Andreas Schjelderup

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Cheguei ao Seixal e fiquei por ali na recepção, o Casper não se atrasa, vejo-o chegar.

- Hoje está um belo dia! - disse alegre.

- Só se for para ti, porque ter treino a está hora é uma tortura. - disse o Florentino.

- Ficas no banco ficas! - disse o Otamendi.

Vejo o António e o Neves a chegar.

- Posso jurar que vi uma morena igual a tua amiga ali fora. - disse para a minha pessoa.

- Dúvido muito! Ela não anda de avião! - digo.

- Eu posso jurar que é igual. - disse o Neves. - Aqueles olhos azuis brilhantes não mentem. - disse a olhar para a porta.

- Posso jurar-te que se a Danielle aparecesse por acaso um santo iria cair. Juro! Não era ela.

- Eu acho que é! - disse o António.

- Vocês estão a meter-se comigo, isso não se faz rapazes. - digo desnorteado, eles sabiam que a distância estava a afetar-me e estavam a meter-se comigo.

- Olha Andreas, olha para trás.

- Não vou olhar! - digo.

- Olha! - disse o Di Maria.

Olho e não vejo nada.

- Vêem, vocês estão a meter-se comigo, não acredito em vocês. - Ouço alguém espirrar.  - Santinho!

- Takker! - Ouço uma palavra e vejo o Aursnes calado.

- Estou a enlouquecer! - disse. O Otamendi virou-me e eu vejo-a, eu cai no chão a chorar, ela abraça-me ajoelhada no chão. - Tu estás aqui? - Ela afirma. - Mesmo aqui? Andaste de avião? Tu andaste de avião para me ver?

- Não, andei de avião, porque de carro tinha que passar o oceano Atlântico e era mais longe e mais caro! - disse irónica e eu bato-lhe no ombro.

- Para de gozar comigo. - disse ainda no chão.

- Não estou, apenas estava com saudades tuas e tive que sair da Noruega! - disse.

- Desculpem interromper, mas há quem não fale Norueguês. E está meio perdido. - disse o Neves.

- Sabias que és mesmo parvo, eu fazia a tradução! - disse o Aursnes.

Ela levantou-se do chão e eu levanto-me depois.

- Porque não dizeste que vinhas?

- Porque o Emil, comprou ontem os bilhetes, não tive propriamente tempo para dizer.

- Quando dizeste que estavas no cinema onde estavas?

- Estava em Oslo, ia apanhar o avião  para Lisboa.

- Tu és maluca, sabias?

- Superei o meu medo! - muda de assunto.

- Já percebi. Estou orgulhoso de ti. - Ela sorriu.

- Sabem, para quem diz que não namora, vocês são bastante próximos. - disse o Bah.

- Somos! - disse.

- Continuam de mãos dadas! - disse o Musa e o pessoal olha para ele, desfaço o contacto com ela de imediato.

- Queres ver o treino? - Pergunta o Roger, ela afirma, ajudo-a com a mala e voltámos para dentro.

- Bom treino! - disse em Norueguês.

- Obrigado. - Parecia que tinha recarregado, a minha força estava mil  vezes melhor.

MY BEST FRIEND | Andreas SchjelderupOnde histórias criam vida. Descubra agora