𝑰𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒎𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒊𝒈𝒉𝒕 - Hyunho - Hyunknow

Capítulo 54

— Soonie! — chamou o gato assim que adentrou a casa, o felino estava deitado sob a mesa de centro da sala, como se fosse a cómoda mais confortável de todos os tempos. — Sinceramente, Soo... Onde estão todos?

Ao ter o felino nos seus braços, sentiu o mesmo aninhar-se e ronronar-lhe. Lee acariciou o gato olhando em volta. A casa estava silenciosa demais. Deixou Felix, Jisung e Seungmin ali, então, porque estava tudo silencioso? Bangchan e Changbin supostamente eram para ir ao galpão, então demorariam pouco tempo a chegar até ali.

— Seungmin? Jisung? — chamou os dois mais responsáveis, todavia, ao contrário do que pensou, não obteve resposta alguma. O que o deixou alarmado. Largou o gato no sofá lentamente, retirando a arma do coldre. — Hyunjin?

A escadaria estava escura, nenhuma luz provinha dos andares de cima, o que o deixou ainda mais alarmado de certa forma. A arma apontada para a frente, semblante sério, Minho estava atento ao que quer que ocorresse, os sentidos ainda mais apurados e os olhos da cor escarlate.

Se algo acontecesse, não queria ter de ligar as luzes para chamar a atenção do possível inimigo ali dentro. Porém, passou-lhe pela cabeça os ômegas e o beta estarem no possível décimo sono, diria isso se não conhecesse muito bem Felix e Seungmin. A dupla tinha energia de sobra, não dormiam cedo, e se pudessem fariam uma festa todas as noites, bastava apenas que os alfas ficassem fora que a dupla atuava.

Subiu a escadaria lentamente enquanto tentava captar algum som, algo que não ocorreu, nem mesmo passos, vozes, nada. Estranhou o facto da porta da entrada estar trancada, os seguranças faziam rondas pela casa e não lhe disseram nada que comprometesse a vida dos de lá de dentro.

— Hyunjin..? — sussurrou. Já no topo das escadas andou lentamente, passou pelos quartos que estavam de porta fechada e estranhamente o de Hyunjin era o único aberto. Aproximou-se e suspirou lento ao ver a figura dos dois ômegas, Hyunjin e Jisung. ambos sentados no chão inertes a tudo ao redor. — Ya! Jisung, seu idiota!! — bradou atraindo a atenção dos dois.

— Hm? Ah, Minho! — ignorou o insulto franzindo o cenho ao observar o lúpus com a arma na mão, prontamente este a arrumou de volta no coldre. — O que aconteceu?!

— O facto de estar tudo silencioso! Isso aconteceu! Onde está a dupla maravilha?! — interrogou vendo o ômega levantar do chão e caminhar até si.

— Eles não estão na sala? Foi onde os vi pela última vez...

— Hm, ninguém está lá! Esperava uma festa, mas o que encontrei foi tudo silencioso, e escuro! — respondeu. — Vou ver nos quartos...

— E-espera eu vou! — sem deixar o outro responder, Jisung já estava fora do quarto, era o seu plano deixar ambos os lúpus ter uma conversa sozinhos, só não sabia que Minho ainda estava ressentido e magoado, sem nem mesmo saber o real porquê.

Colocou a mecha de cabelos castanho para trás e comprimiu os lábios lentamente. Olhou a figura de Hyunjin e suspirou. O ômega não olhava mais para si, porém ainda sentia a presença e o cheiro do alfa no quarto. Hyunjin estava envergonhado e magoado por ferir os sentimentos do alfa lúpus, e tudo somente por um pesadelo em que nada era realidade. Colocou a sua dor nas palavras ao mandar que Minho saísse de perto de si naquela madrugada, não teve noção das suas ações, ou teve?

— Lino...

O apelido... O apelido que a sua progenitora lhe dera foi proferido mais uma vez pelo ómega, o chamado doce igual ao da mulher que amou. Minho sentiu o seu interior se aquecer mais uma vez, os olhos pequenos e redondos numa cor clara chamavam por si, sorriu pequeno e por insistência do seu lobo aproximou-se, mesmo receoso. Ainda de pé, Lee analisava a paisagem noturna pela janela, esperando pacientemente que o ómega falasse algo.