu não teria a porra da visão de ver Annelise com a boca em um desgraçado. Porra, eu quero socar tanto ele até ele implorar desculpas por respirar o mesmo ar que ela, e o desgraçado ainda se atreve a enfiar essa meldita língua podre na dela.

Isso é a porra de uma tortura e para piorar, não consigo desviar o olhar dessa cena. O homem segurando a cintura da minha melhor amiga enquanto ela circula o pescoço dele com seus braços.

Eu não conseguia suportar a ideia de Annelise com outro homem, especialmente quando o flagrei com a boca em um desgraçado. A raiva tomou conta de mim, fazendo meu coração bater mais rápido e minhas mãos tremerem de pura indignação.

Nunca senti tanta inveja de um Homem que nem agora.

Desgraçado, porra, porra porra!

Ela é minha, mas não posso simplesmente interromper o momento em que ela está se envolvendo com outra pessoa. Afinal, aos olhos dela, sou apenas seu melhor amigo.

Eu apertei o copo que estava na minha mão com tanta força que ele simplesmente se despedaçou. Os cacos voaram para todo lado, mas eu nem liguei.

E eu não posso fazer nada, afinal não sou nada dela.

Espera! Sou sim, o melhor amigo dela, então eu posso sim impedir.

Eu não conseguia esconder o ciúme estampado no meu rosto, era um defeito evidente em mim. Maldito ciúmes descontrolado.

A possessividade corria em minhas veias, percorrendo cada célula do meu corpo. Era como se eu estivesse programado para ser possessivo, incapaz de controlar esse impulso avassalador. Cada vez que via Annelise com outra pessoa, uma onda de ciúme me invadia, consumindo-me por completo. Era como se eu não pudesse suportar a ideia de que alguém mais pudesse ter o que considerava meu. Essa sensação de posse era tão intensa que me dominava por inteiro, fazendo-me agir de forma irracional e impulsiva. Eu sabia que era um defeito, algo que precisava ser controlado, mas era como se a possessividade estivesse enraizada em minha essência, uma parte inseparável de quem eu era. Era um conflito interno constante, entre o desejo de proteger e o medo de perder.

Ah, e o ciúme então? A porra do ciúme... Era como um furacão que varria minha mente e meu coração, deixando um rastro de insegurança e possessividade por onde passava. Cada vez que via Annelise com outra pessoa, uma onda de ciúme me atingia com força total. Era como se uma voz interna gritasse: "Ela é minha, só minha!".

O ciúme se infiltrava em cada pensamento, em cada gesto, em cada interação entre ela e qualquer outro cara. Sentia uma mistura de medo e insegurança, como se estivesse prestes a perder algo precioso. Era uma batalha constante entre o desejo de protegê-la e o medo de perdê-la para sempre.

Eu respirei fundo, sentindo a raiva e o ciúme pulsarem em minhas veias. Não podia mais ficar parado, observando Annelise com aquele cara. Com determinação, me aproximei e, sem pensar duas vezes, empurrei o sujeito para longe dela. Ao mesmo tempo, puxei Annelise para trás do meu corpo, protegendo-a daquele intruso.

Meu coração batia acelerado, a adrenalina correndo em minhas veias. Olhei nos olhos dela, transmitindo uma mistura de preocupação e determinação. Queria que ela soubesse que estava ali para protegê-la, para ser seu porto seguro

— Você está bem? — perguntei, minha voz carregada de emoção. Ela assentiu, surpresa com minha atitude,

Eu sabia que precisávamos conversar, que precisava explicar meus sentimentos e preocupações de uma forma mais calma e racional. Mas, naquele momento, o instinto de protegê-la falou mais alto.

Coração de Quarterback Onde histórias criam vida. Descubra agora