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Chegando ao barzinho na,companhia dos dois arquitetos, Khaotung observou o quão aconchegante era o lugar. A área em que estavam era toda detalhada em madeira,com o telhado transparente,lâmpadas quentes,e velas dispostas sobre as pequenas mesas que também eram de madeira. Uma parede em particular era coberta por algum tipo de planta trepadeira e podia-se ouvir jazz tocando ao fundo. Todos esses detalhes davam ao lugar,um ar intimista. Khaotung realmente havia gostado do lugar, em todos os seus pequenos detalhes.
Os três se sentaram em uma mesa qualquer, enquanto Fluke chamava um garçom para fazer o pedido.
-Duas cervejas,por favor! - Fluke disse ao garçom - E você,Sr Presidente,qual bebida vai querer?
-Uma água com gás e limão por favor.- disse o menor enquanto afrouxava a gravata.
-Não,mas nem pensar que o senhor aceitou um convite para beber com a gente,e vai tomar água com gás e limão. Fala sério Sr! -Fluke dizia completamente indignado
-Eu estou dirigindo Sr Pusit, não posso consumir álcool.-Khaotung disse objetivo.
-Ora! É só pedir um táxi!- agora foi a vez de First falar.
-Justamente,meu garoto tem razão! E por favor não me chame de Sr Pusit,me chame de Fluke,Sr.
-Ok! Então...já que é assim, então também não me chamem de Sr e menos ainda de "Sr Presidente". Me chamem de Khaotung por favor,afinal, não estamos no escritório.
As bebidas foram servidas, os três saboreavam o líquido amargo e gelado com grande satisfação. Khaotung não tomava um gole de cerveja desde que havia se mudado para Bangkok para começar no novo emprego,na nova vida... o único álcool que consumia às vezes era uma dose de whisky com gelo que era sua única companhia em algumas noites em que chegava exausto do trabalho.
A sensação de saborear uma cerveja gelada,na companhia de outras pessoas e em um ambiente tão aconchegante como daquele barzinho, talvez fosse a melhor coisa que Khaotung havia feito em semanas.Já estavam no terceiro ou quarto copo de cerveja,tendo conversas aleatórias, cantarolando as músicas que já não era mais o jazz que tocava ao fundo no momento em que chegaram. Agora o que se ouvia eram músicas populares que um DJ tocava no pequeno palco do lugar,e naquela altura Fluke, sendo o ser enérgico que era, dançava e ria enquanto conversava com as pessoas ao redor.
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-Sr... Digo, Khaotung, você não é de Bangkok, certo? -First perguntou
-Não, não sou. Na verdade eu nasci aqui,mas me mudei para Nakhon Sawan ainda criança e vivi lá desde então. Agora retornei graças ao trabalho.
-Hmm, você trabalhava em uma das filiais da nossa empresa na sua cidade né?! Como tem estado aqui,sente falta da sua família,eles aceitaram bem a sua mudança?- o maior perguntou novamente, não se dando conta de que talvez pudesse estar sendo um pouco invasivo.
-Meu Deus,isso é um interrogatório? -Khaotung disse rindo divertido.
-Não Sr! Por favor me desculpe, não quero ser invasivo e nem inconveniente,eu só gostaria de conhecer mais o senhor,sabe,pra estreitar os laços,eu realmente quero ser seu amigo- o maior dizia nervoso, balançando suas mãos e com os olhos arregalados.
Aqueles olhos, enormes e brilhantes.
Khaotung sorria e pensava como era possível um homem daquele tamanho ser tão adorável.
-Eu estou brincando, fica tranquilo.-O menor dizia tentando acalmar First que a essa altura já estava cabisbaixo por acreditar ter passado a impressão errada.- Vamos fazer o seguinte,me fale de você primeiro. Me deixe conhecê-lo melhor.
-Ah certo! Meu nome é First Kanaphan Puitrakul,tenho 25 anos,sou arquiteto,sou se Chon Buri,vim para Bangkok pra cursar arquitetura, consegui fazer meu estágio na Bunang Disigns e depois que me formei consegui ser contratado de fato. Sou filho único, e visito meus pais sempre que posso. A comida da minha mãe é a melhor,um dia vou te levar pra provar,minha família é dona de alguns barcos de pesca,não somos ricos, mas temos uma vida confortável. -First despejou tudo,com um grande sorriso no rosto.
-Bem... Não tenho muito o que dizer. Meu nome você já sabe,agora também sabe de onde eu vim. Perdi meus pais a alguns anos atrás, fui criado pelo meu padrinho,que na verdade foi quem me convenceu a assimir este cargo,ele tem um filho que é como meu irmão mais velho,mas quase não o vejo pois ele é modelo e vive na Europa já faz alguns anos. Então não,não existe ninguém que se preocupe com meu retorno ou com quanto tempo eu fique longe. Eu sou noivo,mas... também duvido que ele sinta minha falta- Khaotung falou com um sorriso amarelo, já arrependido de ter falado demais, talvez fosse culpa do álcool,mas por algum motivo se sentiu aliviado de ter posto essas coisas pra fora.
Nesse momento First sentiu toda empolgação ir embora. Não esperava essa resposta do menor. Ver que o rapaz provavelmente era uma pessoa muito solitária,o fez se sentir genuinamente triste,queria abraçar o jovem presidente ali mesmo mas sentia que já havia passado de todos os limites possíveis pra uma noite. Tudo que pôde fazer,foi pegar na mão de Khaotung,e mesmo que naquele momento não falasse sequer uma palavra,seus olhos puderam passar o conforto que não conseguiria passar através de palavras.
Por um instante, Khaotung se perdeu nos olhos brilhantes de First. Aqueles olhos castanhos,profundos,convidativos... Ele poderia facilmente morar naquele olhar.
Esse breve momento foi interrompido por Fluke,que chegou agitado, pegando os dois rapazes pelos pulsos enquanto os arrastava para a pista de dança.
-Chega de conversar,a noite é uma criança,e teremos muitas oportunidades de conversar,mas hoje é dia de nos divertirmos. Vamos dançar!- Fluke falava enquanto guiava os dois que nem se deram o trabalho de relutar.
Assim,os jovens fizeram. Dançavam alegremente,se divertiam,cantavam.
Em um dado momento, First pegou nas mãos de Khaotung enquanto dançavam. Ele dava pequenos pulinhos,se mexia totalmente sem ritmo,era muito desajeitado,e esse conjunto de fatores fez o menor esboçar um grande sorriso e sentir seu coração queimar.
Foi bem ali que ele perdeu tudo, First era realmente muito encantador. Fluke era realmente um homem de muita sorte,pensou.-Eu gosto do seu sorriso! -First falou fazendo Khaotung se dar conta de que estava hipnotizado pelo maior.
-Ah, é...Obrigado! Eu também gosto do seu.- respondeu o menor sentido o rosto queimar de vergonha - Eu estou cansado,vou me sentar um pouco. - disse indo rapidamente em direção à mesa em que estavam.
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A noite havia passado tão rapidamente e ,no meio de risadas e conversas animadas, Khaotung percebeu que seu vazio havia se dissipado mesmo que momentaneamente. O encanto da companhia de Fluke e First havia renovado suas energias e ele se sentia revigorado,estava feliz. Aquela noite no barzinho, com seus novos amigos, era exatamente o que ele precisava para recarregar suas forças e renovar seu espírito.
À medida que a noite avançava, Khaotung se dava conta de como a amizade e o carinho de seus novos amigos eram preciosos. Ele aproveitou cada momento, sabendo que, graças a Fluke e First, ele não se sentia só. Teve a certeza de os que daria o devido valor,e que a partir daquele momento os teria sempre ao seu lado.
E assim, naquele barzinho acolhedor, Khaotung percebeu que a verdadeira magia da vida estava nos pequenos momentos de encanto e nas amizades sinceras, que podiam tornar até mesmo as noites mais cansativas definitivamente inesquecíveis.
No fim,aquela noite havia sido de fato inesquecível. Se sentiu grato por Film tê-lo praticamente o obrigado a sair, por Fluke e First terem o acolhido como um amigo. Se sentiu grato por não se sentir solitário pela primeira vez em muito tempo. Teve certeza de que a partir daquele momento,era esse tipo de sentimento que gostaria de sentir.
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FanfictionAo assumir o cargo de presidente em uma grande empresa de arquitetura, Khaotung se viu lidando com muita gente o detestando,pois o acusavam se ter roubado o cargo de outra pessoa. No meio do caos e de bochichos, Khaotung se viu encantado pelo jeito...