Richard
Jenna se inclinou para frente, apontando uma amostra.
— Eu gosto desta.
Balancei a cabeça.
— Não, é discreta. — Mexi na pilha de amostras e peguei a que estava quase embaixo de tudo. — Essa chama atenção.
— Essa é muito na cara.
— Precisa ser na cara, Jenna. Estamos vendendo diversão aqui. Tem de cativar você.
Ela apertou os lábios e eu aproveitei para beber um gole de meu café. Eu estava "de volta" por quase três meses. Meu relacionamento com os Gavin estava solidificado tanto profissional quanto pessoalmente. Minha carreira nunca esteve tão completa como agora. Minha vida com minha esposa estava maravilhosa. Katy trouxe uma paz para meu mundo que nunca percebi que faltava ou precisava. Ela era meu núcleo, e tudo que eu fazia girava em torno dela de alguma forma. Ela passava o tempo sendo voluntária e, dois dias da semana, trabalhava no Grupo Gavin... mas não para mim. Ajudava Laura, e as duas formavam um grande time. Era uma situação na qual todos ganhavam já que eu podia vê-la na empresa e ainda tê-la em casa.
Jenna empurrou as amostras com um barulho bravo.— Ainda detesto quando você está certo.
Ri pela sua indignação. Antes de eu poder falar, seu celular tocou. Ela atendeu e outro resmungo baixo me fez sorrir por ela estar tão frustrada.
— Certo. Não, vou ver o que consigo fazer. — Ela desligou, jogando o celular na mesa.
— Algum problema?
— Meu carro está na loja. Não deu para ficar pronto hoje e só poderei pegá-lo amanhã. Adrian está fora e preciso de uma carona para casa. Preciso ver se consigo alcançar meu pai.
— Ele saiu para uma reunião logo depois do almoço. Disse algo sobre ir para casa depois que terminasse.
— Merda.
— Eu posso te levar para casa.
— Tem certeza?
— Sim. Posso te deixar lá e passar para te pegar amanhã também.
— Meu pai vai me trazer. Não tem planos com Katy para hoje à noite?
— Não. Na verdade, ela tem um curso de informática hoje à noite, então estou livre como um pássaro.
— Ótimo. Obrigada.
— Claro. Agora vamos acabar com isso, depois eu te levo.
A carona foi agradável e rápida. Eu não precisava ser guiado, já que estive lá muitas vezes. Jenna, como sempre, encontrou muitas coisas para falar, preenchendo o tempo no carro com histórias de procurar um novo sofá.
Ela e Adrian moravam no fim da cidade, em um novo bairro. Era perto da água, as casas eram grandes e bem distante umas das outras. Eu gostava do ar silencioso e rico da área.
Depois de deixar Jenna, dirigi pelas ruas ao redor, admirando as casas e a tranquilidade do bairro. Diminuí a velocidade, parando na esquina em frente a uma casa que chamou minha atenção. O cinza escuro do tijolo e o telhado azul vivo se destacavam na área de cores mais neutras. Sobrado com uma sacada em torno de toda a casa e janelas grandes, parecia aconchegante. O que chamou minha atenção, no entanto, foi o homem colocando a placa de À venda. Também havia uma caixinha para guardar folders de informação sobre a casa. Sem pensar, eu estava fora do carro, andando até ele. Ele sorriu para mim quando pedi uma cópia.— Ainda estão dentro da casa. Preciso pegá-los — ele respondeu ao meu pedido. — Os donos não estão em casa, mas tenho certeza de que não se importariam. Quer dar uma olhada?
YOU ARE READING
o contrato
RomanceRichard Van Ryan é um playboy executivo e tirano que trabalha para uma empresa que visa apenas lucros. Após ser passado para trás por um colega de trabalho, acabou não conseguindo fazer parte da sociedade que tanto queria. Assim, com um plano de se...