12- SMELLS LIKE TEEN SPIRIT

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Carregue sua armas, traga seu amigos É divertido perder e fingir Ela está tão entediada e autoconfianteEu sei um palavrãoCom as luzes apagadas é menos perigoso Estamos aqui agora, nos entretenhamMe sinto estupido e contagioso Estamos aqui agora, n...

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Carregue sua armas, traga seu amigos
É divertido perder e fingir
Ela está tão entediada e autoconfiante
Eu sei um palavrão
Com as luzes apagadas é menos perigoso
Estamos aqui agora, nos entretenham
Me sinto estupido e contagioso
Estamos aqui agora, nos entretenham
SMELLS LIKE TEEN SPIRIT-
-NIRVANA

DAMON BLACKWOOD

Me posiciono diante do saco de pancada, sentindo a tensão nas costas, os músculos ainda queimando depois da série de agachamentos. A raiva está crescendo dentro de mim.Eu preciso descontar em algum lugar. E esse saco é o alvo perfeito.

Fecho os punhos com força, sentindo as palmas suadas. Eu respiro fundo, uma última tentativa de clarear a mente, mas não adianta. O corpo já se move sem pensar, guiado pela frustração. Eu avanço, e o primeiro soco é imediato, direto. O impacto é forte, o saco estufa com o golpe, e eu sinto a vibração do couro atravessando os meus ossos. A dor nos dedos é real, mas é um alívio. Um alívio momentâneo.

Soco de novo. O segundo golpe é mais pesado, mais decidido. Meus punhos colidem com o saco de maneira quase primal, e eu sinto a força do meu corpo se acumulando ali. Eu não paro. Outro soco, mais forte, mais rápido. O som de cada impacto é como uma válvula de escape, a raiva sendo despejada em cada movimento. O saco balança violentamente, e eu sigo, cada soco mais impulsionado pela necessidade de quebrar alguma coisa dentro de mim.

— Madison estava na festa ontem.

A voz de Orion surge de repente, baixa e cheia de provocação. Eu não preciso olhar para ele para saber que o sorriso dele é aquele, o tipo de sorriso que só ele tem, aquele sorriso que sabe exatamente onde apertar. Ele está claramente se divertindo com o efeito que suas palavras estão causando.

Minha mão ainda está levantada, pronta para o próximo soco, mas, ao ouvir o nome de Madison, algo dentro de mim se contorce. A irritação sobe rapidamente, e por um momento eu paro, o saco de pancada balança, mas eu fico parado, sem saber se volto ao que estava fazendo ou enfrento o que ele acabou de dizer.

Orion dá um passo à frente, como se estivesse saboreando o momento. Ele sabe que a provocação vai surtir efeito, e ele não vai perder a chance.

— Não me diga que você está com ciúmes — ele solta, a voz carregada de sarcasmo. Ele não quer apenas falar, ele quer ver o que vai acontecer. Quer ver se eu perco a calma.

Eu reviro os olhos, tentando ignorá-lo, mas a raiva já está borbulhando. Eu nem respondo de imediato, como se tentasse manter o foco no saco de pancada, mas, no fundo, sei que ele está ali, esperando. E, claro, ele não vai deixar barato.

— Ciúmes? Para quê? — A resposta sai mais rápido do que eu pensei, mais ríspida do que eu gostaria. O tom sai mais duro do que eu pretendia, mas é o suficiente para ele seguir com a provocação.

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