CAPÍTULO 7

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Ainda fiquei um bom tempo observando Olívia se afastar, pensando na noite maravilhosa que passei ao seu lado e o quanto isso está me afetando

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Ainda fiquei um bom tempo observando Olívia se afastar, pensando na noite maravilhosa que passei ao seu lado e o quanto isso está me afetando. Minha ideia de me envolver com qualquer mulher, apenas uma única vez, não vai combinar com ela. Já que a queria ontem e hoje a quero muito mais.

Eu deveria ter tentado resistir, mas não foi possível. Não quando seus olhos expressivos me fitaram tão desejosos de mim quanto estava dela. E ainda estou. Provavelmente me distanciar dela será difícil, mas inevitável. Principalmente agora que tenho uma leve impressão de que a minha paz vai se extinguir, já que sinto que meu pai se aproxima.

Seguindo meu caminho até o escritório que tenho no centro da cidade, mandei uma mensagem para meu amigo e sócio, dizendo que estava a caminho. Bruno é um brasileiro que conheci numa das viagens que fiz para os Estados Unidos. Estávamos numa conferência e começamos a conversar. Nossa amizade surgiu ali e a facilidade de pronunciar a língua portuguesa.

Quando lhe disse que queria abrir meu próprio empreendimento, me auxiliou no que seria mais rentável. E desde então, fui expandindo meus negócios, com ele ao meu lado. Bruno sabe bem da minha história e quando decidi que não mais voltaria para meu país, me indicou essa cidade só sudeste do Brasil para ficar. Segundo ele, seria meu lugar de paz, como tanto pedia.

— Como vai, Zyan! Só assim para te fazer sair da toca, né? — Ironiza. Cheguei em meu escritório pelo elevador privativo. A maior parte dos funcionários não tem noção que eu sou o dono disso tudo. E prefiro que seja desta forma.

— Gosto da minha toca, Bruno. Ela me dá privacidade. — Declaro, assim que o elevador para. Saímos lado a lado e logo avistei minha secretária que, ao me ver, ficou de pé completamente assustada por me ver ali. Rose é uma das poucas pessoas daqui que sabem que sou o CEO do lugar.

— Senhor Hakim? Não sabia que viria hoje. — Diz, ajustando seus óculos de leitura no rosto.

— Ninguém sabia, Rose. Fique à vontade. — Bruno se adianta em dizer.

— Eu apenas decidi fazer uma visita, senhorita Moreira. Pode ficar à vontade, pois não pretendo demorar. — Falei e ela sorriu.

Segui para minha sala, sentei-me em minha cadeira, enquanto Bruno fazia o mesmo. Ele jogou sobre a mesa uma pasta, com as atualizações da empresa e de todas as outras. Eu levaria horas para analisar tudo e já bufei por isso. No entanto, não posso mais procrastinar minhas obrigações. É o meu império e sou eu quem tenho que cuidar de tudo. Pelo menos isso meu pai me ensinou muito bem. Embora tivesse deixado tudo a cargo de meu irmão, meu velho sempre ia de surpresa, fazer suas vistorias em todos os seus empreendimentos.

Meu pai nunca quis expandir seus negócios para fora do nosso país. Dizia que nunca misturaria as tradições turcas com a libertinagem que os outros países possuíam. Meu irmão até tentou negociar com uma empresa norte-americana uma vez, e o negócio seria muito rentável, mas nosso pai o proibiu, dizendo que se fechasse o negócio, o tiraria do poder. Sem muita escolha, acabou cedendo e desfez todo o negócio que havia começado. Para sorte de meu pai, seu patrimônio, mesmo investindo apenas em nosso país e em alguns países árabes, detinha um lucro extraordinário. Isso o deixava mais tranquilo para manter as tradições.

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