CAPÍTULO 9

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Parece até loucura o que está acontecendo comigo

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Parece até loucura o que está acontecendo comigo. Eu sempre fui muito centrada em tudo que fazia. Dificilmente dou um passo, sem antes pensar em todos os prós e contras que minha atitude acarretaria. E agora estou aqui, fazendo um check-in numa pousada, na ilha de Guriri, com um homem que pouco conheço, mas que desde o princípio me passou confiança. 

Minha amiga ficou boquiaberta quando eu cheguei em casa, depois de passar a noite fora sem ter lhe avisado, dizendo que faria uma pequena mala pois estaria saindo em uma viagem com retorno em alguns dias. Quando Zyan passou pela porta, ela soltou um gritinho, estranhamente animado, e disse já tinha entendido tudo.

Alê me ajudou, mas, como não sabia para onde iria, não coloquei muita coisa, pois decidi que compraria onde quer que eu fosse. Teria de mexer nas minhas economias para fazer isso, porém valeria a pena já que estaria com aquele que conquistou meu coração e está abrindo mão de sua viagem de trabalho apenas para ficarmos mais tempo juntos.

— Temos suítes com cama para crianças, algum filho? — Saí do meu devaneio quando a recepcionista perguntou.

— Não temos filhos ainda. — Zyan respondeu de forma tão relaxada que nem sei se percebeu que usou o "ainda". — Quero a suíte presidencial, por favor. — Olhei rapidamente em sua direção, assustada com sua escolha. A suíte custava dois mil e quinhentos a diária e ele estaria reservando até terça-feira. Sairá quase dez mil reais, só para dormiamos.

— Espera, Zyan... Não precisa ser essa suíte. — Falei, com os olhos da atendente em mim.

— Por quê? Quer escolher uma melhor? — Perguntou confuso o suficiente para me deixar confusa. Será que ele pensou que estou reclamando?

— Não é isso, Zyan. É que... — Hesitei, pois os olhos da recepcionista estava sobre nós. — É muito cara. Bom, posso dividir com você as despesas, mas... — Zyan deu-me seu melhor sorriso, acariciando minha bochecha, como se estivesse me consolando. 

— Está tudo bem, Liv. Quero o melhor para você. — Beijou minha testa na frente da mulher, sem qualquer cerimônia e voltou a falar. — Para nós dois. 

— Essa é a melhor que temos, senhorita. Ela tem entrada privativa para um lado da ilha. É bem aconchegante, com uma linda vista para o mar. Acho que gostará muito. — A mulher explicou como se estivesse justificando alguma coisa e me senti mal por isso. 

— Eu agradeço. — Sem ter muito o que dizer, agradeci.  

Zyan voltou a falar com a mulher que terminou o atendimento e nos direcionou para um dos funcionários que nos levou onde ficaríamos hospedados. Assim que ele abriu as portas francesas de entrada do quarto, meu queixo quase foi ao chão, tamanha a beleza do ambiente. Num estilo bastante praiano, com todo ornamento colorido que faz jus ao clima veraneio, todo o lugar exalava luxo e alegria. Eu jamais fiquei em algo sequer parecido.

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