Relembro-me perfeitamente como conheci a Danielle, éramos da mesma turma do infantário, estava a jogar a bola dentro da sala sem a professora estar presente, sem querer acerto-lhe com o objecto na cabeça, e se querem saber não foi um bom início de amizade.
- Desculpa! - Começo por dizer atrapalhado.
- As desculpas não se pedem evitam-se, estragaste-me o desenho! - disse triste.
- Podes sempre fazer outro! - digo. - Assim, pode ser que saia um pouco melhor! - digo a ver o resto do desenho.
- Estás a insinuar alguma coisa?
- Não sei o que insinuar quer dizer!
- Tu és um chato! - disse a Danielle, a partir daquele dia, todos os dias metia-me com ela, até que aos 13 anos, tivemos que nos ajudar mutuamente para um trabalho de ciências, e isso ajudou para termos uma boa amizade, ambos adoravamos provocar, e não éramos nós se nas nossas conversas, não nos comportassemos como dois velhos casados. Eram provocações saudáveis.
- Hey! - digo a aparecer na ombreira do quarto dela.
- Hey! - ela diz distraída, já era comum, vir-mos para a casa um do outro sem dizer nada.
- O que estás a fazer? - Pergunto e sento-me na cama ao seu lado.
- Trabalho de Norueguês! - disse.
- Não queres sair? O pessoal quer juntar-se no ringue.
- Adorava loiro, mas não posso, tenho que acabar isto. - disse a apontar para a tonelada de trabalhos.
- Vamos Elle! - digo.
- Não Schjelderup! Não posso, tu devias fazer o mesmo, para seres jogador também tens que estudar!
- Eu sei! Mas tenho uma boa professora!
- Sim, mas essa professora, quer estudar! - disse. - Por isso, loirinho, adeus!
- Estudas depois!
- Credo Andreas!
- Vá, vamos! - puxo-a para fora do quarto.
- Calma rapaz! Tenho que vestir outra roupa. - disse a voltar para o quarto.
- Estás feia assim, vamos! - disse apressadamente.
- Fogo, Andreas, respira fundo, mas para quê essa pressa toda? - Pergunta a tirar o elástico do cabelo.
- Não posso dizer, agora!
- Não vais deixar-me assim. - pausa. - Curiosa.
- Estou feito ao bife! - digo e ela sorriu.
- Aprendeste depressa as expressões idiomáticas! - disse.
- Não sei o que isso quer dizer! - Ela desfaz o sorriso.
- Mas o que estás a esconder? Nunca tivemos segredos. - disse a tirar a t-shirt que me havia roubado já no ano passado, desvio os olhos por fracções de segundos, mas ela é linda! - Andreas, podes responder? - Diz e eu olho para ela tímido, ela era o oposto de mim, mais extrovertida, ela é que muitas vezes nos ponha em sarilhos e eu é que tinha que resolve-los.
- Eu vou-me embora Elle, eu vou-me embora Danielle! - Ela acaba de vestir outra camisa e eu fico pelo silêncio que formou-se naquele cómodo. - Não vais dizer nada? - Pergunto, e embora soubesse que o silêncio era a maneira dela pensar, aquilo deixou-me incomodado.
- Como assim vais-te embora? - Ao contrário do que esperava, foi uma simples pergunta, e isso deixou-me preocupado.
- Sabes que o Rui Costa o presidente do Benfica, contactou o clube que estou, para uma possível contratação! - Ela afirma. - Então, eu vou assinar pelo Benfica! - Ela afirma novamente. - Queria contar-vos ao mesmo tempo, mas adientaste-te. - Ela continuou a afirmar, e nada saía daquela boca. - Por favor Responde!
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MY BEST FRIEND | Andreas Schjelderup
General FictionFriends to Lovers Melhores amigos de Infância, quase irmãos, mas como uma mudança de país da parte dele, pode afetar a vossa relação afetiva? Espero que gostem de mais uma história ❤🤍❤