07- SILHOUETTE

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Nós nos tornamos como ecos,mas ecos desaparecem caímos na escuridão quandomergulhamos sob as ondasO diabo está em seu ombro Estranhos em sua cabeçaComo se você não lembrasseComo se pudesse esquecer Foi apenas um momentoFoi apenas uma faseE essa no...

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Nós nos tornamos como ecos,
mas ecos desaparecem
caímos na escuridão quando
mergulhamos sob as ondas
O diabo está em seu ombro
Estranhos em sua cabeça
Como se você não lembrasse
Como se pudesse esquecer
Foi apenas um momento
Foi apenas uma fase
E essa noite você é um estranho
Apenas uma silhueta  
SILHOUETTE-
-AQUILO

DAMON BLACKWOOD

PASSADO

A música pulsava ao fundo, entrelaçando risos e vozes em uma atmosfera festiva que parecia vir de outro mundo. Eu estava sentado no sofá com Jenna, tentando me distrair da tempestade de emoções que se acumulava dentro de mim. Ela era divertida, leve, e conseguia me arrancar risadas, mas havia uma sombra escura e ameaçadora que não me deixava em paz.

E então, eu a vi.

Madison estava em um canto da sala, seu olhar fixo em nós como se quisesse atravessar a distância que nos separava. A expressão em seu rosto—uma mistura dolorosa de raiva e tristeza—me atingiu como um soco no estômago. O brilho que costumava iluminar seus olhos agora parecia se apagar sob o peso da minha indiferença. Jenna soltou uma gargalhada alta de uma piada que contei, mas, naquele instante, a alegria se transformou em um eco distante. A mudança no ar era palpável, como uma tempestade prestes a desabar.

Quando Madison se aproximou, meu coração disparou, preso em um liquidificador de emoções. O que ela diria? Eu estava tão perdido nas minhas inseguranças que não percebia o impacto que isso tinha sobre ela.

— Ei, Damon! — sua voz cortante rompeu o silêncio como uma lâmina afiada.

Forçando um sorriso, tentei dissipar a tensão entre nós, mas a expressão dela permanecia inalterada. Havia uma fragilidade em sua postura que me fazia questionar se a alegria que compartilhávamos ainda existia.

— Oi, amor! — respondi, mas meu sorriso logo se desfez. Ela parecia tão pequena, tão vulnerável, e eu começava a sentir o peso do que havia causado.

— Jenna, posso falar com o meu namorado? — Madison pediu, sua voz firme, quase desafiadora.

Jenna, sem entender a abrupta mudança no clima, se afastou. Antes de desaparecer, sussurrou um "boa sorte" que não passou despercebido pelos olhos perspicazes de Madison.

— Tem como parar com isso? — perguntei, sabendo que era impossível ignorar a dor que via em seu olhar. — Eu estou aqui, Mads! — minha voz ganhou intensidade, mas o tom desesperado só aprofundou a ferida entre nós. Ela hesitou, parecendo procurar as palavras certas. — Você me faz sentir como se tivesse que escolher entre você e todos os outros!

— Você é quem está se afastando por escolha! — ela cruzou os braços, a bravura quase como uma armadura.

Era verdade; eu estava me afastando. A maneira como me sentia ao lado de Jenna me fazia sentir culpa, mas também confusão. Madison havia sido minha âncora, e, inexplicavelmente, eu me via perdido em outra direção.

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