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Aaron Miller

Finalmente, depois de tanto tempo, eu consegui. E eu digo com todas as letras, valeu a pena esperar.

Depois da festa, óbvio.

O beijo dela aqui, é muito melhor do que eu lembrava, e eu espero nunca mais esquecer. Quero beijá-la para o resto da minha vida.

Depois, nós voltamos para a escola. Annelise estava com tanta vergonha que não estava nem olhando na minha cara.

E eu acho graça disso.

Enquanto ela falava com a Elizete, eu me perdia em pensamentos, revivendo cada momento do nosso beijo. Cada toque, cada suspiro compartilhado. Era como se o tempo tivesse parado naquele instante mágico.

Era difícil acreditar que tudo aquilo era real. Depois de tanto tempo desejando esse momento, finalmente ele havia chegado. E eu sabia, no fundo do meu coração, que valerá a pena cada segundo de espera.

Eu não conseguia me lembrar detalhadamente do dia da festa, eu estava um pouco bêbado. Eu lembrava de algumas coisas, mas não o suficiente. E agora, eu tenho s a certeza de que não vou esquecer.

Voltar para a escola depois desse momento tão especial era estranho. Annelise parecia envergonhada, evitando até mesmo olhar para mim. Mas eu não conseguia deixar de sorrir, sabendo que aquele beijo tinha mudado tudo entre nós.

Ela falava sobre os LEDs e outras coisas, eu me pegava admirando sua beleza e relembrando a doçura de seus lábios. Ainda podia sentir o sabor das cerejas em minha boca, como se o beijo tivesse deixado uma marca indelével em mim.

— Vocês são muito talentosos. Tenho certeza que irá ficar incrível. — Ela nos elogiava, mas sem tirar os olhos de sua agenda lotada. — Se vocês precisarem de ajuda, eu posso chamar meu filho. O nome dele é Jacob, ele é bem prestativo quando quer.

Jacob? Sério?

Automaticamente, quando ela pronunciou o nome Jacob, uma onda de ódio e raiva tomou conta de mim. Meu rosto se contorceu em uma expressão de fúria incontrolável. Droga, Jacob? Esse cara só pode estar me perseguindo, maldito seja.

A lembrança da dor que eu causei a Jacob, o som do osso se partindo sob a minha fúria, ecoava em minha mente.

Enquanto a diretora continuava falando, eu lutava para controlar a tempestade de emoções que rugia dentro de mim. Meus punhos se cerravam involuntariamente.

Eu sabia que precisava lidar com essa situação de alguma forma, mas a simples menção do nome Jacob era o suficiente para despertar um ódio profundo em meu coração.

Enquanto a diretora continuava a falar, eu mal conseguia prestar atenção em suas palavras. Minha mente estava tomada pelo ódio.

Por enquanto, eu apenas tentava conter a fúria que ardia em meu peito, disfarçando minha verdadeira natureza e mantendo a aparência de calma. Mas, por dentro, eu fervilhava de um ódio intenso, pronto para explodir a qualquer momento.

— Está tudo bem, Miller? Seu rosto está vermelho… — perguntou a diretora, percebendo a mudança em minha expressão e o tom de raiva que transparecia em meu rosto.

Eu senti meu corpo tenso, os músculos contraídos pelo ódio que fervilhava dentro de mim. Respirei fundo, tentando controlar a tempestade de emoções que ameaçava me consumir. Forcei um sorriso falso e respondi.

Coração de Quarterback Onde histórias criam vida. Descubra agora