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Oi ,enfim como ainda estou com o celular resolvi trazer essa bebê aqui que é uma história muito linda já havia feito essa adaptação e resolvi trazê-la novamente espero que dêem muito carinho a ela porque é simplesmente uma fofura de ler .

Oi ,enfim como ainda estou com o celular resolvi trazer essa bebê aqui que é uma história muito linda já havia feito essa adaptação e resolvi trazê-la novamente espero que dêem muito carinho a ela porque é simplesmente uma fofura de ler

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Um carro quase me atropelou quando eu atravessava a rua praticamente flutuando, depois de sair atordoado do escritório do advogado. Passei todos esses anos me esforçando para não pensar nele. Agora, era só nele em que conseguia pensar.

Lan Wangji.

Ai, meu Deus.

Lan Wangji.

Lampejos invadiam minha cabeça: o cabelo  escuro, a risada, o som de seu violão, a profunda tristeza e a decepção em seus lindos olhos na última vez que o vi, nove anos atrás.

Eu não deveria ver esse homem nunca mais, muito menos compartilhar uma casa com ele. Morar com Lan Wangji não era uma opção – nem mesmo que só por um verão. Bom, provavelmente não havia a menor chance de ele aceitar dividir uma casa comigo. Porém, ele gostando ou não, a casa de praia em Yunmeng agora era nossa. Não minha. Não dele. Nossa. Meio a meio.

Onde vovó estava com a cabeça?

Sempre soube que ela gostava muito dele, mas jamais poderia prever a extensão de sua generosidade. Ele não era nosso parente, mas ela sempre o considerou como um neto.
Peguei o celular e procurei Xingchen na lista de contatos. Quando ele atendeu, deixei escapar um suspiro aliviado.

— Onde você está? — perguntei.

— Cayi. Por quê?

— Pode me encontrar? Preciso muito conversar com alguém.

— Está tudo bem?

Minha cabeça se esvaziou antes de voltar lentamente a ser preenchida com pensamentos fragmentados e a imagem de Wangji. Senti um aperto no peito. Ele me odiava. Eu o havia evitado por muito tempo, mas agora teria que encará-lo.

A voz de Xingchen interrompeu meus devaneios.
— Wuxian? Está me ouvindo?

— Sim. Está tudo bem. Ah... Onde é que você está mesmo?

— Me encontra na casa de falafel na Mo's Street. Aí comemos e conversamos.

— Tudo bem. Chego em dez minutos.

Xingchen era um amigo recente e sabia pouco sobre minha infância e adolescência. Lecionávamos em uma escola em Yunmeng para ômegas e eu estava de folga para encontrar o advogado da minha avó.
O cheiro de cominho e hortelã seca saturava o ar no interior do restaurante fast-food de comidas do Oriente Médio. Xingchen acenou para mim de uma mesa de canto, munido de uma embalagem descartável cheia de kebab de frango e arroz cobertos de tahine.

— Não vai comer nada? — perguntou ele, com a boca cheia e um pouco de molho de iogurte cobrindo parte de seus lábios.

— Não. Não estou com fome. Talvez eu leve alguma coisa para viagem quando a gente for embora. Só preciso conversar.

A imensidão do meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora