Capítulo 47

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— Minho?

O lúpus piscou várias vezes, tentando ao máximo afastar todos aqueles pensamentos assim como memórias. Tudo rondava à volta da morte da sua mãe, do que o seu progenitor lhe havia dito e principalmente de Hyunjin. Não poderia deixar que aquilo acontecesse com o ômega lúpus, ele não poderia envolver ainda mais o loiro naquele assunto. Afinal, pelo que havia entendido, o porquê de aquilo se estar a repetir era por conta do seu passado, da sua felicidade atual e de Minjun. O Alfa, líder da máfia do Norte, queria arrancar tudo se si, como fez com o seu progenitor há anos atrás. E isso tudo porquê? Para ter mais poder? Para matar a família Lee lentamente?

— Min... — Hyunjin colocou-se à frente do lúpus com dificuldade, já que ele ainda estava na mesa de jantar sentado enquanto olhava para um ponto fixo. — Hyung... O que se passa? Hm? Hyung.

— Anjo. — foi tudo o que o alfa disse antes de trazer o ômega para o seu colo, abraçando-o apertadamente, pouco se importando para o que havia ao seu redor, Minho fechou os olhos. O castanho sentiu-se apavorado com a ideia de perder o ômega assim como perdeu a sua mãe. — Por favor, fica comigo.

— H-hyung... Eu não vou fugir... — sussurrou, retribuindo o abraço ainda confuso. — Nunca. Nunquinha!

— Eu ainda preciso de ti... Por favor... Eu...

— Minho?

Felix entrou na sala, arregalando os olhos para a cena à sua frente. O lúpus parecia fazer de tudo para não deixar as lágrimas saírem. E por mais que quisesse desabar, manteve a calma, os seus feromônios não podiam ficar descontrolados, não enquanto Hyunjin estivesse ali.

— Preciso de um momento. — resmungou, retirando Hyunjin com todo o cuidado do seu colo. — Desculpa-me por isto. Não era para eu...

— Está tudo bem, hyung! — o menor sorriu abraçando o lúpus. Pela segunda vez, ômega tomou a iniciativa, pressentia que o alfa precisava de um apoio naquele momento. Minho parecia triste, prestes a desabar, não o fazendo por conta do seu ego ou com medo que o vejam a ser fraco.

Felix sorriu saindo dali junto aos capangas presentes, deixando por fim os dois sozinhos.

— Eu não sei o que se passa, Min. Mas, estou aqui. Tens me ajudado e prometeste que cuidarás de mim, então vou retribuir essa promessa. Estou aqui, hyung. Mesmo com os meus problemas, com os meus traumas, vou-te ajudar também. Quero ser um porto seguro de alguém, de ti, assim como tu és o meu... — disse a última parte, envergonhado, deixando Minho de olhos arregalados. Havia mesmo ouvido, certo? — Não digo isto por dizer... Hyung, obrigado!

— H-Hyunjin...

— Tudo vai ficar bem, hyung!! Mesmo não sabendo o motivo de estares assim, tudo se resolverá no seu tempo! E eu estou aqui, hyung, nunca sairei!

Não esperando mais, Hyunjin puxou Minho para baixo, deixando um beijo na sua bochecha direita e correu para fora do cômodo, deixando para trás um lúpus inconformado com o que havia acabado de acontecer.

— E-ele...

— O Hyune acabou de desconfigurar o Minho! — apontou Changbin enquanto ria histericamente para a situação que acabara de ocorrer assim que colocou os pés na sala de jantar. — Ele virou o meu favorito dentro desta casa!

— Então vai ter com ele, seu idiota! — exclamou Felix revirando os olhos pronto para sair do cómodo, porém fora agarrado pelo Alfa. — Changbin, seu idiota, larga-me!!

— Meu amor!! Era brincadeira!!

— Idiota.

(...)

𝑰𝒏 𝒕𝒉𝒆 𝒎𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒊𝒈𝒉𝒕 - Hyunho - HyunknowOnde histórias criam vida. Descubra agora