(chanhun | baeksoo | 90s) Nos anos 90, Sehun não era um cara de muitas preocupações. Curtia ir na locadora alugar um filmezinho bacana, descolava umas mixtapes de bandas internacionais, capturava alguns Pokémons lendários e até se esforçava para pas...
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In starlit nights, I saw you
So cruelly, you kissed me
Your lips, a magic world
Your sky, all hung with jewels
The killing moon
Will come too soon
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"The Killing Moon", Echo & the Bunnymen.
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Sehun nunca gostou de tempestades.
O zunido forte do vento o assustava mais do que qualquer trovão porque não era possível prever o quão forte e perigosa uma ventania poderia se tornar, podendo deixar um rastro de destruição por onde passava, e essa hipótese, sozinha, já o deixava apavorado. Sem a música tocando na festa, Sehun se arrepiava com o som poderoso do vento vindo do lado de fora. Nunca, nem morto, teria saído daquela casa se Chanyeol não houvesse ficado borrado de medo por causa de pessoas góticas cantando na escuridão como a merda de um culto.
Sehun não reagiu quando o melhor amigo o puxou pela mão e abriu a porta. Ainda estava atordoado com o momento que compartilharam naquele quartinho embaixo da escada e só conseguia pensar na "verdade" que Chanyeol queria contar, mas que não o fez por culpa do apagão. Ele só voltou para o planeta Terra no momento em que, quando pisaram fora da casa, o vento gelado os atingiu com força no rosto e nos braços descobertos.
— Que porra, ninguém disse que ia cair esse toró todo — Chanyeol disse, segurando-o pelo pulso. O céu brilhava com relâmpagos e o vento estava forte demais. — Cê tá tremendo, cara.
— Considerando que eu tô de regata... — Sehun respondeu, tentando não soar tão nervoso quanto se sentia.
Chanyeol era o tipo de cara que tinha o coração tão grande e desajeitado quanto ele mesmo, então não foi surpresa para Sehun quando ele se desfez do manto da fantasia e o obrigou a colocar por cima do que vestia. Sehun ainda estava consideravelmente abalado pelo amasso interrompido e até sentiu o coração bater mais forte quando o cheiro do amigo pareceu impregnado no manto. Estava definitivamente ficando maluco.
— Vem, vamos embora. — Chanyeol fez menção de puxá-lo, mas Sehun não se mexeu.
— Acho melhor a gente esperar o temporal passar — sugeriu, limpando a garganta. Quis completar que eles até poderiam voltar para o quartinho, mas sentiu vergonha.
Chanyeol estava pronto para contestar quando um trovão explodiu no céu, como se para afirmar que Sehun tinha razão daquela vez. Mas, aparentemente, ninguém naquela casa tinha um pingo de sanidade, porque começaram a sair em bandos para a rua.
