10 - SOMEBODY THAT I USED TO KNOW

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E eu nem sequer preciso do seu amorMas você me trata como um estranho,E isso é tanto dolorosoNão, você não precisava se humilharPedir para seus amigos pegarem seus pertences e depois mudar de númeroEu acho que não preciso mais dissoAgora você é al...

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E eu nem sequer preciso do seu amor
Mas você me trata como um estranho,
E isso é tanto doloroso
Não, você não precisava se humilhar
Pedir para seus amigos pegarem seus
pertences e depois mudar de número
Eu acho que não preciso mais disso
Agora você é alguém que eu conhecia
SOMEBODY THAT I USED TO KNOW-
-GOTYE

MADISON PIPER

Quando Kennedy chegou em casa às 22h, com aquele brilho no olhar que só ela consegue ter, "Você vai comigo à festa." No começo, recusei, mas a insistência dos meus pais foi mais forte. "Vai, você precisa sair um pouco, respirar ar fresco", disse minha mãe, sorrindo de um jeito que parecia mais um pedido do que uma sugestão. Meu pai, como sempre, concordava com ela.

E aqui estou eu, encarando o espelho e tentando escolher uma roupa que fizesse sentido. Peguei uma calça jeans preta, já surrada, uma jaqueta de couro com detalhes vermelhos, e um cropped preto, que mais parecia um disfarce do que uma escolha de estilo. Quando olhei meu reflexo, vi uma estranha.

Desci as escadas tentando disfarçar a ansiedade. Quando vi Kennedy, meu coração deu um salto. Ela me olhou como se eu fosse a pessoa mais incrível do mundo, e o sorriso dela aqueceu um pouco o medo que estava tomando conta de mim.

— Vamos! Hoje vai ser inesquecível — ela disse, e, de alguma forma, até me senti convencida.

Quando chegamos à casa, fui bombardeada por uma visão que me deixou sem palavras. Uma mansão que parecia saída de um filme de Hollywood, com um hall de entrada tão grande que me senti uma formiga passando por ele. O lustre de cristal brilhava intensamente, espalhando luz por todos os lados, enquanto a música alta reverberava nas paredes, fazendo o chão tremer sob meus pés. Era o tipo de lugar onde as pessoas pareciam saber exatamente o que fazer, para onde ir, com quem falar.

A pressão no meu peito aumentou enquanto eu seguia Kenny até o sofá, onde um grupo de garotas estava reunido. Quando nos aproximamos, várias delas acenaram para Kennedy como se ela fosse a rainha da festa. E ela, com aquele brilho no olhar, acenou de volta, me forçando a sorrir também, embora a sensação de ser a "novata" só aumentasse.

— Eu pensei que você não viria — disse uma garota morena, com um sorriso travesso. Ela puxou a fumaça do cigarro e me observou como se estivesse decidindo o que achar de mim. — E quem é você?

— Madison, minha melhor amiga de Londres — Kennedy respondeu, animada, e meu sorriso forçado se ajustou ainda mais

— A garota de Londres! — exclamaram algumas das garotas. A morena, que ser a mais legal, se apresentou como Brooklyn, e as outras se apresentaram rapidamente: Harper, com seu sorriso gentil, e Riley, que parecia completamente desinteressada, com um copo de bebida na mão.

— Riley, não seja uma vaca — brincou Brooklyn, mas Riley apenas revirou os olhos, como se nada realmente importasse para ela.

— Oi, Londres — disse Riley, sua saudação quase tão cortante quanto a falta de interesse em sua voz.

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