Andreas Schjelderup

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- Tencionas passar aqui o resto dos teus dias? - disse para a menina enterrada ao meu lado. Ela afirma com a cabeça, a abraçar a minha cintura. - Vamos sair, apanhar vitamina D, vamos sair daqui. - digo para a morena que enterrou-se mais no colchão, deixando-me a mercê.

- Tu és um querido, mas eu gosto de estar aqui. - diz, e eu sorri.

- Vamos sair Danielle. - digo a retirar os lençóis, ela encolheu-se e vi a sua moldura, o corpo dela, era lindo demais. - Elle, vamos, estamos aqui fechados há 2 dias, amanhã já é Sábado, vamos sair aproveitar! - digo e a Norueguesa olha para mim, o seu olhar veio na minha direção, deixou-me fraco, com as pernas a tremer.

- Está bem! - disse e levantou-se da cama devagar, fiquei de joelhos e puxo-a.

- Eu amo-te. - digo e ela cruza os braços por cima dos meus ombros, eu sorri e beijo-a novamente.

- Não podes tomar banho comigo. - digo e eu sorri.

- Não iria pedir isso, mas já que ofereceste essa ideia. Eu aceito. - digo e ela nega. Ela saiu dos meus braços e entrou na casa-de-banho, eu volto a deitar-me a sua espera, vejo-a sair com uma toalha, sorri travesso e ela corou.

- Vá, sai. - digo, eu passo por ela e beijo-a nos ombros molhados, ela arrepiou-se e eu sorri, entro e tomo banho, quando saí vejo-a já vestida, ela saiu e eu tento combinar o visual com o dela. Consegui!

Saímos para a rua e eu entro no meu carro, parámos a beira de um jardim e ficámos ali, vimos a cidade, comemos, fomos ver a praia, depois voltámos para a cidade, ela quis ir ver uma exposição na Praça do Comércio, visitámos ainda lojas ali perto e depois seguimos pela cidade acima, até um restaurante. Dali dava para ver o Rio Tejo e a Cidade Magnifica de Lisboa.

Não quis pensar na despedida, porque estava a recarregar as energias, mas o dizer Adeus estava próximo, e eu não queria isso, assustava-me!

- O que foi? - Pergunta, para o meu azar eu não sabia disfarçar a minha dor, e ela mais que ninguém conhecia os meus pontos.

- Tenho medo! - Admito.

- Até agora isso não foi problema. - disse para mim.

- Eu sei, só que as vezes acho que vou perder-te e não sei como reagir se isso acontecer. Fazes-me falta. - disse a acabar por admitir. Ela sorriu e parou de caminhar.

- Eu amo-te, não tenciono acabar com o que temos. - disse e eu sorri fraco. - Tu és tudo para mim, tudo mesmo Andreas, não tenhas medo. - disse e eu sorri a beija-la.

- Fazes-me falta aqui pessoalmente. - digo.

- Mas sabes que não posso ficar, ainda tenho que acabar de estudar. - disse.

- Eu sei, eu sei disso, apenas digo que fazes-me falta. - disse e sorriu.

- Não penses que também não sinto, e claro que gostaria de ficar contigo, mas não posso abandonar tudo por enquanto, não até acabar de estudar. Eu amo-te e iria contigo para onde quer que fosses, mas enquanto não acabar de estudar não vou sair da Noruega, tu tens um emprego bom, e eu quero ter uma vida estável, mas para isso tenho que estudar, não posso depender de ti.

- Eu sei Miss Independentemente. - disse e acabo por levar um leve tapa no braço. - Eu sei o que queres dizer, e não iria pedir-te uma coisa dessas por enquanto.

- Por enquanto sabes a resposta, era um não! - disse e eu afirmo, esquecemos o assunto e voltámos a andar. - Schjelderup?

- Sim?

- Por enquanto?

- Por enquanto o quê?

- Por enquanto não irias pedir-me para ficar aqui contigo, mas irias pedir se tivesse acabado a escola?

- Claro que pediria, eu sei que tens a tua família, e os teus amigos, mas eu gostaria que um dia viesses de vez para Portugal. Eu quero-te ao meu lado, sei que temos 19 anos, mas eu quero. Eu sei que isto é para ser. Por sim, sim pediria.

Ela sorriu e celou os nossos lábios.

Ela não respondeu, mas o que tinha para responder? Fiquei feliz por ela ter-me ouvido, já no carro, enquanto ponha o cinto, ela vira-se para mim e diz:

- Se pedisses, eu aceitava! - disse apenas deixando-me com um sorriso no rosto, mordo os lábios e sorri. Arranco para o apartamento vazio, já que o Casper diz que o apartamento está toxicado de sexo! Coisa que fizemos uma vez apenas.

A chegar a casa, ela lavou as mãos e bebeu um copo de água.

- O que vamos fazer? - Pergunta a tirar as sandálias dos pés.

- Podemos ver um filme. - disse e ela afirma.

- Vou vestir um pijama. - diz e eu faço o mesmo, acabo por descer primeiro e preparo alguns aparetivos, vejo-a descer e ela ajuda-me com as bebidas, era água e sumos, ela sentou-se no sofá e eu seguidamente depois fiz o mesmo.

Ela enrolou-se e eu puxo-a para mim.

Pôs o primeiro filme que ela escolheu, tínhamos os mesmos gostos para filmes, era fácil a escolha, vejo-a massagear um dos pés.

- Posso fazer-te uma massagem aos pés. - digo e ela riu-se. - Que foi?

- Queres fazer? - Afirmo, ela acabou por deitar-se e eu faço-lhe uma massagem, ela fechou os olhos e vejo que ela estava a gostar. - Sabe mesmo bem. - disse e eu sorri, a beijar as suas pernas.

Não forço a barra, acabo a massagem e ela estava meio adormecida, sorri, deito-me ao lado dela, e ela endireito-se a mim, era perfeito.

Acabo por adormecer, era tudo o que queria adormecer assim.

MY BEST FRIEND | Andreas SchjelderupOnde histórias criam vida. Descubra agora