Call Me When You Want ⁿᵒᵃⁿʸ

25 - Gênios são egocêntricos.

🖇 | ANY G.

Diferente de como costumava ser, saí da sala de Noah me sentindo triste. Eu sabia que era melhor estabelecer algo que nós dois pudéssemos entender e que fosse minimamente normal, mas ainda assim a ideia de não ter mais nenhum encontro sexual com ele não me agradava. Era como tomar um remédio amargo, eu sabia que seria bom para mim, mas ainda assim era difícil de engolir. E eu precisava desabafar com alguém para me sentir melhor.

Parei na entrada do cubículo de Lamar que estava lambendo a embalagem do seu cupcake recém comido enquanto assistia a vídeos engraçados de gatinhos nos YouTube.

— Você não tem trabalho para fazer? — franzi a testa.

— Estou fazendo um recesso. — pausou o vídeo e olhou para mim. — Você demorou lá, ele criticou demais o seu trabalho?

— Não... — suspirei. — Tenho que te contar uma coisa, mas você vai ter que me prometer que não vai ficar bravo por eu não ter contado antes.

— Escondeu alguma coisa de mim? Ah, Any, eu já estou bravo. — cruzou os braços.

— Ok. — dei as costas para ir embora.

— Espera! — levantou depressa e me puxou pelo braço. — Posso esconder a minha irritação. — pigarreou e abriu um sorriso forçado. — O que aconteceu, minha amada amiga?

— Vamos para um lugar onde ninguém possa ouvir. — segurei o pulso dele e o guiei até a área de descanso onde ninguém ia naquele horário.

— Você matou alguém? — questionou quando nos acomodamos no sofá. — Porque parece que você matou alguém. Quer ajuda com o cadáver?

— É bem pior.

— Meu Deus. — arregalou os olhos e se esquivou para perto de mim curioso.

— Eu dormi com o Urrea. — sussurrei.

Lamar abriu a sua boca em um perfeito O e ficou estático até que eu estalasse os dedos na frente dos seus olhos para ele voltar ao mundo real.

— Eu sabia! Dormiu com ele no dia do verdade ou desafio e não nos contou.

— Não, não foi naquele dia. Noah realmente teve a decência de não querer dormir com alguém bêbado.

— E quando foi?

— Antes disso.

— O que!? — piscou incrédulo. — Quando? Como? Por que não nos contou?

— Porque eu sabia que vocês iam fazer isso ser maior do que é.

— Mas isso é grandioso! É uma informação das grandes!

— Lamar. — segurei suas mãos e mantive um tom mais calmo do que o que ele estava usando. — Minha relação de ódio com o Noah não mudou por causa disso. Essa primeira vez foi como... um reconhecimento de espaço.

— Como assim? Vocês fizeram de novo?

Eu assenti com a cabeça e ele ofegou animado, rindo de maneira nervosa.

— Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! — repetiu atônito.

— Por favor, se acalma, eu preciso falar a parte complicada.

— Isso ainda não foi a parte complicada? — franziu a testa. — Pode mandar, estou pronto para ouvir.

Contei sobre o sexo no almoxarifado, o que deixou Lamar vermelho e ainda mais agitado, fato que me fez ver que eu deveria contar uma fofoca de cada vez para ele ou isso iria matá-lo. Depois eu contei sobre a noite do jantar de negócios onde ele me defendeu do Michael e nós fomos para a sua casa. Foi uma noite diferente, tivemos uma conversa calma e sincera onde ele disse que nossas discussões eram positivas para ele pois o desafiavam. O sexo também foi diferente, mais leve, porém inacreditavelmente intenso.