𝑰𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒎𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒊𝒈𝒉𝒕 - Hyunho - Hyunknow

Capítulo 8

Tudo parecia estar a falecer aos olhos de alguns, menos aos de Lee Minho. O lúpus era o único que parecia ter, naquele momento, esperanças no que fazia. O lobo preto, ao perceber o corpo de Hyunjin cair no chão, fortemente rosnou alto, olhando para o indivíduo que havia empurrado o corpo pequeno com brutalidade contra a parede. Os segundos em que ele andou até ao alfa pareciam ter durado horas para o citado, este que andava gradativamente para trás, com requisitos de medo do lobo preto. A aura que Minho carregava naquele momento era assustadora, tudo no lobo, até mesmo o olhar que ele lançava ao alfa inimigo, intimidava qualquer um que estivesse na posição daquele homem.

— O ómega é do chefe, lúpus!! — Afirmou prevendo que não tinha lado nenhum por onde fugir, então apenas tentou uma última coisa que lhe vinha à mente. — Pode levar o ómega sem dever nada apenas por uma noite, hm?

O que o alfa chamava esperança esvaziou-se rapidamente ao observar a boca do lúpus abrir-se mostrando os caninos afiados. Mostrando ao alfa que aquela não era uma opção.

— AAAAAAAH!! — Gritou em dor. Hyunjin, que estava há segundos no chão frio daquele corredor, agora encontrava-se aterrorizado com o que via e ouvia. Na sua frente, Minho desfigurava, na sua forma de lobo, o alfa que o atirou, as paredes tinham respingos de sangue, assim como havia poças de sangue no chão. No outro lado, Bangchan estava ferido, enquanto Jisung protegia-se atrás de um pilar, no chão havia vários indivíduos mortos, que ele reconheceu serem inimigos para o Lee e também havia alguns da equipa dele.

Hyunjin, fechando os olhos, desejava, mais uma vez, que aquela situação não passasse de um mero pesadelo. Todavia, sabia que aquilo era realidade, os gritos não cessaram, apenas quando um barulho de tiro que parecia igual aos dos seus pesadelos ecoou pelos seus ouvidos. Estaria ele a ficar doido?

Abriu os olhos velozmente e levantou-se na mesma velocidade, sentindo rapidamente uma pequena tontura. Retrospetivas do que aconteceu com a sua omma, no mesmo dia em que foi sequestrado, começaram a invadir a mente do pequeno ómega. Sentindo-se atordoado com as memórias, não notou quando um alfa de porte grande se aproximou de si, colocando o cano da sua arma próximo à sua nuca pronto para lhe atingir.

— Segue-me! — Falou o alfa com a sua voz de comando. Olhando para o alfa tremendo, Hyunjin, com o seu rosto vermelho banhado em lágrimas, negou lentamente ainda com a voz do homem que, provavelmente, matou a sua omma na cabeça. “Corre, Jisung!”. Correr, era o que Hyunjin teria que fazer naquele momento, tal como há anos atrás. “Ómega fraco”. Porém, ele era fraco, tal como Hwang Jun-Seo dissera, era medroso para fazer quer seja o que fosse. E nada faria contra um alfa daquele porte quanto mais correr.

— Omma... — ouvindo um riso por entre os sons de tiros e gritos, Hyunjin per sentiu que aquele riso, aquela voz, era conhecida por si. Muito conhecida. — Appa…? — Sentindo ser-se puxado brutalmente para perto do corpo do alfa, Hwang gritou por Jisung, mas este estava longe demais para ouvir. Tentava de todas as formas soltar-se do alfa sem ter de o tocar brutamente, esperneava ou então gritava tentando chamar a atenção de alguém até olhar em frente e perceber que Minho, ainda na sua forma de lobo, devorava os inimigos parecendo esquecer-se da sua presença. — Minho...

“Desculpa-me por isto, Hyunjin.” — Ouvindo o que parecia ser a voz de Minho, Hwang arregalou os olhos ao vê-lo olhar para si. “Ajuda”, essa era a palavra que Hyunjin sibilava quando parou de tentar ser levado pelo alfa, não tinha forças suficientes para sequer fugir quanto mais tentar lutar contra. Minho olhava para o pequeno ómega lúpus sentindo-se magoado por ter de fazer aquilo, mas Hyun era o único isco para conseguir achar o Kwang.

“Yang! Conseguem acabar aqui, faltam apenas dois idiotas que estão escondidos atrás dos pilares. Vou atrás do Hyunjin e do Kwang!” — disse usando a telepatia. Assentindo, Jeongin, que há momentos atrás estava escondido esperando o momento certo de atacar os alfas que seguiam até ao Minho, juntou todos os betas e dois alfas que restaram colocando novas munições nas suas armas velozmente, não esperando mais nenhum segundo para atirar nos dois únicos restantes alfas.