Katharine
A tarde passou como um borrão. Richard realmente tinha dito à Amanda especificamente o que ele queria, e parecia que a lista era infinita. Vestidos, calças, saias, blusas, ternos — uma variedade enorme de tecidos e cores passou por mim. Também havia as roupas de banho, lingerie e camisolas. Provei e discutimos item por item, descartando ou colocando na pilha crescente das roupas que levaria.
Felizmente, depois de me observar por um tempo, os sapatos que ela escolhia eram todos de salto baixo. Ainda modernos, ela me assegurava, mas eu tinha mais chance de ficar ereta.
A última foi o vestuário de praticar esportes que ela me mostrou. Naquele momento, fiquei exasperada. Nunca pensei que chegaria uma época em que precisaria ter roupas de ginástica caras. Ele tinha uma academia particular em seu apartamento, pelo amor de Deus. Quando ela disse que estava na lista de Richard, joguei minhas mãos para o alto e lhe disse para colocar o que ela achasse que fosse apropriado. Eu desistira!
Saí da loja, carregando a roupa para o dia seguinte, usando apenas jeans e uma camiseta de seda em uma cor vermelha rica. Richard, aparentemente, não queria me ver chegar em casa com "coisa velha".
Fiquei em silêncio na volta para casa, sobrecarregada e cansada. Carreguei meus pacotes para cima, entrando com minhas chaves.
Ouvi a música vindo do fim do corredor. Sabia que Richard estava malhando, então pendurei meu vestido no closet, guardei os outros itens que trouxe comigo, depois liguei para a casa a fim de verificar como Penny estava. A enfermeira responsável me disse que ela estavam dormindo, mas não tinha sido um bom dia, então eu não deveria visitá-la. A tristeza me envolveu quando me sentei olhando pela janela. Detestava dias como aquele, no entanto, ela tinha razão. Ir lá só me deixaria mais chateada.
Em vez de fazer isso, desci e xeretei toda a cozinha. Era muito bem equipada, mas havia pouca comida, exceto por algumas frutas e condimentos nos armários e na geladeira.
— Procurando alguma coisa?
Endireitei-me, assustada. Richard estava apoiado na porta, com uma toalha jogada por sobre seus ombros largos. Sua pele brilhava com um leve brilho de suor, seu cabelo estava úmido, e ele ainda parecia perfeito.
— Você não tem muita comida.
— Não faço ideia de como cozinhar. Peço comida ou minha governanta deixa alguma coisa pronta.
— Governanta? — Ele não havia mencionado que tinha uma governanta.
Ele assentiu, bebendo um pouco da água da garrafa que segurava.
— Preciso contratar uma. A última foi embora há duas semanas. — Ele balançou a mão no ar. — Elas vêm e vão.
Escondi minha diversão. Essa novidade não era surpreendente.
— Eu cozinho.
Ele sorriu.
— Se você diz.
Ignorei seu tom sarcástico.
— Posso limpar o apartamento, fazer as compras e cozinhar.
— Por quê?
— Por que não?
— Por que iria querer fazer isso?
— Richard — comecei impaciente —, não estou trabalhando agora. Tenho muito tempo sobrando. Por que você iria querer contratar alguém se estou aqui de qualquer forma?
Sua sobrancelha se uniu enquanto ele pensava nisso.
— Pareceria natural para as outras pessoas. — Quando ele pareceu confuso, eu expliquei. — Que eu cuidasse de nossa casa. Que eu cuidasse de, ahn, você.
YOU ARE READING
o contrato
RomanceRichard Van Ryan é um playboy executivo e tirano que trabalha para uma empresa que visa apenas lucros. Após ser passado para trás por um colega de trabalho, acabou não conseguindo fazer parte da sociedade que tanto queria. Assim, com um plano de se...