06- THE NIGHT WE MET

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Eu tive tudo, a maior parte de vocêUm tanto, e agora nada de vocêMe leve de volta para a noiteque nos conhecemos Não sei o que devo fazerAssombrada pelo seu fantasma  THE NIGHT WE MET--LORD HURON

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Eu tive tudo, a maior parte de você
Um tanto, e agora nada de você
Me leve de volta para a noite
que nos conhecemos
Não sei o que devo fazer
Assombrada pelo seu fantasma 
THE NIGHT WE MET-
-LORD HURON

MADISON PIPER

Faz três dias que cheguei a Duskville e, para minha total surpresa, não vejo Damon. Não o ouço perambular pela casa; ele parece um verdadeiro fantasma. É estranho saber que ele está ali, a poucos metros de mim, mas durante os dias que se passaram decidi ignorar sua presença. Quero deixar todos os meus sentimentos avessos por ele de lado, pelo bem da minha sanidade mental. Mamãe já deixou claro que está adorando a harmonia em casa, e eu pretendo deixá-la ainda mais feliz.

Hoje, meu pai e eu decidimos fazer um passeio juntos. Ele sempre foi meu porto seguro, e depois de tudo o que aconteceu, senti que precisava disso. Andamos por toda a cidade, conhecendo as novidades, até que chegamos a um novo parque inaugurado há poucos meses. As cores vibrantes das flores e o riso das crianças brincando eram uma visão refrescante. O sol brilhava alto, e a brisa suave trazia o cheiro da natureza. Era um dia perfeito.

Na parada principal, entramos na sorveteria que costumávamos frequentar. Assim que adentrei o local, meus olhos se encheram de alegria. As paredes rosa pastel ainda estavam lá, assim como os bancos coloridos e as garçonetes em seus patins. O cheiro doce de sorvete e waffles recém-feitos preenchia minhas narinas, fazendo minha boca salivar. Me senti como se tivesse entrado em um túnel do tempo, voltando à minha infância.

— Olha isso! — exclamei, apontando para o menu que estava decorado com desenhos animados de sorvete. — Lembro de ter pedido todos os sabores uma vez!

Meu pai riu, recordando.

— Sim, e acabamos com um grande desastre no carro. Seu vestido estava todo melado.

Nos sentamos em uma das mesas afastadas, e logo a garçonete veio nos atender.

— O que você vai querer, filha? — perguntou meu pai, consultando o cardápio.

— Um sundae de baunilha com granulados de chocolate — repeti o pedido que fazia quando era criança, a nostalgia brotando como um sorvete derretido.

— Boa escolha. Eu vou com um sundae de pistache — disse ele à atendente, que confirmou e se retirou.

— Não faça essa cara — ele me disse, enquanto eu intensificava minha expressão de desgosto.

— Pistache é muito ruim.

— Não diga isso, é uma das melhores coisas — ele me repreendeu, brincando.

— Que gosto estranho — sussurrei, fazendo uma careta.

— Não venha me falar sobre gostos estranhos, Madison Piper. Você escuta aquelas músicas sem letra, com apenas gritaria — falou, arregalando os olhos em descrença.

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