Capítulo 36

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Hwang tinha uma infância traumatizante, porém em certos aspetos boa. E a sua omma era o motivo. A ómega lutava para que o pequeno lúpus jamais considerasse que ninguém o amava pela sua classificação.

Hwang Su-Ji sempre teve forças o suficiente para tentar derrubar Hwang Jun-Seo. Os dois tinham uma história bela, conheceram-se na universidade por pura coincidência e desde aí souberam serem almas gémeas. As mensagens trocadas, os sorrisos bobos, as falas apaixonadas, e até mesmo as borboletas no estômago não podiam ser escondidas. Factos. Esses eram factos de que se amavam.

Veio o pedido de namoro, depois conhecer a família da ómega, e por fim o casamento após se formarem. Não demorou para a ómega engravidar, porém, infelizmente, o bebé nasceu e logo a seguir morreu. Uma triste morte causou raiva aos dois, raiva de o destino ter feito aquilo com eles, era o que mais ansiavam, um bebé, um alfinha para poderem cuidar e amar.

O assunto não foi prolongado durante meses, e um ano. Até, Hwang Su-ji chorar naquela casa de banho vendo o teste com dois riscos indicando que estava grávida, outra vez.

A felicidade junto há tristeza veio ao casal, por se lembrarem do outro bebé que falecera. Ficaram receosos, poderia aquilo acontecer com este? Poderia ter um aborto? Ele poderia morrer?

Várias perguntas rondavam a cabeça de Su-Ji, porém o marido parecia determinado. A tristeza saiu da casa do casal assim que se passou seis meses de gravidez. O médico afirmava que o bebé se encontrava saudável, e cheio de energia. O alfa cuidava da ómega a todo o momento, tanto que parou de investir um pouco na sua empresa para dar toda a atenção e cuidado há ómega grávida. Esta sequer rejeitava o carinho e apoio, gostava quando o alfa lúpus cuidava dela e do seu filhote ainda na sua barriga. As pequenas 'conversas' que tinham eram respondidas com chutes.

“— Hyunjin? Parece um bom nome! — respondeu à mulher com um sorriso.”

O nome dado ao pequeno Hwang foi decidido num momento de carícias e selares. Hwang Junseo sorriu junto há mulher, a felicidade era imensa, já não existia medo de perder o bebé, e sim a alegria de daqui a poucos meses ter uma nova vida dentro daquela casa.

Todavia, foi exatamente o oposto.

A raiva, o desejo, a brutidão e violência invadiram aquela casa com tudo. Jun-Seo era o ser que emanava todas essas emoções e a última ele fazia. O pequeno ómega lúpus recém-nascido nada entendia, apenas chorava com os altos pedidos de socorro em forma de gritos. Algumas vezes, um homem de cabelos loiros acastanhados entrava pela janela salvando o pequeno bebé, e, assim, levando-o para um local seguro.

O homem alfa, com um cheiro cítrico, brincava com o menor, este que não chorava perto dele, sentia-se seguro perto do alfa. O cheiro deixava o pequeno calmo, parecia que já conhecia aquele cheiro desde que era um pequeno feto no útero da ómega.

Cinco anos decorreram-se. Hyunjin tinha os seus cinco aninhos, a sua primeira palavra fora 'omma', o que de certa forma chegou a surpreender a sua progenitora e causou irritação no progenitor. Nos seus aniversários, a mulher levava-o para longe da cidade, junto a outro homem, cujo rosto era sempre coberto por uma máscara, porém conhecia aquele cheiro, o cheiro cítrico era sempre presente.

E o pior era quando voltavam a casa dois dias após o aniversário do pequeno ómega. Os xingamentos constantes, assim como as tentativas de 'educar' a sua mulher, eram fúteis, já que a ómega sequer se arrependia do que fazia. Aquelas ações eram para manter o pequeno lúpus longe do progenitor abusivo, Su-Ji queria dar uma boa infância ao pequeno ómega, não mostrar a violência que existia em casa.

E isso não era sério comparado há grande discussão em que tiveram quando iam decidir o ensino do pequeno lúpus. Jun queria que o lúpus tivesse ensino em casa, com profissionais contratados por si, para não mostrar Hyunjin aos outros habitantes. Sentia raiva do que acontecera, sempre proferiu e afirmou que seria um alfa lúpus igual a si e foi exatamente o oposto.

E se as pessoas ao seu redor rissem de si? Ou quisessem algo para cobrar o que o lúpus disse? E se ficasse mal visto diante das pessoas todas, tanto da sua empresa tanto as mais próximas?

Deceção ficaria estampada no rosto de todos, e aquela era uma expressão que não queria ver nunca. Se o outro bebé não tivesse falecido a sua reputação de certa forma mantinha-se com o nascimento do Hyunjin. Mas, não podia dar-se ao luxo disso. Um ómega não poderia comandar a empresa.

“— O quê?! Não! — negou a mulher franzindo o cenho ao sentir os feromônios do seu alfa alterado. Não podia ser o cio, logo percebeu a irritação no olhar do alfa lúpus e tremeu negando. — E se nascer outra vez um ómega?! Não quero mais, Hwang! Ter que me sujeitar a apanhar todo o dia para salvar o meu próprio filho deste tormento! — um baque alto foi ouvido no cómodo. A ómega com a face agora vermelha soltava as lágrimas lentamente, colocou a sua pequena mão sobre a bochecha atingida e suspirou fundo.

— Apenas tens de fazer o que digo!! — apontou raivoso. — E se nascer um ómega é culpa dos teus medíocres genes!!

— Os meus?! Somente os meus?! — indagou altivo. — Não sou eu que nasci de dois pais ómegas!!

— *Tsh*!”

Todos sabiam que não era mentira, Hwang Jun-Seo nasceu de dois pais ómegas, um ómega e uma ómega lúpus. O progenitor de Jun era quem comandava a empresa, assim, quando morreu, esta passou a ser do único filho, o Hwang.

Nunca se deu bem com os dois, os danos que o ómega progenitor fizera há empresa foram um risco imenso para os funcionários e para a família Hwang. Hwang Minhyuk gastava o dinheiro que ganhava em casas de apostas, chegava tarde da noite e cresceu a ver os abusos que o seu appa fazia há mulher ómega.

Ganhou um cheiro característico a limões, totalmente o contrário dos seus progenitores que tinham um cheiro doce devido há classificação. A sua omma também não era flor que se cheirasse. A mulher era deveras horrível para com o filho, quando este chegava da escola dava-lhe as costas e trancava-se no seu quarto sem sequer dizer algo ao alfa.

Jun viu que amor faltava naquela família, porém ele era pequeno demais para exigir algo, o que um pequeno alfa lúpus poderia impor aos próprios pais? Nada.

E como se fosse tarde demais, o Hwang mais novo começou a agir igual aos progenitores. Isolado, mau e completamente bruto com tudo e todos. Porém, houve uma pessoa que por uns momentos conseguiu quebrar aquele coração de gelo. Su-Ji.

Apenas por alguns anos a ómega conseguiu mostrar a verdadeira face do alfa a todos. Um completo amor de pessoa.

Porém, Hyunjin mudou tudo e a escuridão voltou!

Porém, Hyunjin mudou tudo e a escuridão voltou!

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Notas do autor

KSKSK postando mais um! Este foi curtinho mas explica muitas coisas, foi isso 🩶 amo vcs!

𝑰𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒎𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒊𝒈𝒉𝒕 - Hyunho - HyunknowOnde histórias criam vida. Descubra agora