Danielle Larsen

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Cheguei a Noruega a Bodø, ainda naquela noite, apesar de ter saudades tinha mais saudades do loiro que tinha ficado para trás.

Vejo o Emil nas chegadas com um pequeno placar com o meu nome.

- Obrigado pela chegada calorosa. - digo.

- Posso chamar-te já de Mrs. Schjelderup?

- Vê! - Estico a mão e ele vê o anel no meu dedo.

- Lindo, aquele homem tem mesmo gosto para isto. - disse a ver o anel ainda.

- Sim. - digo ainda aluada com o que tinha acontecido nas últimas 24horas. -  O que andei a perder na escola?

- Nada, só 2 matérias que demos novas, mas tirando isso, nada, manteve-se tudo na mesma, mas tenho novidades. - diz a entrar no carro.

- Então?

- Vou para a Alemanha, chamaram-me para um empréstimo no Bayer.

- Parabéns! - digo a abraça-lo.

- Estás a ser a primeira a saber. - disse e eu sorri.

- Obrigado pela confiança, com que então vou perder outro amigo. - disse.

- Não fiques triste, tens o Kristian.

- Sim Emil!

- Vou ter saudades tuas.

- Mas não te preocupes que voltarás sempre a casa e eu vou ajudar-te com as malas. - digo e ele riu-se, ele deixa-me em casa, falo a minha mãe e acabo por subir para o meu quarto, deixo a mala num canto, tomo banho, e quando deito-me na cama, sinto um vazio profundo.

Ligo o telemóvel e mando uma mensagem para o Andreas, que não sei se estava acordado já há está hora. Ele viu a mensagem, mas acaba por ligar.

Não sei quanto tempo ficámos a conversa, mas quando reparo já passavam das 03 da manhã, encerramos a chamada, amanhã era sábado, mas eu teria que acordar cedo para organizar o que tinha em atraso, já ele tinha que acordar cedo para ir para Braga. Começava agora outros tempos, e seria mais complicado porque agora éramos namorados e o tempo de ligações já não era o bastante.



 Começava agora outros tempos, e seria mais complicado porque agora éramos namorados e o tempo de ligações já não era o bastante

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elle_larsen A acompanhar sempre ♡21♡  @andreasschjelderup

Imaginei muitas vezes namorar com ele, muitas, e sempre que o imaginei foi sempre de uma maneira diferente e única, mas a realidade era algo completamente diferente, complexo, que eu nunca imaginaria.

Noites mal dormidas, manhãs sendo acordada pelo som do telemóvel, mensagens fortes que eram tudo, ligações de quase 4 ou mais horas nos tempos livres, as saudades eram recorrentes, o que as vezes dificultada a nossa vida, percebi que o tempo que conseguíamos falar era valioso, e agora percebo que o tempo que pudermos estar juntos tem que ser aproveitado até ao mínimo segundo, namorar um jogador não é fácil, e agora a falar por experiência própria, não é fácil e muito menos uma experiência divertida.

Nenhuma relação é fácil, e não ponho um mas porque todas as relações  para darem certo, tem que ser trabalhadas, todavia, sendo o meu melhor amigo agora namorado jogador de futebol, parece que já não há resiliência, não sou capaz de adaptar-me há situações difíceis, como ele sendo adorado por milhares de raparigas, coisa que não me afetava e agora afeta, para mim era um sofuco, ele entrar em campo e ser derrubado ou sair lesionado, coisa que até agora não aconteceu, eu sentia-me em estado de ansiedade assim que ele pisava o campo para entrar, entrava muitas vezes em paragem respiratória até ele começar a correr, e a distância não ajudava.

Eu adoro o meu loirinho, mas passar 4 meses sem vê-lo era uma tortura.

O Emil tinha abandonado a Noruega há alguns dias e o Kristian tem estado ocupado lá com as coisas dele que fiquei retida em casa, apesar de agora sair sozinha, não era a mesma coisa sem os meus amigos, não tinha amigas mulheres, porque andava sempre com homens, mas admito que faltava-me uma agora.

Entrei no Starbucks como sempre e peço o meu café Gelado como de custume, fiquei na mesma mesa para não mudar de hábitos, mas fui chamada a atenção por uma menina morena, tipicamente portuguesa, chamou-me a atenção pelo livro em português que lia.

- Gostaste do livro? - Pergunto e ela olha para mim, atrapalhada responde tímida.

- Há muitos dias que não ouvia uma frase portuguesa pessoalmente. - diz a olhar para mim e não para o livro.

- Sou a Danielle Larsen.

- Sou a Adriana Silva! És portuguesa?

- Não, mas falo fluentemente o português, apenas porque sim.

- Uau. - diz. - Posso? - Ela aponta para a cadeira ao meu lado e eu afirmo. Ficámos por horas a conversa e descobri que ela ia para a mesma turma que eu estava, por isso mostrei-lhe onde ficava a escola e onde morava. Ela foi super simpática e convidou-me para almoçar com ela. Soube também que ela era namorada de um jogador de futebol, mas ele era daqui da Noruega, não foi o meu espanto quando soube que esse jogador era o Kristian.

- Adriana? - Ouvi o Kristian. - Já conheceste a louca da minha amiga? Fogo, assim não tenho que apresentar.

- Obrigado pela parte que me toca. - digo e ela riu-se. Ficámos os 3 há conversa, quando vejo que era horas de regressar, despeço-me deles e vou para casa, foi na pontaria que o Andreas liga.

Falo-lhe do meu dia, e ele do dele, rotinas diferentes todos os dias, o que dava umas boas conversas, quase infinitas, podia dizer.

Deixei-me adormecer com ele em chamada, não era a primeira vez, e de facto não seria a última que aquilo iria acontecer, mas de facto, adormecer assim, era uma sensação quase terapêutica, dava-me energia quando acordava de manhã e ele estava a dormir ainda, na maioria das vezes a chamada caía, mas quando não, era um começo de dia fantástico.

Foi o que aconteceu na manhã  seguinte, quando o vejo adormecido, ele era lindo.

Ele acorda alguns minutos depois, deseja-me um bom dia e despedimos-nos, eu acabo por levantar-me e ir arranjar-me para a escola.

Mais um dia, mais saudades.

MY BEST FRIEND | Andreas SchjelderupOnde histórias criam vida. Descubra agora