Entre O Céu E O Inferno

CAPITULO | 05

Abby Hudson

       ESPERAVA paciente minha amiga explicar como seu celular havia quebrado, eu não prestei muito atenção no que ela falava, estava mais concentrada no macarrão na minha frente. Olhei de relance para a garota vendo-a colocar uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, seu olhos estavam focados no chão.

- Eu tenho medo quando você fica assim. - Apontei para a mesma, enquanto levava mais um pouco de macarrão na boca. - El.. que apelido mais sem graça.

- Não fale assim, sua vadia. - Joguei um hashi na direção dela, ela facilmente desviou. - Ele disse que me conhece, mas eu não me lembro dele!

A garota estava quase puxando seus cabelos, sorri de lado enquanto mastigava o macarrão, peguei o prato e o joguei na pia vendo se não havia quebrado. Caminhei até a geladeira e beberiquei um pouco do suco que fiz mais cedo.

- Porra, elly. Você tem sérios problemas com amnésia, e deve ter tantos homens babando por você que acabou se esquecendo do.. - Tentei procurar rapidamente um apelido para o rapaz que tinha uma aparência agradável. - Cabeça de pica.

Ela me lança um olhar mortal, parecia não ter gostado do apelido bacana que eu havia dado pro seu novo namorado. Sorri sapeca e a puxei para o meu quarto.

- Não fale assim dele, ele foi super gentil. - Gemi em desaprovação. - O seu parece que saiu de um filme medieval além de ser estranho pra caramba.

- Não tem essa de meu, eu só Agradeci a ele por ter salvo meu telefone de um roubo. - Ela soltou uma risada quando eu terminei de falar, sabia o motivo.

No quarto eu procurei por uma roupa quente e agradável, elly fuçava o guarda roupa junto comigo, procurando pelas suas roupas que deixou aqui na última vez que veio na minha casa.

- É sério, você manchou a minha camiseta favorita. - Segurou uma camisa preta no colo vendo um leve mancha na mesma, sorri exagerada e tirei a camisa das suas mãos.

- Essa camiseta é minha, loira burra. - Zombei da sua cara, e jogue lhe a camisa preta que ela tanto adorava vestir.

Deixei tudo organizado na cama e caminhei até o banheiro, elly vinha logo atrás o que me fez ergue uma sobrancelha.

- O que ? - Ela perguntou, meus olhos passaram pelo seu corpo, vendo como ele era cheio de curvas, sem nenhum defeito. - Somos amigas a mais de cinco anos. Pelo amor, já passamos dessa fase, a não ser que você esteja voltando pra fase que era apaixonada por mim. - Joguei uma toalha na cabeça da garota e passei na sua frente.

Tirei a minha calça e minha camisa de manga longa, os jogando no cesto, fiquei apenas de lingerie assim como elly. O meu apartamento não possuía uma banheira, mas a água do chuveiro era ao menos quentinha, mesmo que eu não gostasse.

Liguei o chuveiro sentindo a água gelada esfriar minha pele, meu corpo inteiro se arrepiou, dei alguns pulinhos jogando respingo de água na elly.

- Que vagabunda. - Ela exclamou brava, não precisei olhar para ela pra saber que me olhava mortalmente.

- Me respeite, sua puta de baixa qualidade. - Indaguei saindo debaixo do chuveiro. - E venha banhar, estou sentindo o cheiro de decomposição vindo de você.

Ela veio para o chuveiro e eu me retirei, peguei uma toalha e me enrolei, tirando as peças íntimas do meu corpo. Olhei para o grande espelho na minha frente e encarei o meu ombro esquerdo, um arranhão que vinha do ombro até a clavícula me chamou mais do que atenção.

O boxe do banheiro estava fechado, impedindo que elly pudesse ver o que eu estava fazendo. Deslizei a ponta do dedo levemente pelo o arranhão, estava dolorido, parecia que eu havia me machucado e nem ao menos sentido.