Vinte e Dois : Agite o medo e deixe tudo ir

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"Daryl?" Harry ficou parado no ponto em que decidiram se encontrar com algumas pessoas de um assentamento local. Merle foi quem fez contato, e Ron, Ezra, Shane e Merle já estavam no ponto de encontro. Harry e Daryl são a cavalaria, por assim dizer.

Daryl ficou em silêncio durante a caminhada e Harry se sentiu culpado por atirar no café da manhã. Ele tinha sido baixo, ainda mais do que o normal. Daryl voltou sua atenção para Harry ao se aproximar, e o caçador tocou seu braço brevemente. Era algo que ele vinha fazendo regularmente. Não que Harry se importasse com tudo isso. Sua magia parecia deleitar-se com os toques fugazes aqui e ali.

"Me desculpe por ter sido tão rude com você no café da manhã." A voz de Harry foi abafada por sua capa, mas ele sabia que o caçador seria capaz de ouvi-lo de qualquer maneira.

"Se isso é atirar, não quero ver você agitado." Um pequeno sorriso enfeitou seu rosto, e ele ergueu um pouco as sobrancelhas. Harry apenas riu baixinho, o que fez seu cabelo balançar um pouco, e alguns fios se soltaram por terem sido presos muito rápido.

"Nunca tive um motivo para isso." Harry examinou a área, enquanto tentava não olhar na direção de Daryl.

"Não?" Daryl bufou. "Jamais?"

"Não, não para você." Harry decidiu ser tão corajoso quanto a casa em que foi colocado e seguir o conselho de Ron de se inclinar um pouco mais aqui e ali, para mostrar que estava interessado.

Ron normalmente não era a melhor pessoa para conversar sobre sentimentos, mas seu melhor amigo olhou para ele algumas vezes, e então sorriu quando Harry olhou cansado para o ruivo depois de ouvir o conselho que aparentemente veio do nada. Ele ainda estava apostando que Draco ou Merle seriam os instigadores por trás daquele conselho repentino.

Daryl parecia se mover no piloto automático enquanto se aproximava, para que Harry pudesse se apoiar no ombro do caçador. Daryl nem moveu um músculo daquele lado do corpo, mas o abraçou com a mão esquerda enquanto a direita segurava um grande canivete que Merle havia encontrado para as equipes de caça em alguma loja abandonada do Exército.

Naquele dia, os homens pareciam um grupo de crianças quando Ron e Merle voltaram com o saque. Harry pensou que mesmo um grande jantar de Natal não os deixaria tão felizes quanto as armas, bestas ou facas. Como o Natal estava chegando, ele se lembrava disso.

"Você precisa de mais descanso", Daryl comentou em voz sussurrada.

"Você disse que eu deveria sair mais."

"Sim". Ande a cavalo, caminhe, converse com Luna, dê um mergulho. Eu sei que o lago é encantado para se aquecer," Daryl olhou com um olhar falso e ameaçador para Harry, "Faça algo divertido para você." Darly pareceu puxá-lo ainda mais para perto. "Ter uma briga, beber uma cerveja e ficar bêbado. Não sei o que você faria para se divertir."

"Quando devemos aparecer?" Harry perguntou no ombro de Daryl, mudando deliberadamente a conversa, quase com medo de se mexer. Ele queria manter a conversa fluindo, de alguma forma continuar do jeito que eles faziam. Parecia protegido e seguro.

"Já está fugindo do meu abraço?" Estranhamente, Harry sentiu a hesitação de Daryl em sua voz, e ele sabia que tinha que deixá-lo saber que isso era bem-vindo.

"Não, absolutamente não." Falar com Daryl tornou-se mais fácil quanto mais ele o fazia. O caçador sempre aceitava tudo o que ele dizia. Ele nunca pressionou e nunca precisou de mais palavras. Explicar como ele realmente se sentia não era tão difícil agora quanto antes. Era como se eles se conhecessem há anos.

"Eu gosto de você, Harry." Foi suave, repentino e falado muito silenciosamente.

"O mesmo aqui," foi tudo o que ele conseguiu deixar escapar. Em vez da distância que algumas pessoas tomaram após essa declaração, Daryl viu isso como um sinal para puxá-lo ainda mais perto.

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