35 - Feliz véspera de natal!

215 22 8
                                    

🖇 | ANY G

Aninho-me ainda mais ao braço que está em volta de mim. Abro sutilmente os olhos e um rastro de luz vindo de uma das festas das cortinas da varanda invade a minha retina. Tudo está silencioso e eu ouço um pássaro cantar não muito longe. Deve ter acabado de amanhecer e eu sinto que preciso de um banho para tirar o grude que o suor seco deixou em minha pele. Ninguém fala o quanto a parte que vem depois do sexo pode ser bastante suja e desconfortável, ainda mais se esse sexo foi contínuo e intenso.

Por sorte, Noah estava apenas com seu braço sobre mim, então consigo retirar sem acordá-lo. Vejo sua cabeça entre seu travesseiro e o meu, o cabelo cobrindo parcialmente os olhos e a respiração profunda indicando que ele não acordaria tão cedo se alguém não o chamasse.

Fui até o banheiro e procurei por shampoo no armário. Quando estava indo em direção ao chuveiro, parei olhando para à hidromassagem. Meu corpo estava dolorido em algumas regiões e eu com certeza precisava relaxar um pouco. Ainda assim, tive receio de irritá-lo e resolvi ir para o chuveiro me lavar e depois pensar sobre a banheira. Não demorei tanto no banho e saí enrolada em uma toalha branca limpa que encontrei no armário. Novamente encarei a banheira.

"Não consigo fazer isso sozinho".

As palavras de Noah aparecem em minha mente quando recordo do seu problema com a água. Eu disse que faria aquilo com ele, disse que ele teria que tentar novamente. Resolvi encher a banheira e depois saí de volta para o quarto. Ele ainda dormia, então eu me aproximei e balancei o seu ombro para que acordasse.

— O que... — ergueu a cabeça com um semblante confuso. — Que horas são? — perguntou meio grogue.

— Acho que umas seis da manhã.

— Pelo amor de Deus, volta pra cama. — resmungou escondendo o seu rosto contra o travesseiro.

— Eu enchi a hidromassagem. Que tal um banho?

Devagar, Noah ergueu o rosto de novo e me encarou com a testa franzida como se eu tivesse falado um idioma que ele não entendia.

— Eu disse que você tinha que fazer isso de novo. — falei depois que ele continuou em silêncio.

— Às seis da manhã?

Soltei uma risada fraca e puxei o cobertor para baixo. Segurei a sua mão e o puxei para que ele saísse da cama, mas Noah não se mexeu e me olhou com uma das sobrancelhas erguidas. Puxei novamente com um pouco mais de força e ele finalmente cedeu e começou a levantar entre resmungos de descontentamento.

Ainda segurando a mão dele, o guiei até o banheiro onde paramos ao lado da banheira. Retirei a toalha e ele me olhou de cima a baixo, seu rosto parecendo se acender como se só então estivesse entendendo que estava acordado. Entrei primeiro, colocando uma perna e depois a outra. Ele me observou o tempo todo até eu sentar com as costas contra o mármore.

— Pode levar o tempo que quiser. — eu disse em um tom tranquilo.

Noah sentou na borda e tocou a superfície da água observando as pequenas ondulações se formarem e sumirem em segundos com o contato. Ele aprofundou sua mão e a moveu um pouco para frente e para trás. Seu olhar estava sério e pensativo, eu diria que havia algo de apreensivo também. Quando olhou para mim de novo, seus ombros relaxaram e ele ergueu a mão na direção do meu rosto.

Primeiro ele tocou a minha bochecha, depois desceu até o meu queixo e continuou descendo até tocar minha clavícula. Sua mão chegou até a parte do meu corpo que estava submersa, passou no vão entre os meus seios e se afundou mais quando chegou em minha cintura. Era óbvio que isso iria me excitar. Qualquer contato com ele me causava um efeito fantástico e único, além de uma sensação de precisar de mais.

Call Me When You Want ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora