CAPÍTULO 2

124 18 31
                                        

- Estou morta hoje! - Alessandra declara, assim que iniciamos mais um plantão de doze horas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Estou morta hoje! - Alessandra declara, assim que iniciamos mais um plantão de doze horas.

- Amiga, você passou o fim de semana no Rio, curtindo a sua vida em festas e noitadas do jeito que tanto gosta, e pelo visto se esqueceu de descansar para reiniciar sua rotina de trabalho.

- Eu não ligo, fui muito bem fodida neste período e é isso que importa. - Declara e meneio a cabeça algumas vezes negando, rindo de suas palavras. - E você, o que andou fazendo? - Pergunta, enquanto coloca seu cordão com sua identificação no pescoço. Faço o mesmo.

- Estudei, fiz uma corrida e deixei a casa limpa. O que mais eu poderia fazer? - Ela revira os olhos, parecendo entediada com minhas palavras. - Não é por que minha vida não é tão leviana como a sua que se torna ruim.

- Leviana? - Pergunta aturdida. - Amiga, querida, vamos melhorar um pouco seu vocabulário. - Sorrio com seu deboche. - Mas, sério. Há quanto tempo você não transa? Nem sei se sabe fazer isso direito, já que nunca contou algo surpreendente para mim.

- E por acaso eu tenho que te contar como faço sexo? - Pergunto aturdida.

- Se fosse bem feito você falaria, nem que seja para me fazer inveja. Os homens são assim e as mulheres não ficam atrás. - Rio de suas constatações. - Quando o Diego vai aparecer?

- Acho que neste fim de semana ele vem, pois terá um recesso. Acredito que deve chegar aqui na quinta-feira à noite, e só voltará na quarta-feira seguinte.

- Uhull, vai foder até ficar assada! - Minha amiga diz alto, chamando a atenção de algumas pessoas ao nosso redor e me deixando envergonhada.

- Cala a boca, Alê! - Minha amiga apenas gargalha como sempre.

- Amiga, todos fodem. E você e o Diego, por mais sem graça que seja os dois juntos, não são diferentes.

- E por que eu e ele somos sem graça, posso saber? - Pergunto, entrando na enfermaria, tomando minha prancheta com meus pacientes de hoje em minhas mãos.

- Fala sério, amiga! Vocês não se olham no espelho? Já tem alguns anos que estão juntos e eu nunca os flagrei em uma situação estranha na sala ou menos ainda ouvi você gemendo por estar sendo bem fodida no quarto. Nem mesmo um oral ou uma dedada, nada! Ou pau dele é pequeno ou você é frígida.

- Pelo amor de Deus, Alessandra! Fala baixo! - Digo assustada ao ver um dos neurologistas entrando no local. - E nenhuma das suas opções é válida, já que nós apenas somos bastante discretos. Nada além!

- Vocês são sem graça! Essa seria a melhor definição para vocês. - Diz e reviro os olhos. - No dia em que alguém te pegar de jeito e não se deixar levar por esse teu jeitinho de princesa abandonada num castelo, deixando você completamente satisfeita, vai ficar uns três dias pensando no orgasmo que recebeu e não vai querer outra coisa.

O ESTRANGEIRO Onde histórias criam vida. Descubra agora