CAPITULO |10

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Elly Miller

Meu dia com Haniel foi ótimo, não tentei nada desesperado como da última vez, foi tudo tão..natural, não tenho do que reclamar, apenas que estou com sono, muito sono, Abby já foi dormir, eu estava no banho atr pouco tempo, não aconteceu nada de estranho hoje então me sinto bem relaxada de certa forma. Seco meu cabelo com uma toalha pequena andando pelo quarto. Sinto uma queimação no meu pescoço que me faz puxar o ar por entre os dentes, vou correndo para frente do espelho que tem ali. Me assusto com oque vejo, marcas leves de dedos em meu pescoço, não me lembro de ter feito elas, mas sou esquecida então provavelmente acabei me machucando sem querer.

Me viro novamente indo até a cama, pegando meu pijama, um shorts preto e confortável e uma blusa branca de manga. Me visto e me jogo sobre a cama, cruzo os braço pois queria ao menos que Haniel estivesse aqui, ele é quente, com certeza me esquentaria fácil. Hoje no jantar ele estava lindo com seu cabelo molhado e roupas rotineiras, me envergonhei por estar com o rosto sujo mas no final ele foi gentil em avisar e limpar, Abby e um anjo por ter deixado ele ficar no final de semana.

Me enfio em baixo das cobertas, convencida que vou dormir sozinha essa noite, a janela do quarto está levemente aberta, a cortina balança com a brisa que entra, me enconlho, fechando meus olhos, me perdendo um pouco mais em meu pensamentos antes de me lembrar que recebi uma mensagem de um número desconhecido hoje cedo, provavelmente sobre meu celular, esqueci de salvar o numero do garoto, a curiosidade não me deixa dormir, então me levanto, pegando meu notebook, o trazendo para cama, o abro, procurando a mensagem de texto, quando a abro ansiosa sou surpreendida por uma imagem, aperto para carregá-la, meio confusa, ela e lenta por conta do sinal mas logo carrega, me deixando abri-la e ver algo estranho, parece ser no meio da floresta, a imagem parece meio antiga, tem árvores grandes, algumas com galhos sem folha alguma, uma pequena escada de pedra leva a algum lugar que está coberto por uma neblina densa.

Me parece estranho, amplio a foto tenta do achar algo específico nela ate que consigo encontrar, no tronco das árvores tem alguns números gravados, 3,6 é 11, não faço ideia do que significa, tento achar mais algo relevante ali, analisando a foto a amplio para bem perto de um tronco, tem algo ali, bem atrás, e meu coração gela, um ursinho de pelúcia e oque tem ali, mas não é qualquer um, me lembro dele, mas não coberto de sangue. Fecho o notebook rapidamente, me levantando da cama para o guardar, me enfio novamente em baixo das cobertas, dessa vez procurando algum conforto nelas, dessa vez meus olho se fecham me obrigando a ir dormir de vez.

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Estou em um quarto com pouca luz, o abajur esta ligado, me parece familiar pelas estrelas estampadas nele. A jenela está aberta, o vento sopra a cortina e faz um zumbido estranho, a luz do outro cómodo está acesa, passando sua iluminação por de baixo da porta, não consigo ver muito do quarto nesse escuro, mas me parece com um quarto de uma criança. Ouço gritos la fora, uma discussão acalorada, reconheço as vozes e tudo me faz sentido de uma vez, e apenas meu quarto, quando tinha meus 12 anos, meus pais descutem la fora, o ursinho de pelúcia está em cima da minha cama, com seu cachecol listrado em verde de dois tons diferentes, meu pai me deu de presente quando eu tinha 10 anos. Olhar pra ele ne causa enjoos depois daquela foto, ele estava sujo e coberto de sangue, o ursinho desapareceu depois dessa noite onde Mei pai nos deixou. Abro a porta lentamente, caminhando pelo corredor, descendo as escadas ate a sala, encontro a porta batendo forte com a saida de meu pai, minha mãe olha para mim, a raiva em seu olhar me deixa desconfortável.

- volta pro quarto. - ela orde frustrada, respirando fundo enquanto cruza os braço.

A voz repete mais uma vez, e mais uma vez mudando, ela engrossa e se multiplica, varias pessoas falam ao mesmo tempo, minha cabeça lateja e tudo gira, se deformando diante de mim e com um empurrão sou jogada contra a escada que agora e um chão com uma grama molhada, olho para minhas mãos, cobertas por terra, as limpo desesperada em minha roupa. Me levanto olhando em volta, tem grandes árvores, a névoa não me deixa ver muito, ouço uma voz sussura para mim.

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