Capítulo 64

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Os raios de sol emanavam pelo céu azul, nenhuma nuvem, que lembrava focos de algodão-doce, cobria a sua exposição solar. Com as temperaturas amenas e o dia bonito, fazia com que qualquer um saísse das suas casas reluzentes, prontos para aproveitar aquele dia maravilhoso da melhor forma possível.

Todavia, ao contrário desses seres, havia outro lúpus que acordava irritado com o barulho perturbador do seu dispositivo móvel. Com raiva, atendeu a ligação pronto para gritar ou insultar a pessoa do outro lado da linha de todos os modos possíveis.

— É importante! — prontificou I.N a dizer, percebendo o silêncio e a respiração pesada do outro. — Sei que o teu hut acaba hoje, precisamos de ti aqui! Temos problemas a serem resolvidos! Traz o Hyunjin!

Após receber a informação, Minho desligou sem nem antes dizer algo, eram apenas onze da manhã, sentia-se cansado pelos dias anteriores, mas não infeliz. Olhando o ser adormecido ao seu lado, Minho sorriu abertamente, ergueu a mão em direção às bochechas do loiro e acariciou suavemente, como se tocasse em algo frágil.

O ômega tinha a respiração leve, a expressão serena, e os lábios levemente entreabertos, estes de onde saíam pequenos ronronares baixinhos, e os olhos fechados.

— Anjo... — chamou com a voz grossa, porém baixo. Hyunjin não teve nenhuma reação, acabando por provocar uma risada nasalada no alfa. — Ei, Hyune. Meu amor.

— Só mais cinco minutinhos... — resmungou espalmando o rosto contra o peito do lúpus e agarrando-se mais ao mesmo. Minho negou veemente, mantendo uma expressão divertida.

— Vamos, meu amor! — enfatizou as duas palavras sussurrando-as rente ao lóbulo de Hyunjin, sentindo o ômega tremer abaixo de si. Repentinamente, e prevendo as ações do mais novo, Hyunjin tentou se afastar ao abrir os olhos, porém o seu corpo foi agarrado pelo de Minho.

— Y-ya... T-tu não disseste que precisamos de i-ir...? — questionou baixo envergonhado. — Lino!

— Jamais disse precisamos de ir, apenas te chamei. — respondeu sorrindo ardiloso ao obter um pequeno beliscão, gentil, de Hyunjin. — Doeu...! — dramatizou.

— Mentiroso! — apontou escondendo mais uma vez o rosto vermelho no peito desnudo do lúpus. — Lino...

— Sim, meu amor?

— N-nada! Vou-me arrumar! — pulando da cama com agilidade, grunhindo alto ao sentir a ardência na sua bacia, coxas, e principalmente na bunda, ainda conseguia andar, que por sorte achou ser um milagre. Olhou pelo canto do olho, e viu Minho ainda deitado com a coberta apenas a cobrir-lhe as coxas, enquanto o seu peitoral desnudo estava ali, sem qualquer vestimenta, as tatuagens agora ainda mais visíveis. — A tatuagem...

Seguindo o olhar e o dedo do pequeno, Minho suspirou ao ver que este apontava para o pequeno corvo pousado numa caveira.

— É difícil explicar, e nem sei se irás perceber, mas... Penso que saibas que o corvo pode ser associado à negatividade, morte, escuridão e mistérios? — perguntou chamando o menor com a mão, este, não resistindo, caminhou de volta à cama, deitando-se sobre ela e olhando os olhos acastanhados do lúpus. Hyunjin estava atento às expressões suaves e calmas do alfa, tanto que se perdeu e esqueceu totalmente de responder ao outro. — Hyune?

— Ah... Não! Porquê? Eles parecem ser fofinhos!!

— Nem todos têm esse ponto de vista, Hyun. Infelizmente! Bom, uns montes de simbolismos negativos relativamente ao corvo surgiram a partir da sua aparência em campos de batalha. Eles são catadores sendo vistos a pegarem em restos mutilados de guerreiros caídos em campos de batalha.

𝑰𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒎𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒊𝒈𝒉𝒕 - Hyunho - HyunknowOnde histórias criam vida. Descubra agora